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A documentação desta série está relacionada com a atividade profissional que Celestino da Costa desempenhou como investigador e docente da Faculdade de Medicina de Lisboa e do Instituto de Histologia e Embriologia. Incluem-se na presente série diversas provas - normalmente revistas e anotadas pelo próprio autor -, de separatas e artigos científicos versando, maioritariamente, sobre Endocrinologia, área em que Celestino da Costa se especializou e que lhe grangeou prestígio internacional. Outra documentação conservada nesta série dá conta da carreira académica e científica do produtor e inclui recortes de imprensa, fotografias, desenhos e diagramas - Celestino da Costa foi prolífico também no registo gráfico visual de tecidos e células que utilizou como ilustrações dos seus trabalhos de investigação -, cartazes e memorabilia diversa sobre acontecimentos em que participou, tais como congressos, conferências e seminários nacionais e internacionais. Inclui-se nesta série alguma documentação intercalada produzida por Jaime Augusto Celestino da Costa (1915-2010), filho de Augusto Celestino da Costa, que foi igualmente médico e diretor da Faculdade de Medicina de Lisboa, nomeadamente uma sebenta ou caderno de apontamentos de «Farmocognósia» relativo ao ano letivo de 1935-36. Por fim, três documentos póstumos se conservam nesta unidade, a saber, uma carta do Secretário perpétuo da Académie Royale de Médecine de Bruxelles dirigida a Jaime Celestino da Costa, dando conta da publicação de necrológio de Augusto Celestino da Costa no nº 11 do Bulletin de l'Académie Royale de Médecine (VIª série, tomo XXI), um exemplar da mesma publicação bem como uma cópia de necrológio publicado no jornal «La Presse Médicale» (nº 86).
A presente série documental reúne diversas comunicações na forma de relatórios, programas de conferências ou outros eventos científicos e sociais, bem como notícias de imprensa e correspondência que constituem fontes de informação interessantes para a compreensão da personalidade e da ação de Celestino da Costa, no âmbito das suas competências como administrador público de ciência. A documentação reflete, com particular interesse, um ciclo de ação institucional pautado pelo reconhecimento da Ciência como setor carente de investimento público sistemático, ainda que de escala reduzida, no quadro de transição da primeira República para o Estado Novo, abrangendo as décadas de 20 a 40, refletindo, portanto, a mudança de conjuntura forçada com a ditadura militar e a assunção de um modelo de Estado autoritário com reflexos sensíveis ao nível de um mais estreito controlo institucional das práticas culturais e científicas. Alguns documentos incorporados nesta série ilustram esse controlo, como por exemplo, expondo o processo de averiguação a que a Junta de Educação Nacional foi submetida, por finais de 1934 - processo desencadeado por uma reclamação formal apresentada à Secretaria da Junta, pondo em dúvida métodos e critérios de avaliação. Outros documentos do mesmo período aludem à desconfiança do próprio ministro da Instrução Pública sobre a ação da Junta, na atribuição de bolsas. O caso levou mesmo à suspensão da atribuição de bolsas, ordenada por Eusébio Tamagnini, em Despacho com data de 15 de novembro de 1934, de que se conserva um extrato. Entre outros documentos relevantes para a história da política científica portuguesa, conservam-se ainda informações de índole administrativa, tais como editais, atas, pareceres, relatórios, referentes às atividades e deliberações da Comissão Executiva da Junta de Educação nacional, relações de equipamentos, unidades de investigação e bolseiros, diversos recortes de jornal, nomeadamente de Samuel Maia sobre analfabetismo, educação e ciência, incluindo ainda diversa correspondência de/para personalidades como Rui Mayer, Manuel Rodrigues Junior, Luís Simões Raposo, Edgar Prestage. Subsiste um conjunto epistolar de Francisco de Paula Leite Pinto a Celestino da Costa, com cartas de caráter oficial e semi-privado, mencionando diversos aspetos da organização do financiamento científico nacional e dos trabalhos da Junta.