OFÍCIO do governador e capitão-general de Angola, D. António Álvares da Cunha, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Diogo de Mendonça Corte Real, sobre a desordem na vila de Massangano, quinta-feira santa, por causa das insolências de Miguel Gomes Brandão, parente e protegido do juiz ordinário; explicando, que mandara uma esquadra de Cavalaria que prendera o juiz e Miguel Gomes Brandão e que a vila de Massangano, outrora rica e povoada de boa gente, tinha poucos mulatos e brancos, e os muitos negros eram camaristas e juízes ordinários, havendo feiticeiros e régulos, uma companhia toda de negros que não obedecia ao capitão-mor, pelo que mandara para lá António Gonçalves de Carvalho, homem capaz de evitar mais desordens; solicitando o envio de casais de gente branca do Reino ou ilhas dos Açores.
1754-06-21