CARTA do (governador e capitão-general da capitania de São Paulo), Martim Lopes Lobo de Saldanha, para (D. Maria I), expondo que o cirurgião do hospital militar de Santos, José Antônio da Fonseca Gouveia, lhe apresentou uma carta patente, de 5 de Outubro de 1778, pela qual fora provido no cargo de cirurgião-mor do presídio; mas surgiram-lhe dúvidas. É certo que houve um médico militar, cirurgião-mor do presídio, no tempo em que a guarnição da vila era numerosa, mas, depois de criados dois Regimentos, com os respectivos médicos e seus ajudantes, parece desnecessária a existência desse cargo. Também se deu o caso de, num movimento desses Regimentos, ter-se nomeado o referido médico, interinamente, ; porém, regressados esses Regimentos, de novo era inútil a despesa com outro cirurgião. A acrescentar às razões apresentadas, há o fato de José Antônio da Fonseca Gouveia ter botica na dita vila, donde se retiram as drogas e os remédios necessários para o Hospital Militar, o que se tornava incompatível com a missão que pretendia desempenhar. Exposto o assunto, a referida Senhora determinará o que achar conveniente.
1779-04-09