Ofício do governador, João António de Sá Pereira, para Martinho de Melo e Castro, relatando a vida libertina dos habitantes da Madeira e especialmente das principais pessoas da Ilha, que apesar de prudentes meios que empregava, nenhum respeito tinham pelas «Reaes Ordens de S. Majestade», e queixando-se dos atentados praticados por António Dionísio da Silva Conde, juiz dos Órfãos, que se vira obrigado a mandar prender em sua casa até nova ordem, de onde fugiu para o reino, pelo que solicita o seu castigo. Portaria (cópia) do governador, João António de Sá Pereira, ordenando ao juiz dos Órfãos, António Dionísio da Silva Conde, que proibisse o pedido de esmolas na igreja de S. Francisco, desde 5ª feira santa até ao meio dia de sexta-feira, e evitasse que durante aqueles dias houvesse alvoroços e desordens, como ordinariamente acontecia. Portaria do governador, João António de Sá Pereira, ordenando ao ajudante de sala, Matias Moniz Bettencourt e ao escrivão do judicial, Domingos da Corte de Abreu, que verificasse se achava ou não preso em sua casa o juiz dos Órfãos, António Dionísio da Silva Conde, e que verificada a sua fuga, inquirissem a família do seu destino. Auto da verificação e inquirição. Ofício do governador, João António de Sá Pereira, para Martinho de Melo e Castro, sobre o recrutamento de 100 soldados para a guarnição da Índia e o seu embarque a bordo da nau «S. Francisco de Paula», comandada por Dionísio Ferreira Portugal, e ainda sobre o recrutamento de mais 200, e o alistamento voluntário de alguns rapazes, filhos de famílias distintas da ilha da Madeira. Bando mandado públicar por João António de Sá Pereira, do conselho de S. Majestade, senhor de Alverca, alcaide-mor de Montemor-o-Velho, comendador da Ordem de Cristo, governador e capitão-general da ilha da Madeira «convidando os nobres e principais cidadãos da cidade do Funchal», a alistarem-se voluntariamente para o «Real serviço nos Estados de Índia».
1774-04-28