AVISO (minuta) do [secretário de estado da Marinha e Ultramar] Martinho de Melo e Castro, ao [governador e capitão-general de Angola] D. Francisco Inocêncio de Sousa Coutinho acusando a recepção dos seus ofícios e relações, e a aprovação régia das suas providências para a arrecadação da Fazenda Real, o aumento do comércio e da segurança de Angola; estar nomeado o armeiro-mor, D. José Francisco da Costa e Sousa, para lhe suceder no governo de Angola, devendo, enquanto não for substituído, adiandar e aperfeiçoar o descobrimento das minas de ferro e as fábricas para a refinação do ferro e do enxofre, para as quais se enviam, pela corveta Nossa Senhora do Carmo, os oficiais militares, mecânicos e voluntários e os instrumentos e materias conforme constam das relações; na fábrica da pólvora do Reino e em presença do sargento-mor Manuel António Tavares, do capitão Albano de Caldas e Araújo, e dos engenheiros Luís Cândido Cordeiro e João Pedro Miguéis, fez-se a refinação das pedras de enxofre vindas de Angola, para que vissem a facilidade com que se faz a sua refinação e fazerem uma fábrica em Angola, para o que se envia uma caldeira de ferro coado ou fundido; deverá enviar por lastro dos navios que vêm ao Reino as pedras de enxofre em bruto; diligenciar o descobrimento do salitre. Acrescenta que por mão do sargento-mor Manuel António Tavares vai a instrução tirada da enciclopédia sobre o modo e processo de fundição do ferro.
1771-03-25