CARTA do ouvidor geral de São Paulo, Rafael Pires Pardinho, para (D. João V), dizendo que, já em 8 de junho de 1720 lhe dera conta das culpas de Domingos Francisco Francisques, de que tomara conhecimento na vila de Nossa Senhora da Graça (do) Rio de São Francisco (do Sul), onde ele servira de capitão-mor; de lhe ter tirado residência e de novas devassas de mortes em que era culpado e que ao dito reu ficava processando à revelia, pois ele se metera nas matos e não o podia prender. Envia esta carta juntamente com a cópia da sentença que proferiu, e diz que condenara o dito Domingos Francisco Francisques em pena ordinária; a seu filho Ângelo Francisco Francisques e a José Francisco, seu irmão bastardo, em dez anos de degredo, para Angola; a Timótio Francisco Francisques, seu outro filho, e a Antônio Francisco, seu sobrinho bastardo, em cinco anos para Angóla e ao escravo preto José, em cinco anos de Galés. Como desta sentença interpôs apelação para a Relação do Estado, e fez citar por editor os ditos réus, pede a (D. João V) que recomende ao governador daquela capitania (de São Paulo) (Rodrigo César de Meneses), e ao seu sucessor no (lugar de ouvidor), a prisão daqueles réus.
1721-08-26