OFÍCIO do governador e capitão-general de Angola, D. António Álvares da Cunha, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Diogo de Mendonça Corte Real, sobre as minas de ouro em que laborava o missionário carmelita frei Lourenço de Jesus Maria e de ter chegado, no dia dos anos de Sua Majestade, do sertão, o alferes Caetano Matias [Leitão] com uma carta do capitão-mor Simeão Pereira Bravo com a nova da descoberta de minas de ouro no rio Lombige, contrariando os que diziam que aquele diligência era inútil e que não havia ouro naquele reino; referindo a proximidade das minas à cidade e os benefícios de serem exploradas, porque exigiriam apenas o pagamento do jornal dos negros e era região de muitos mantimentos, negros e água, devendo criar-se uma Companhia de cavalos para conservar a ordem e impedir a passagem de pessoas, o maior problema era encontrar um administrador inteligente e desinteressado, mas oferecia-se devido aos conhecimentos que tinha dos homens e da situação.
1754-06-16