PROVISÃO do Príncipe Regente D. João, informando o governador e capitão-general da capitania de São Paulo (Antônio Manuel de Melo Castro e Mendonça), de que, por Aviso de 2 de (Abril de 1800), mandou remeter ao Conselho Ultramarino, a representação do povo da vila e praça de Santos, assim como o requerimento do mesmo povo, dirigido à Câmara da referida vila, para que o dito Conselho colha informações e consulte o que parecer. Assim, ordena que o referido governador informe com o seu parecer, sobre a dita representação.
1800-04-22
REPRESENTAÇÃO da Câmara da vila de São Carlos ao (Príncipe Regente D. João), expondo que, há pouco tempo ainda, a sua povoação era conhecida pelo nome de Freguesia de Campinas e estava ligada à vila de Jundiaí. Porém, em virtude do grande desenvolvimento e à vinda de numerosos colonos atraídos pela fertilidade da terra e pela benignidade do clima, requerem ao (governador e capitão) -general (da capitania de São Paulo, Antônio Manuel de Melo Castro e Mendonça), que lhes seja dada autonomia administrativa, ao que o governador acedeu, mandando pelo corregedor da comarca que desse cumprimento. Assim, em Dezembro de 1797, foi convocado o povo desta povoação que resolveu dar o nome de São Carlos à nova vila e procedeu à eleição da Câmara que propôs para capitão-mor, pela ordem , os capitães Filipe Neri Teixeira, José de Camargo e Joaquim José Teixeira. Aconteceu, porém, que o mencionado governador pretendendo colocar no dito posto o capitão reformado do Regimento de Dragões Milicianos Raimundo Alves dos Santos Prado, natural de Jundiaí, mas constatando a grande resistência que o povo opunha aos seus desejos anulou a eleição da Câmara e publicou uma portaria em que constituía o seu protegido "comandante em xefe" da nova vila. O comandante imposto cometeu uma série de violências e opressões. Perante o exposto, aguardavam que a justiça real libertasse a nova vila de tanta violência e opressão.
1799-03-12