OFÍCIO do governador e capitão-general de Angola, D. António Álvares da Cunha, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Diogo de Mendonça Corte Real, sobre a memória que o seu tio, o embaixador D. Luís da Cunha, escrevera em 1725 acerca de se abrir comunicação entre as costas ocidental e oriental de África, tendo o geógrafo do rei de França, Mr. de Anville, demonstrava que o estabelecimento dos portugueses em Angola e no Monomopata facilitava o projecto; afirmando que queria dar os primeiros passos naquele projecto mandando dois homens ao domínio do Jaga Cassanje para averiguar para lá do rio Cuango, que os geógrafos chamavam de Zaire, apesar da oposição do Jaga, que matava quem tentasse saber dos potentados de Cabaço, Cafuxy, Muhetu e Haguinby, obedientes a Quicomba Acoassa; aconselhando a fixação de um reduto nas margens oeste daquele rio, para os descobridores terem mais apoio e os portugueses serem senhores do comércio, pagando esta primeira expedição.
1754-12-04