OFÍCIO do [governador e capitão-general de Angola] D. António de Lencastre, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Martinho de Melo e Castro, sobre o estado do presídio de Novo Redondo mandado edificar pelo seu antecessor; referindo que a fortificação construída era muito frágil, a artilharia velha e sem munições apropriadas; o Regimento formado por quarenta homens sendo parte proveniente do presídio da Muxima estavam descontentes, quer pelas condições de vida, como pelas doenças e mortes a quem estavam expostos; não havia capitão-mor porque se aguardava pela confirmação régia para a criação daquele presídio; concluindo assim, que aquele presídio era de pouca utilidade quer para impedir a presença dos estrangeiros, como contra uma possível investida dos povos locais; propondo em sua substituição, a fortificação dos portos do Norte [Molembo, Cabinda e Loango] assim como o porto de Benguela a fim de melhor defender a costa de Angola.
1773-03-31