OFÍCIO do [governador e capitão-general do reino de Angola], Manuel de Almeida e Vasconcelos, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Martinho de Melo e Castro, sobre ter mandado recolher o exército da campanha contra os rebeldes do Norte, em virtude do comandante Paulo Martins Pinheiro de Lacerda ter informado da decadência da tropa, dos mortos, feridos e doentes, da deserção da guerra preta e da falta de sustento; referindo o estado em que o exército chegou a [Luanda] a 22 de Junho, o número dos mortos e doentes, estando em perigo de vida o comandante de Artilharia Félix [Xavier] Pinheiro de Lacerda; remetendo os diários da campanha e dando conta que as tropas foram sempre vencedoras, mas que os rebeldes não se submetiam, preferindo atacar repetidas vezes o exército com armas fornecidas pelos ingleses e fugir, obrigando o exército a repetir acções no Mussulo, no presídio de São José de Encoge e no reino do Congo, o que contribuía para reduzir o contrabando, mas não garantia a paz, pelo que deveria tentar modos mais suaves.
1794-07-07