OFÍCIO do governador de Cabo Verde, João da Mata Chapuzet, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Joaquim José Monteiro Torres, a informar sobre o ataque por grandes forças dos gentios ao presídio de Cacheu, nos dias 13,14 e 15 de Dezembro de 1825, e que se não fossem as providências e socorros que enviou, de tropa, munições e artilharia, talvez tivesse sucumbido; tudo começou com uma trama urdida pelo ex-juiz do povo, Pedro Gomes, que induziu os gentios a tal guerra; no primeiro dia de combate, houve 3 mortos e 4 feridos graves da nossa parte, tendo perdido o inimigo mais de 40 homens entre mortos e feridos; nos dias 14 e 15, o inimigo teve mais perdas, tendo desistido e pedido a paz e o perdão, o que lhes foi concedido, menos aos principais cabeças da traição; remete documentação; a praça de Cacheu encontra-se agora circundada com uma forte e tripla tabanca, fortificada e artilhada nos principais pontos; tenciona enviar o traidor, Pedro Gomes e os 2 Manjacos presos, remetidos a ferros para esta capital;
1826-01-27