OFÍCIO do capitão-mor da praça de Cacheu, Francisco Roque Souto Maior, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar, Diogo de Mendonça Corte Real], informando que prestou socorro a um navio francês que encalhou naquelas partes, e que naquela embarcação estava um oficial que tinha estado em Bissau dois anos antes no navio de “monsieur du Roché”; acerca das quantias relativas à cobrança dos direitos reais dos navios que o cabo capitão da ilha de Bissau remeteu para Cacheu, advertindo que o dito cabo vinha roubando à Fazenda Real; dando conta que detetou uma grande irregularidade nos livros da Fazenda Real e comunicando que aguardava a chegada do missionário [frei Manuel de Paços] vindo da Serra Leoa com notícias daquelas partes; e expondo que usou as verbas da alfândega para satisfazer as suas dívidas; e acusando a receção de uma carta do negro José Lopes [Moura; dando conta que recebeu o seu recado pelo padre missionário frei Manuel de Paços e acusando a receção de tabaco, açúcar, chocolate e chá; afirmando que a Serra Leoa era do rei de Portugal e que estava desejoso que lá construísse uma fortaleza; informando que deu ordens aos reis locais para que os navios portugueses não pagassem taxas, exemplificando que o navio de João Alves não tinha pago nenhuma taxa; dando conta que era católica tal como os seus pais].
1752-07-26