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A propósito da morte da poetisa de origem romena, Helena Vacaresco, Maria de Carvalho noticia num jornal que, uma das vezes que se encontrou com a poetisa, em casa de Fernanda Ferro ou na legação da Roménia, lhe tinha contado "que visitara o palácio da Ajuda e que ali encontrara, numa das salas, um retrato do príncipe de Roménia, que foi depois o rei Fernando, e que esse retrato, em grupo com sua mãe, era justamente do tempo em que ele, não esperando ainda ser herdeiro do trono, se julgava no direito de escolher noiva". Deste modo, o Chefe da Repartição do Património da Direcção Geral da Fazenda Pública solicita ao conservador do Palácio Nacional da Ajuda informação sobre se existe nesse Palácio o referido retrato, sendo a resposta do conservador do Palácio Nacional da Ajuda, Manuel Carlos de Almeida Zagalo, negativa.
Por proposta do segundo conservador do Palácio Nacional de Mafra, Carlos Manuel da Silva Lopes, a Direcção Geral da Fazenda Pública publicou uma circular inquirindo as várias repartições e serviços públicos sobre a existência de numerosas matrizes de selos (de lacre e brancos), que em diversas épocas serviram para autenticar documentos e para fechar correspondência. "Dispersas como estão, essas matrizes correm risco de deterioração ou extravio, uma vez que, hoje, nenhuma utilidade prática têm nos Serviços onde existem. Não é fácil informar sobre o valor desses objectos: se a maioria terá somente interesse histórico ou de curiosidade, parte deles terá valor artístico, pois os cunhos eram algumas vezes abertos por artistas de categoria.". Para a salvaguarda desses objectos pretendia criar-se uma secção especial, anexa ao Museu Numismático Português, na qual seriam incorporadas as matrizes recolhidas. O processo contém as respostas oriundas de consulados, câmaras municipais, juntas de província, governos civis, legações, organismos e gabinetes ministeriais, secções de finanças, palácios, etc.
Notícias publicadas nos jornais nacionais em Novembro de 1938 relevando que iriam ser vendidas jóias oferecidas por Vasco da Gama ao Samorim de Calecute, após a descoberta do caminho marítimo para a Índia, por um joalheiro de Bombaim, levaram a que o Estado português inquirisse da veracidade das mesmas, na eventual aquisição por um preço justo, se as mesmas jóias fossem um produto autêntico da joalharia nacional. O Consulado de Portugal em Bombaim fornece informação sobre o assunto, bem como fotografias das jóias e recortes de jornais.
Documentação sobre a Exposição dos Primitivos Portugueses, exposição de pintura portuguesa dos séculos XV e XVI, que ocorreu no âmbito da Exposição do Mundo Português, em 1940, destinada a comemorar o duplo centenário da Fundação e Restauração de Portugal. Neste âmbito foi criada a Comissão Nacional dos Centenários "composta pelo Presidente da 6.º Secção da Junta Nacional de Educação e da Academia Nacional de Belas Artes, Prof. Dr. Reynaldo dos Santos, pelo Director dos Museus Nacionais de Arte Antiga, Dr. João Couto e pelo Director do Museu Nacional de Arte Contemporânea, Adriano de Sousa Lopes sob a presidência do primeiro, tem de escolher no curto prazo de um ano não só os quadros existentes em Lisboa e nos Museus Nacionais e Regionais mas ainda os que, tendo para o fim em vista interesse capital, existam no País." Existem processos relativos à Exposição do Mundo Português, não se tratando de pinturas, mas que originalmente estavam organizados junto dos restantes.
Cessão de talha e de dois portões de ferro desmontados que se encontram em depósito na Sé do Porto e na Sé de Braga ao Comissariado da Exposição Histórica do Mundo Português de 1940 para aplicar em trabalhos daquela Exposição. Os fragmentos de talha foram aplicados na "Nau Portugal" e "certamente perdidos com a transformação da nau em fragata", segundo informação de 12 de Dezembro de 1947, da Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais.
Foi proposto a venda ao Estado de dois lustres: um lustre de cristais, possivelmente do século XVII, de 13 lumes, de avantajado tamanho e perfeitamente conservado que, segundo o Superintendente dos Palácios Nacionais, Raul Lino, "ficaria bem em qualquer palácio" e outro, de bronze dourado, com cerca de 2,50 m de altura, de 12 lumes, de meados do século XIX e de excelente fabrico. Em informação de 30 de Junho de 1944, o Superintendente dos Palácios Nacionais, Raul Lino, afirma achar-se quase esgotada a verba concedida naquele ano para a aquisição de móveis antigos com destino aos Palácios Nacionais e lastima "que não esteja organizado um depósito geral de móveis e adereços de interesse artístico, onde se fossem juntando peças que ou pertencessem já ao Estado, achando-se actualmente porventura deslocadas, ou viessem a ser adquiridas oportunamente e a qualquer título sem destino determinado". Sugere, mais tarde, que o primeiro lustre "teria excelente aplicação no chamado Quarto de D. Sebastião no Palácio Nacional de Sintra".
Pedido para a Direcção Geral das Alfândegas proceder à fiscalização sobre exportação de obras de arte, promovidas por Erich Popper, Zolpan Hauser e Eco Trading Lda.
Oferta de aquisição de uma Fonte Artística Monumental feita à Legação de Portugal em Roma para compra pelo Governo português. A Direcção Geral do Ensino Superior e das Belas Artes informa que a "Fonte é deveras preciosa e completa, que em Portugal não tem similar e poderia ser colocada num jardim de algum Palácio Nacional, no caso de ela poder sair de Itália, onde se encontra, devendo portanto procurar-se adquiri-la pela oportunidade rara da proposta (...) Monumental, original e artística, abundantemente recheada de estátuas que não prejudicam o conjunto decorativo de arquitectura, é peça de indiscutível valor e representativa da arte italiana, que viria enriquecer o nosso Património Artístico". Desconhece-se se a referida obra foi adquirida.
Ofício proveniente do III Congresso Internacional dos Médicos Católicos informando do voto formulado naquele Congresso: "Que ao Papa João XXI, grande médico e grande filósofo, nascido em Lisboa e falecido em Viterbo, seja erguido túmulo condigno da elevada situação que ocupou", com vista a que o Governo português tomasse nota desse voto para prestígio de Portugal no mundo.
Aquisição de livros e publicações para a Direcção Geral da Fazenda Pública relacionados com o Património Nacional Italiano, através do Instituto Português em Roma; sobre a legislação francesa e italiana relativamente ao Património do Estado, nomeadamente a que contem disposições sobre a organização do cadastro dos bens do domínio público e privado, organização do inventário geral dos mesmos bens e processo da sua avaliação através das respectivas legações de Portugal.
Pedido de cessão de qualquer relíquia do Santo Lenho ou outro santo, por parte do pároco da freguesia de São Julião de Monte Trigo, por forma a suprir a falta para actos litúrgicos que impliquem a sua presença. Contactados o Museu Nacional de Arte Antiga e o Museu Nacional de Soares dos Reis, não foi possível satisfazer o pedido.
Informação da Direcção Geral da Fazenda Pública acerca de irregularidades nas ofertas e propostas de compra de objectos de arte para os Palácios Nacionais, referindo que somente tem conhecimento das ofertas pelas propostas apresentadas pelo Superintendente Artísticos dos Palácios Nacionais.
Entrega a 4 de Março de 1941 dos documentos e móveis pertencentes à Secção dos Congressos das Comissão Nacional dos Centenários, que foram transferidos para a Academia das Ciências de Lisboa, constantes das relações seguintes: Relação dos 701 processos respeitantes aos congressistas dos 1.º, 2.º, 3.º, 4.º, 5.º, 6.º e 8.º Congressos; Relação dos 238 processos apresentados ao Congresso do Mundo Português (7.º Congresso); Relação das comunicações apresentadas ao 1.º Congresso do Mundo Português, contendo o nome do conferencista e o título da conferência; Relação das comunicações apresentadas ao 2.º Congresso do Mundo Português, contendo o nome do conferencista e o título da conferência; Relação das comunicações apresentadas ao 3.º Congresso do Mundo Português, contendo o nome do conferencista e o título da conferência; Relação das comunicações apresentadas ao 4.º Congresso do Mundo Português, contendo o nome do conferencista e o título da conferência; Relação das comunicações apresentadas ao 5.º Congresso do Mundo Português, contendo o nome do conferencista e o título da conferência; Relação das comunicações apresentadas ao 6.º Congresso do Mundo Português, contendo o nome do conferencista e o título da conferência; Relação das comunicações apresentadas ao 7.º Congresso do Mundo Português, contendo o nome do conferencista e o título da conferência; Relação das comunicações apresentadas ao 8.º Congresso do Mundo Português, contendo o nome do conferencista e o título da conferência; Relação das comunicações apresentadas ao Congresso do Mundo Português (Congresso Colonial), contendo o nome do conferencista e o título da conferência; Relação de fotografias que dizem respeito às comunicações apresentadas ao Congresso do Mundo Português (7 envelopes). Foram igualmente entregues 90 pastas de arquivo para processos, um ficheiro metálico com quatro gavetas e quatro mapas. Existe informação que a parte do arquivo da Comissão Nacional dos Centenários respeitante a processos das conquistas foi entregue à Academia de Ciências de Lisboa, que por sua vez a remeteu ao Arquivo Histórico do Ministério das Finanças, sendo a parte restante atribuída à Secretaria da Presidência do Conselho.
Pedidos de cedência de imagens, paramentos e várias alfaias religiosas que pertenceram às capelas dos Hospitais Civis de Lisboa e que se encontram depositados no Hospital de São José, em Lisboa, nomeadamente na freguesia de São João Baptista, do concelho de Monção; da freguesia da Caparica, concelho de Almada; e dos párocos das freguesias de Almagreira, São Tiago de Litem e de São Martinho, todas do concelho de Pombal. Inclui informação da Direcção Geral dos Hospitais Civis de Lisboa, de 3 de Novembro de 1930 referindo a degradação de muitos dos objectos que ficaram à guarda dos hospitais e solicitando a venda urgente daqueles objectos, tendo em conta que a Comissão Central de Execução da Lei da Separação do Estado das Igrejas publicara a 24 de Novembro de 1014 uma ordem de serviço determinando que fossem secularizadas as capelas hospitalares e que os objectos de culto se vendessem em leilão com excepção dos que fossem considerados de valor histórico ou artístico, os quais seriam arrecadados no Museu dos Hospitais, em vias de criação. Este leilão nunca se chegou a realizar e os objectos de maior valor artístico foram, quer para o Museu Nacional de Arte Antiga, escolhidos pelo seu Director, quer para as Missões Religiosas dos Padres Seculares ou ainda para figurarem no Museu dos Hospitais. Inclui igualmente relações dos objectos de culto provenientes da Biblioteca do Hospital de São José, em Lisboa que deram entrada no Museu Nacional de Arte Antiga e na Igreja das Trinas.