OFÍCIO do governador de Cabo Verde, Caetano Procópio Godinho de Vasconcelos, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar] conde de Basto [José António de Oliveira Leite de Barros] a participar, que mantém toda a vigilância para que não encontrem abrigo ou socorro nos ancoradouros das ilhas, as embarcações piratas que navegam nestes mares; informa que a ilha de Santiago, costuma ser frequentada por navios espanhóis artilhados e com grandes tripulações, os quais apresentam passaportes de Corço e Mercancia, assinados por S. M. Católica; este soberano autoriza-os a hostilizar os inimigos da Coroa Espanhola, na rota de Havana para S. Tomé e posterior regresso; estas embarcações vêm a este porto, a fim de se proverem de refresco e consta que o objecto da sua viagem é o tráfico de escravos na costa de Àfrica, mas fora dos domínios portugueses; pede instruções; informa que em algumas ilhas, falta a força necessária para a sua defesa.
1830-04-02