OFÍCIO do governador de Cabo Verde, Joaquim Salema de Saldanha Lobo, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Martinho de Melo e Castro queixando-se dos procedimentos excessivos do ouvidor-geral, João Gomes Ferreira, contrafazendo seus despachos em oposição às suas determinações, como no caso das perturbações e agitações provocadas pelo padre e guardião do hospício Franciscano, Frei Pedro Valongo, chegado à ilha de [Santiago] às diligências do padre Frei Manuel de Vinhais [Sarmento]; da sua parcialidade nas causas da justiça, em particular dos parentes dos arguidos, presos e remetidos para a Corte, de que resultavam conventículos e assembleias nas casas da mulher do antigo [coronel], Manuel Gonçalves de Carvalho, um dos réus, [Leonor Moniz Tavares] e de seu tio, o cónego, Gregório Freire de [Andrade] e no referido hospício, pelo que solicitava se tomasse precaução.
1774-03-21