CARTA do (Governador da praça de Santos), João da Costa Ferreira de Brito, para (o governador e capitão-general da capitania do Rio de Janeiro, Aires de Saldanha de Albuquerque Coutinho Matos e Noronha), informando-o sobre um patacho francês que navegava naquelas costas. Diz que este navio anda de porto em porto com o fim de negociar e ancorara depois na Ilha das Porcos, onde ele mandara uma sumaca comandada pelo Capitão de Infantaria, José Lino Fragoso, acompanhado do seu irmão (Antônio de Brito Ferreira), que o prendeu e trouxe para a praça (de Santos). Mandou então o juiz de fora (Dr. Matias da Silva e Freitas), fazer o exame e vistoria dos papéis do barco e encarregou-se, ele próprio, do capitão, tirando?lhe os papéis que ainda tinha. Informa que vai remeter este navio para o Rio de Janeiro, acompanhado pelos do capitão Manuel Lopes Pereira, que está na Ilha de São Sebastião. Diz que, pelo Alvará de 8 de Fevereiro de 1711, o Rei lhe manda julgar os navios estrangeiros e remeter os autos à (Relação) da Bahia, o que ele não faz sem lhe dar primeiramente conta, por julgar ser o mais acertado, pois trata-se de um caso novo, visto o navio não ir de arribada. É também esta a opinião do provedor da Fazenda Real. Parece-lhe que os tripulantes do navio iam ali fazer negócio, não obstante dizerem que este pertencia a (Francisco) Laborde e a Lourenço Carvalho, da vila de Parati. Termina informando que os papéis do barco são muitos, a carregação vem dirigida à costa do Brasil, o “ponto” do piloto está orientado para a Ilha Grande e os passaportes ao mar do Sul.
1720-04-30