CARTA do (governador e capitão-general da capitania de São Paulo), Antônio José da Franca e Horta para o ministro e secretário de Estado dos Negócios da Marinha e Domínios Ultramarinos, visconde de Anadia, João Rodrigues de Sá e Melo Soto-Maior, dizendo que, em virtude de, nas provisões de 27 de Outubro e 27 de Novembro de 1806, o repreender pelo seu procedimento, já pelas medidas que o juiz ordinário, João Gomes Guimarães tomara contra o físico-mor daquela capitania, já pelo fato de ele ter proibido que os ministros, fora do caso de flagrante delito, prendessem qualquer oficial militar miliciano que tivesse patente assinada pelo Rei, sem lho participar. Achava que não fora excessivo, nem despótico, pois, no tempo dos seus antecessores, não podia ser chamado ao juízo um simples soldado de milícias ou de tropa regular. Só a malevolência do juiz e do ouvidor-geral, Joaquim (Procópio Picão Salgado) tinham provocado um "tal talanete". O crime de que o acusava nascera de ele ter mandado examinar, na sua presença, um clérigo, Manuel Joaquim de Castro, que, naquela ocasião, se encontrava na Corte, e de o secretário do Conselho Ultramarino, Francisco de Borja Garção Stockler ser seu inimigo.
1807-06-13