OFÍCIO do [governador e capitão-general do reino de Angola], Manuel de Almeida e Vasconcelos, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Martinho de Melo e Castro, sobre a sumaca Pensamento Ligeiro, de que era mestre e dono Manuel de Sousa Guimarães, e a corveta [Santo António e] Sertório, de que era mestre Joaquim José Coimbra e senhorio de José António Pereira, não terem carregado escravos de Cabinda e Luango devido ao seu alto preço e à má qualidade, indo antes carregá-los a Benguela para os levar à Bahia; referindo que só a corveta Correio de Angola, de que era mestre Manuel Francisco Flamante, carregou para o Pará escravos de Cabinda, mas com prejuízo; dando conta que a galera Nossa Senhora da Conceição e São Francisco de Paula, de que era mestre Manuel Gomes da Ressureição e senhorio João Teixeira de Barros, saíra dia 23 de Dezembro com arqueação de escravos [de Luanda] para o Pará; informando da chegada de um navio com bandeira espanhola e armação inglesa, de nome Luciana, vindo de Liverpool para a costa da Mina e Serra Leoa soubera da destruição daquelas feitorias por uma esquadra francesa, que iria queimar as embarcações inimigas até ao Cabo da Boa Esperança; dando conta que um navio inglês, vindo de Liverpool, capitaneada por George Farquhar fora para o Ambriz.
1795-01-25