CARTA do (governador e capitão-general da capitania de São Paulo) Conde de Sarzedas (Antônio Luís Távora), para (D. João V), informando que a expedição efetuada pelos moradores das minas de Cuiabá, contra o gentio payaguá, conforme deu conta o ouvidor, José de Burgos Vila Lobos, foi no tempo do seu antecessor, Antônio da Silva Caldeira Pimentel. Para aquela expedição, a Câmara das ditas minas, contribuiu aproximadamente com novecentos oitavos de ouro. Segundo lhe constava, a mesma expedição não resultara, devido à desunião dos seus componentes e por desobediência do cabo e regente das minas, Antônio de Almeida Lara. No entanto, fizeram algumas baixas nas fileiras dos gentios e apreenderam gado.
1734-02-06
CONSULTA do Conselho Ultramarino, sôbre um requerimento do desembargador Francisco Galvão da Fonseca, a (D. João V), no qual pede que se lhe tire nova residência, anulando a residência tirada pelo Dr. Antônio dos Santos Soares quando o requerente era ouvidor de São Paulo. Não deve fazer-se caso dessa residência porque aquêle ministro nomeava oficiais da facção do governador (e capitão-general da capitania) de São Paulo, Antônio da Silva Caldeira (Pimentel), seu inimigo declarado Além disso o requerente não soube da ordem que mandara tirar a dita residência, motivo por que não pudera defender-se. O desembargador e corregedor do Crime, da Côrte, José Vaz de Carvalho, e o procurador da Coroa consideravam justo o requerimento. Ao Conselheiro Alexandre Metelo de Sousa Meneses parece que se deve tirar segunda residência. Aos conselheiros Gonçalo Manuel Galvão de Lacerda e Manuel Francisco Borges, parece que se deve mandar ao novo sindicante um traslado da culpa que, para o requerente, resultou da devassa. Ao conselheiro José de Carvalho Abreu parece que o caso de se mandar tirar segunda residência depois da primeira estar posta em juízo, não se deve admitir, por ser um mau exemplo.
1734-08-18