INFORMAÇÃO dada pelo (comissário das minas general) Eliadoro Ebano e assinada por ele e pelos oficiais da Câmara da Vila de (Nossa Senhora do Rosário do Paranaguá) acerca dos descobrimentos de minas. Quanto ao descobrimento de prata, por Antônio Nunes (Pinto) diz que esse lhe trouxe uma amostra que remeteu logo ao administrador (geral) das minas Duarte Correia Vasqueanes e lhe foi entregue como consta do traslado da sua carta. Informa que: André Fernandes da Parnaíba não foi à serra de “Sabarabuçu” mas a outro sertão aonde morreu com sua companhia, estando ele convencido que ali há prata; que nas vistorias e exames que fez na baía de Paranaguá descobriu nos ribeiros abundante ouro de lavagem que, entabolou; que se descobriram outros ribeiros de ouro de lavagem nos campos de Curitiba, sertão daquela, que já vira quando ali estiveram em visita por ordem do governador (da capitania do Rio de Janeiro), Salvador Correia de Sá e Benevides, e também nas cabeceiras das ribeiras da vila de Iguape, que dista daquela onze léguas; que ali achou um ribeiro de pedras de ouro onde fez os exames que constam dos outros inclusos, e que é preciso um mineiro para a sua exploração. Informa, ainda, que remeteu ao administrador das minas, Duarte Correia Vasqueanes, um quintal de pedras e que considera inútil a existência da Casa da Moeda e Quintos da Vila de São Paulo, pelo pouco ouro que hoje aí se tira e lavra.
1651-06-13
OFÍCIO do donatário da capitania de São Vicente ( Francisco Luís Carneiro e Sousa), conde da Ilha do Príncipe, para o (Secretário do Conselho Ultramarino), André Lopes (do Lavre) respondendo à ordem que lhe foi enviada para recolher a provisão do Conselho Ultramarino, que a seu favor fora passada, a fim de não se prejudicar o Marquês de Cascais, D. Luis Alvares de Castro Noronha Sousa e Ataíde. Diz que antes de mandar a dita provisão precisam de expor as suas razões que eram as seguintes: tinha ele doação da capitania de São Vicente, que o Rei não lhe devia retirar, tanto mais que o fazia a pedido do Marquês de Cascais, o qual não possuindo naquele caso nenhum direito, não devia ser nomeado no posto que a ele competia, nem com o pretexto da sentença que apresentara, porque esta não era dada sobre a capitania de São Vicente, mas sim sobre a de ltarnaracá. Termina pedindo para ver os papéis que havia sobre esta matéria e donde emanara a resolução contra ele, e na impossibilidade disso, para apresentar as suas razões ao (Príncipe Regente D. Pedro).
, 1682-02-03
See more