OFÍCIO do [governador e capitão-general de Angola] D. Francisco Inocêncio de Sousa Coutinho, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Martinho de Melo e Castro, sobre estar concluída a fábrica de ferro, com três engenhos principais, faltando as pedras para a construção do cadinho ou ouvraje do forno da fundição, por não existirem em Angola nem no Brasil; solicita que se enviem as de Figueiró, no Reino, por serem as melhores e, porque duram poucos meses, deveriam ser enviadas anualmente por lastro nos navios do Reino, como faziam os franceses com a sua fábrica nas Maurícias; sobre o falecimento dos mestres Pedro Simões e Manuel Simões, estando de boa saúde os restantes; informando do prosseguimento dos trabalhos, os primeiros ensaios e a necessidade de mais mestres hábeis, além de franceses e alemães, por cujo método foi feita a fábrica, solicita o envio de dois mestres biscainhos que fundem o ferro do mesmo modo que os fundidores negros, ensinando-os a trabalhar em forjas que permitissem uma maior produção, sem custos para o Erário Régio.
1772-07-20