OFÍCIO do [sargento-mor engenheiro], Manuel Germano da Mata, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Francisco Xavier de Mendonça Furtado, sobre ter pedido ao capitão-mor da vila da Praia, José Évora, para que encomendasse dois jumentos, e ter encarregado frei Manuel de Vinhais de arranjar as galinhas do mato junto do guardião do convento de Cabo Verde; informando que a devassa tirara na ilha do fogo pelo ouvidor-geral de Cabo Verde, João Gomes Ferreira, fora considerada nula, em virtude do ouvidor ter assistido na casa do capitão sargento-mor daquela ilha, noivo da filha de Pedro Fernandes Alfange, uma das partes, da mesma forma que o escrivão da correição, Apolinário José, ficara hospedado na casa do vigário e seu irmão José Cláudio, outra parte do litígio, além de que Apolinário José ter ido degredado para a ilha do Fogo, e feito escrivão pelo ouvidor, sem embargo de nenhum degredado por sentença não poder exercer tais ofícios; dando conta que os pretos de Cabo Verde não queriam trabalhar, desta forma era necessário irem duas ou três Companhias de gente paga em uma nau de guerra.
1766-05-11