CARTA do [ex-ouvidor-geral e provedor da Fazenda Real serventuário da ilha de São Tomé] Paulo de Abreu Mendes, ao rei [D. João V] sobre os maus procedimentos do [ouvidor-geral] António Pedro de Soveral, que em vez de administrar a justiça passava as noites a jogar cartas paradas em casa da mãe de Tomé de Sousa, dormindo de dia, recebendo dádivas nos casos crime como o de João Francisco, Francisco de Alva e Francisco Sousa, aumentando o valor do que recebia por inquirir uma testemunha e exigindo assinar as contas dos escrivães da causa e contos, apesar de não ser contador; pedindo intervenção contra estes excessos e a falta de recursos do povo, onde nem os governadores e os ministros da relação lhe podia valer.
1738-10-27