CONSULTA do Conselho Ultramarino ao rei D. Pedro II sobre a carta do capitão-mor de Cacheu, João de Sousa de Abreu e Lima, de 30 de Maio de 1689, dando a conhecer o miserável estado da praça, a falta de moradores, as dificuldades de defesa, o falecimento do sindicante [Manuel da Costa Ramalho] e o impasse de tal facto na justiça; mencionando a necessidade de estabelecer alianças com os reis vizinhos e as vantagens de uma companhia de mercadores portugueses levar os géneros necessários aos moradores e comerciar nos rios e portos onde fossem comprar escravos, evitando assim a perda daquela praça de que dependiam todas as ilhas de Cabo Verde; pedindo tempo para estabelecer o dito contrato e obter a obediência dos negros; sugerindo a entrada livre dos estrangeiros em Cacheu para se usarem as verbas dos direitos das fazendas comerciadas no pagamento das despesas e nas reparações das fortificações, sendo isso mais proveitoso à Fazenda Real do que a proibição do comércio.
1689-10-20