OFÍCIO do Bispo (da diocese de São Paulo), D. Mateus de Abreu Pereira, para o (ministro e secretário de Estado dos Negócios da Marinha e Domínios Ultramarinos), D. Rodrigo de Sousa Coutinho, pelo qual o informava de ter notificado o arcediago Manuel Joaquim Gonçalves, seu provisor e vigário-geral, o qual partia na mesma embarcação , consoante o determinado pelo ministro. Continuava fazendo o elogio do arcediago, esperando assim, que o ministro chegasse a conhecer a verdade. Informava ainda ter dado ordem ao padre Francisco Vieira Goulart para embarcar no navio que partia. Queixava-se de que este padre fazia todos os esforços para ficar em São Paulo para, à sombra do governador, perturbar o bispado com a sua vida dissoluta e escandalosa e o acusava de ser o autor de todas as intrigas tramadas contra ele. Além de mais, o dito sacerdote não interessava ao Bispado por ser um inútil, não fazer nada do que lhe fora incumbido. Pedia que se despachasse os seus requerimentos, pois na sua visita pastoral do ano anterior (1798), em que andara duzentas e quarenta léguas, gastara, em despesas de condução, três mil cruzados, e ainda tinha de completar a sua visitação.
1799-12-29