OFÍCIO capitão de Artilharia António Máximo de Sousa Magalhães, ao [governador e capitão-general de Angola] D. António de Lencastre, sobre a viagem feita ao longo da costa de Angola pelos portos de Quitungo, Ambrizete, Cabinda, Molembo e Loango, cujo objectivo se centrou na elaboração de plantas da costa e dos portos, na vigilância sobre o movimento do comércio dos escravos feitos por navios estrangeiros franceses, ingleses e holandeses; relatando a frequência com que tocavam aqueles portos longo do ano, número de escravos que levavam, a capacidade dos navios, produtos de trocas mais frequentes, com quem comercializavam, onde viviam as autoridades africanas e quem os representava nos negócios; propondo a construção de fortificações de acordo com o conhecimento obtido nessa viagem e, assim como também a possibilidade de se desencadear guerras de submissão contra alguns sobas rebeldes, como ao soba de Quitumbo; advertindo para a existência de armas de fogo adquiridas aos estrangeiros por troca de escravos.
1773-03-18