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Negativo fotográfico em vidro representando uma montagem feita com a Taça Camoneana, a salva République Française e uma Vitória trabalhada em vulto, ostentando um ramo de oliveira e uma espada. A peça denominada "Taça Camoneana", taça em estilo neomanuelino, da autoria do escultor cinzelador António Maria Ribeiro, foi executada ainda na Fábrica de Pratas Casa Reis & Filhos, no Porto. Tem grande base decorada com escudos de armas, apresentando em relevo e trabalhadas em vulto, cenas mitológicas marítimas (sendo visível uma série de sereias e Neptuno). Sobre quatro colunas assentes num plinto pode ver-se uma figura humana que sustenta uma esfera armilar coroada com a cruz de Cristo. Os bordos da taça estão decorados com embarcações e escudos intercalados por elementos de micro-arquitectura. Segundo Teresa Trancoso, esta peça é "revestida de toda a simbologia presente nos Lusíadas. Ao suporte em mogno, que prolonga os contornos da própria taça, estão agregadas as armas de D. João I, do Infante D. Henrique, de D. João II e de D. Manuel I, em prata, e ainda as armas da cidade do Porto. A base da taça representa o mar, repleto de figuras mitológicas, como Vénus e Neptuno, os ventos mitológicos Bóreas e Noto, as cabeças de Júpiter e Baco, nereidas e tritões. O bojo, profusamento neomanuelino, encontra-se decorado com pequenas caravelas circunscritas entre frisos de arcarias neomanuelinas e escudos. Novamente surgem duas figuras humanas em representação dos rios Ganges e Indo, que, carregando cada uma delas uma esfera armilar e a cruz da Ordem de Cristo, compõem as asas da taça" (Trancoso, 2009, p.105). Através da informação contida no cartão secundário relativo a fotografia deste mesma taça (PT-AMM-AMR-FT-PR02-022), sabe-se que a peça aqui representada, foi oferecida ao Marechal Foch pela cidade do Porto encontrando-se em exposição no Museu dos Troféus da Grande Guerra em Paris, e que se trata de uma fotografia da Casa Guedes. A salva em prata ostenta representação do busto da figura feminina "República" e de figura alada, numa alegoria à Liberdade, no medalhão central, com a legenda "Republique Française Génie de la Liberté" a anteceder a orla, a qual é composta pela representação das armas de Paris, duas cartelas com o monograma RF (Republique Française) e uma "cartela sem inscrição, andorinhas e abelhas em alegoria ao bem comum e ao trabalho" (Trancoso, 2009, p.118), também da autoria do escultor cinzelador António Maria Ribeiro. Foi também oferecida ao General Foch, em Paris, conforme informação escrita no cartão secundário de prova fotográfica existente neste espólio (PT-AMM-AMR-FT-PR02-072). Em relação a esta, a Salva já surge com a inscrição "Gloire à toi, ma France!" gravada no anel entre a orla e o fundo. As peças foram fotografadas em cima de uma mesa circular coberta com tecido negro sobre fundo negro composto por tecido armado para o efeito, vendo-se por trás parte da sala (Casa Reis). A Casa Reis foi fundada em 1880, no Porto, por António Alves Reis, tornando-se mais tarde na Casa Reis & Filhos, depois de os seus 2 filhos, Serafim e Manuel Reis, enveredarem pelo mesmo ofício. Trabalhava sobretudo para Portugal e Espanha. Em 1893, a Casa Reis & Filhos recebeu o título de ourives honorário da Casa Real Portuguesa. Apostou muito no profissionalismo, preparando muito bem os seus artifices e colocando profissionais muito competentes na direcção. Participou na organização dos I e II Congressos de Ourivesaria Portuguesa, em 1925 e 1926, integrando respectivamente a Comissão de Honra e a Comissão Nacional. Ao nível do tipo de produção, especializou-se em peças revivalistas, neogóticas e, sobretudo, neomanuelinas, religiosas e civis, com maior destaque para as de carácter historicista, em particular as que foram executadas por António Maria Ribeiro que, pelo menos desde 1915, já lá trabalhava, vindo a ser o seu director artístico durante muitos anos. Participou em inúmeras exposições nacionais e internacionais. Aquando da Grande Exposição Industrial Portuguesa em Lisboa, em 1932, já António Maria Ribeiro tinha as suas próprias oficinas de cinzelagem e fundição. A partir da década de 40', as referências à sua actividade começam a rarear, tendo cessado a mesma por essa altura (Trancoso, 2009, pp.51-55).
Negativo fotográfico em vidro reproduzindo centro de mesa circular, em prata, decorado por motivos geométricos e vegetalistas, assente sobre quatro pés em forma de pata de leão e com duas pegas rectilíneas de terminações em voluta. A ladear, dois castiçais de três lumes, de base circular, decorada em relevo por motivos geométricos e vegetalistas, e braços fitomórficos, sendo os suportes para as velas adornados com grinaldas. Conjunto fotografado em cima de mesa, coberta com tecido adamascado, sobre fundo negro. Muito provavelmente, da autoria de António Maria Ribeiro.
Negativo fotográfico em vidro reproduzindo uma sacra com excerto do Evangelho de São João (Génesis), apresentando no canto superior esquerdo uma Santíssima Trindade, e, ao lado esquerdo, S. João Evangelista inserido num nicho, a escrever, de olhos postos na Trindade. Esta imagem surge inserida em moldura de prata, neogótica, decorada por elementos vegetalistas, representações arquitectónicas (janelas de 3 lumes) e, ao nível superior, quadrifólios e figuras de arcanjo, sendo rematada por uma cruz saliente. Trata-se de uma peça fabricada na Fábrica de Pratas Casa Reis & Filhos, conforme assinatura gravada na base da peça, esta saliente, junto às marcas de contraste sendo, muito provavelmente, da autoria de António Maria Ribeiro. A Casa Reis foi fundada em 1880, no Porto, por António Alves Reis, tornando-se mais tarde na Casa Reis & Filhos, depois de os seus 2 filhos, Serafim e Manuel Reis, enveredarem pelo mesmo ofício. Trabalhava sobretudo para Portugal e Espanha. Em 1893, a Casa Reis & Filhos recebeu o título de ourives honorário da Casa Real Portuguesa. Apostou muito no profissionalismo, preparando muito bem os seus artifices e colocando profissionais muito competentes na direcção. Participou na organização dos I e II Congressos de Ourivesaria Portuguesa, em 1925 e 1926, integrando respectivamente a Comissão de Honra e a Comissão Nacional. Ao nível do tipo de produção, especializou-se em peças revivalistas, neogóticas e, sobretudo, neomanuelinas, religiosas e civis, com maior destaque para as de carácter historicista, em particular as que foram executadas por António Maria Ribeiro que, pelo menos desde 1915, já lá trabalhava, vindo a ser o seu director artístico durante muitos anos. Participou em inúmeras exposições nacionais e internacionais. Aquando da Grande Exposição Industrial Portuguesa em Lisboa, em 1932, já António Maria Ribeiro tinha as suas próprias oficinas de cinzelagem e fundição. A partir da década de 40', as referências à sua actividade começam a rarear, tendo cessado a mesma por essa altura. (Trancoso, 2009, pp.51-55).
Negativo fotográfico em vidro reproduzindo conjunto de secretária, composto por tinteiro inserido em estrutura com várias portadas que aqui surgem abertas. A portada frontal apresenta medalhão com inscrição parcialmente desfocada, lendo-se " MDCCCCXXV" e duas portadas laterais com a cobertura assemblada. Cada uma ostenta um escudo heráldico coroado e assente sobre uma fita. Sobre o fundo assenta uma base com quatro pés onde reposa uma esfera armilar, à esquerda, trabalhada em vulto ostentando um escudo com as armas portuguesas e uma cruz de Cristo no topo. À direita, apresenta-se o Infante D. Henrique trabalhado em vulto, sobre um plinto inscrito. Entre as duas peças está colocada uma caneta de aparo. Toda a base tem uma cercadura com elementos de micro-arquitectura gótica. Ao fundo, uma placa com relevos emoldura todo o conjunto com dois registos: o inferior mostra seis embarcações rumando ao sol e o superior, inserido num arco ogival, apresenta uma cena de combate onde a cavalaria portuguesa dispersa umas fileiras árabes. Esta cena pode não invocar um acontecimento histórico em particular, servindo apenas como exortação. No remate do arco está um escudo de armas português com uma cartela inscrita. A peça foi fotografada sobre cenário representando paisagem. Deverá ser peça da autoria de António Maria Ribeiro.
Negativo fotográfico em vidro reproduzindo molde em barro para jarro com decorações em relevo, representando na base uma escarpa. Todo o bojo mostra as ondas do mar onde se insere uma figura feminina parcialmente nua, ladeada por uma sereia e um tritão. No lado direito, na linha do horizonte, surge uma embarcação. A pega assume a forma de uma sereia, trabalhada em relevo. Existe outro negativo nesta colecção no qual se vê o outro lado desta peça ( PT-AMM-AMR-FT-NG01-119). Provavelmente, a cena descrita remete para episódio dos Lusíadas. A peça encontra-se assente sobre a base em madeira na qual deve ter sido trabalhada, por sua vez colocada em cima de um suporte coberto com tecido claro. Deverá ser da autoria de António Maria Ribeiro.
Negativo fotográfico em vidro reproduzindo molde em barro para jarro com decorações em relevo, representando na base uma escarpa. Todo o bojo mostra as ondas do mar onde se inserem sereias. Em segundo plano, na linha do horizonte, surge uma embarcação. A pega assume a forma de uma sereia, trabalhada em relevo. Existe outro negativo nesta colecção no qual se vê o outro lado desta peça ( PT-AMM-AMR-FT-NG01-120). Provavelmente, a cena descrita remete para episódio dos Lusíadas. A peça encontra-se assente sobre a base em madeira na qual deve ter sido trabalhada, por sua vez colocada em cima de um suporte coberto com tecido claro. Deverá ser da autoria de António Maria Ribeiro.
Negativo fotográfico em vidro reproduzindo imagem de oficina em actividade. Mostram-se uma série de operários adultos e crianças (e ao longe dois supervisores?) trabalhando em peças de ourivesaria. Parece tratar-se de uma fotografia encenada: tanto máquinas como operários permanecem imóveis durante o tempo de exposição. Caso contrário, todos os movimentos ficariam registados (especialmente os movimentos rotativos das máquinas de polimento à direita do enquadramento). Em primeiro plano, surge sobre uma mesa (virada para a câmara fotográfica) a salva "Dante e Beatrice". Ao fundo, à esquerda, à porta de divisória, encontra-se António Maria Ribeiro e, à direita, na mesma circunstância, outra pessoa (encarregado?). O espaço corresponde à sala de oficina da "Casa Reis - Fábrica de Pratas", onde António Maria Ribeiro trabalhou até à década de 20' do século passado, espaço esse identificado a partir da comparação da arquitectura com a de outros espaços fotografados cujos negativos existem neste espólio ( PT-AMM-AMR-FT-NG01-047, 064, 065, 066, 067, 068, 069, 070, 122, 123, 132, 133); no conjunto destes, destaca-se, em particular, um exterior no qual se vê a fachada do edifício, com placa aposta sobre a porta principal ( PT-AMM-AMR-FT-NG01-124). A Casa Reis foi fundada em 1880, no Porto, por António Alves Reis, tornando-se mais tarde na Casa Reis & Filhos, depois de os seus 2 filhos, Serafim e Manuel Reis, enveredarem pelo mesmo ofício. Trabalhava sobretudo para Portugal e Espanha. Em 1893, a Casa Reis & Filhos recebeu o título de ourives honorário da Casa Real Portuguesa. Apostou muito no profissionalismo, preparando muito bem os seus artifices e colocando profissionais muito competentes na direcção. Participou na organização dos I e II Congressos de Ourivesaria Portuguesa, em 1925 e 1926, integrando respectivamente a Comissão de Honra e a Comissão Nacional. Ao nível do tipo de produção, especializou-se em peças revivalistas, neogóticas e, sobretudo, neomanuelinas, religiosas e civis, com maior destaque para as de carácter historicista, em particular as que foram executadas por António Maria Ribeiro que, pelo menos desde 1915, já lá trabalhava, vindo a ser o seu director artistico durante muitos anos. Participou em inúmeras exposições nacionais e internacionais. Aquando da Grande Exposição Industrial Portuguesa em Lisboa, em 1932, já António Maria Ribeiro tinha as suas próprias oficinas de cinzelagem e fundição. A partir da década de 40', as referências à sua actividade começam a rarear, tendo cessado a mesma por essa altura (Trancoso, 2009, pp.51-55). A fotografia deverá ser da autoria da Fotografia Guedes, uma vez que foi esta casa que fotografou as peças identificadas neste contexto, existindo vários espécimes assinados neste espólio, para além do negativo apresentar características semelhantes aos restantes relativos ao levantamento dos vários espaços da fábrica mencionada.
Negativo fotográfico em vidro reproduzindo grupo com cerca de oitenta operários em espaço de oficina, entre homens, mulheres e crianças. Na terceira fila, sendo o sétimo a contar da esquerda, encontra-se António Maria Ribeiro. A imagem está cuidadosamente organizada em planos. No primeiro plano surgem algumas salvas de grandes dimensões, e em segundo os trabalhadores mais jovens sentados no chão. Atrás destes, nas pontas da fila estão as mulheres e depois todos os homens. Muitos dos retratados ostentam peças: talvez aquelas em que trabalham ou trabalharam mais tempo. Em último plano, sobre a porta ladeada por dois grandes janelões interiores, encontra-se pendurada uma fotografia, muito provavelmente do fundador da fábrica. O espaço corresponde a sala de oficina da "Casa Reis - Fábrica de Pratas", onde António Maria trabalhou até à década de 20' do século passado, espaço esse identificado a partir da comparação da arquitectura com a de outros espaços fotografados cujos negativos existem neste espólio ( PT-AMM-AMR-FT-NG01-047, 064, 065, 066, 067, 068, 069, 070, 122, 123, 132, 133); no conjunto destes, destaca-se, em particular, um exterior no qual se vê a fachada do edifício, com placa aposta sobre a porta principal ( PT-AMM-AMR-FT-NG01-124). A Casa Reis foi fundada em 1880, no Porto, por António Alves Reis, tornando-se mais tarde na Casa Reis & Filhos, depois de os seus 2 filhos, Serafim e Manuel Reis, enveredarem pelo mesmo ofício. Trabalhava sobretudo para Portugal e Espanha. Em 1893, a Casa Reis & Filhos recebeu o título de ourives honorário da Casa Real Portuguesa. Apostou muito no profissionalismo, preparando muito bem os seus artifices e colocando profissionais muito competentes na direcção. Participou na organização dos I e II Congressos de Ourivesaria Portuguesa, em 1925 e 1926, integrando respectivamente a Comissão de Honra e a Comissão Nacional. Ao nível do tipo de produção, especializou-se em peças revivalistas, neogóticas e, sobretudo, neomanuelinas, religiosas e civis, com maior destaque para as de carácter historicista, em particular as que foram executadas por António Maria Ribeiro que, pelo menos desde 1915, já lá trabalhava, vindo a ser o seu director artístico durante muitos anos. Participou em inúmeras exposições nacionais e internacionais. Aquando da Grande Exposição Industrial Portuguesa em Lisboa, em 1932, já António Maria Ribeiro tinha as suas próprias oficinas de cinzelagem e fundição. A partir da década de 40', as referências à sua actividade começam a rarear, tendo cessado a mesma por essa altura. (Trancoso, 2009, pp.51-55). A fotografia deverá ser da autoria da Fotografia Guedes, uma vez que foi esta casa que fotografou as peças identificadas neste contexto, existindo vários espécimes assinados neste espólio, para além do negativo apresentar características semelhantes aos restantes relativos ao levantamento dos vários espaços da fábrica mencionada.
Negativo fotográfico reproduzindo imagem geral do Edifício da Fábrica de Pratas Casa Reis, devidamente identificado através de placa aposta sobre a porta principal na qual se lê "FÁBRICA DE PRATAS / FABRICO ESPECIAL DA JOALHARIA / REIS, FILHOS". O edifício foi fotografado a partir do ângulo à direita, vendo-se a fachada, que confronta com uma rua não identificada, encontrando-se o alçado esquerdo encostado a outro edifício, e o alçado direito, que confronta com a Rua das 12 Casas (Freguesia de Santo Ildefonso, Porto), conforme placa toponímica aposta na parede do mesmo, junto à esquina, em que se lê "RUA / DAS / DOZE CASAS". Por esta imagem, e tendo em conta outras existentes neste espólio referentes à Fábrica Reis ( PT-AMM-AMR-FT-NG01-047, 064, 065, 066, 067, 068, 069, 070, 121, 122, 123, 132, 133), é possível perceber a organização espacio-funcional da fábrica, a qual se divide em 3 partes, tendo rés-do-chão (cave?) e primeiro piso: neste, à frente, duas salas de recepção/escritório separadas por corredor longitudinal que dá acesso directo da porta principal para a sala de oficina, esta sucedida por um outro espaço, possivelmente, espaço de fundição, já nas traseiras, no qual aparenta existir um portão de acesso à rua. Da grande sala de oficina, existe, a meio do alçado lateral direito, porta de acesso directo ao exterior, para a Rua das Doze Casas; ao fundo, acessos ao possível espaço de fundição. No piso inferior, encontram-se as maquinarias/ mecanismos para as máquinas que se localizam na sala da oficina, por cima. A Casa Reis foi fundada em 1880, no Porto, por António Alves Reis, tornando-se mais tarde na Casa Reis & Filhos, depois de os seus 2 filhos, Serafim e Manuel Reis, enveredarem pelo mesmo ofício. Trabalhava sobretudo para Portugal e Espanha. Em 1893, a Casa Reis & Filhos recebeu o título de ourives honorário da Casa Real Portuguesa. Apostou muito no profissionalismo, preparando muito bem os seus artifices e colocando profissionais muito competentes na direcção. Participou na organização dos I e II Congressos de Ourivesaria Portuguesa, em 1925 e 1926, integrando respectivamente a Comissão de Honra e a Comissão Nacional. Ao nível do tipo de produção, especializou-se em peças revivalistas, neogóticas e, sobretudo, neomanuelinas, religiosas e civis, com maior destaque para as de carácter historicista, em particular as que foram executadas por António Maria Ribeiro que, pelo menos desde 1915, já lá trabalhava, vindo a ser o seu director artístico durante muitos anos. Participou em inúmeras exposições nacionais e internacionais. Aquando da Grande Exposição Industrial Portuguesa em Lisboa, em 1932, já António Maria Ribeiro tinha as suas próprias oficinas de cinzelagem e fundição. A partir da década de 40', as referências à sua actividade começam a rarear, tendo cessado a mesma por essa altura (Trancoso, 2009, pp.51-55). A fotografia deverá ser da autoria da Fotografia Guedes, uma vez que foi esta casa que fotografou as peças identificadas neste contexto, existindo vários espécimes assinados neste espólio, para além do negativo apresentar características semelhantes aos restantes relativos ao levantamento dos vários espaços da fábrica mencionada.
Negativo. Trabalhadores na oficina, em actividade. Mostram-se uma série de operários adultos e crianças (e um encarregado?) trabalhando em peças diversas, com predominância das salvas. Esta parece ser uma fotografia encenada: todas as peças estão inclinadas para aparecer na imagem e tanto máquinas como operários permanecem imóveis durante o tempo de exposição: caso contrário, todos os movimentos ficariam registados (especialmente os movimentos rotativos das máquinas de polimento à esquerda do enquadramento). O espaço corresponde à sala de oficina da "Casa Reis - Fábrica de Pratas", onde António Maria trabalhou até à década de 20' do século passado, espaço esse identificado a partir da comparação da arquitectura com a de outros espaços fotografados cujos negativos existem neste espólio ( PT-AMM-AMR-FT-NG01-047, 064, 065, 066, 067, 068, 069, 070, 121, 122, 132, 133); no conjunto destes, destaca-se, em particular, um exterior no qual se vê a fachada do edifício, com placa aposta sobre a porta principal ( PT-AMM-AMR-FT-NG01-124). A Casa Reis foi fundada em 1880, no Porto, por António Alves Reis, tornando-se mais tarde na Casa Reis & Filhos, depois de os seus 2 filhos, Serafim e Manuel Reis, enveredarem pelo mesmo ofício. Trabalhava sobretudo para Portugal e Espanha. Em 1893, a Casa Reis & Filhos recebeu o título de ourives honorário da Casa Real Portuguesa. Apostou muito no profissionalismo, preparando muito bem os seus artifices e colocando profissionais muito competentes na direcção. Participou na organização dos I e II Congressos de Ourivesaria Portuguesa, em 1925 e 1926, integrando respectivamente a Comissão de Honra e a Comissão Nacional. Ao nível do tipo de produção, especializou-se em peças revivalistas, neogóticas e, sobretudo, neomanuelinas, religiosas e civis, com maior destaque para as de carácter historicista, em particular as que foram executadas por António Maria Ribeiro que, pelo menos desde 1915 já lá trabalhava, vindo a ser o seu director artístico durante muitos anos. Participou em inúmeras exposições nacionais e internacionais. Aquando da Grande Exposição Industrial Portuguesa em Lisboa, em 1932, já António Maria Ribeiro tinha as suas próprias oficinas de cinzelagem e fundição. A partir da década de 40', as referências à sua actividade começam a rarear, tendo cessado a mesma por essa altura (Trancoso, 2009, pp.51-55). A fotografia deverá ser da autoria da Fotografia Guedes, uma vez que foi esta casa que fotografou as peças identificadas neste contexto, existindo vários espécimes assinados neste espólio, para além do negativo apresentar características semelhantes aos restantes relativos ao levantamento dos vários espaços da fábrica mencionada.
Negativo fotográfico em vidro reproduzindo peça de ourivesaria, uma "caneca", de linguagem neobarroca, em prata, trabalhada em relevo e apresentando diversos elementos vegetalistas e marinhos, uma cartela lisa e pega fitomórfica, da autoria do escultor cinzelador António Maria Ribeiro. Peça fotografada sobre fundo neutro assente em base coberta por tecido adamascado. De acordo com informação escrita no verso da prova correspondente (PT-AMM-AMR-FT-PR02-208), a peça designa-se "Caneca estylo D. João V (rico)" e faz parte de uma série de pelo menos 6 peças congéneres, cujas fotografias também se encontram nesta colecção, sendo estas da autoria da Fotografia Guedes.
Negativo fotográfico em vidro reproduzindo seis peças decoradas com cenas e motivos de gosto renascentista. Dois castiçais (para cinco velas) e uma salva, com bases representando, em vulto, dois puti elevando um terceiro que sustenta a peça. Dois castiçais (para duas velas) de fustes entrelaçados coroados com figuras trabalhadas em vulto: um apresenta um nu feminino torcido manejando um arco (Diana / Artemisa?); o outro um veado ferido por uma flecha. Um vaso com base e boca em campânula decorado com elementos vegetais e apresentando em relevo uma cena onde um centauro tenta retirar uma flecha do seu peito, enquanto segura o corpo de uma mulher desmaiada. Peças fotografadas sobre estrutura coberta com pano negro, sobre fundo negro. Muito provavelmente, são peças da autoria de António Maria Ribeiro.
Negativo fotográfico em vidro reproduzindo escultura de vulto representando D. Nuno Álvares Pereira em atitude orante, ajoelhado, envergando um longo manto, segurando com ambas as mãos uma espada, tendo diante de si um elmo e um escudo. O conjunto assenta sobre um plinto simples. Peça muito provavelmente da autoria de António Maria Ribeiro.
Negativo fotográfico em vidro reproduzindo castiçal de 5 lumes, de linguagem neoclássica, de base quadrada decorada com folhas e medalhão sem inscrições, fuste adornado de grinaldas e braços em voluta de carácter fitomórfico. Peça fotografada em cima de mesa coberta com tecido adamascado, sobre fundo negro. Muito provavelmente, é uma peça da autoria de António Maria Ribeiro.
Negativo fotográfico em vidro reproduzindo seis peças com tipologias iconográficas e decorativas distintas, colocadas em exposição sobre estrutura de 3 níveis, coberta por pano negro. Ao lado direito, um homem (cortado pelo enquadramento) segura o pano negro que serve de fundo a esta fotografia. As peças, da autoria de António Maria Ribeiro, são: um vaso decorado em relevo com folhas de lótus estilizadas, espirais e gregas, apresentando ao centro uma cena da mitologia Clássica, um bacanal, onde figuram bacantes com taças e instrumentos, montadas em tigres; dois castiçais (de 3 lumes), neobarrocos, decorados em relevo com elementos vegetalistas; uma arca neobarroca, decorada em relevo com elementos vegetalistas e marinhos; uma jarra com base quadrada apresentando, em relevo, S. Jorge montado num grifo, atacando o dragão com a lança; uma estatueta, trabalhada em vulto, assente em base com moldura sem inscrição, representando Mercúrio / Hermes sentado sobre uma rocha atando a sandália. Deverá ser uma fotografia de Platão Mendes, dado ter sido este fotógrafo que fotografou também a jarra representando São Jorge (PT-AMM-AMR-FT-PR02-304, 309).
Negativo fotográfico em vidro reproduzindo peça de ourivesaria, uma "caneca", de linguagem neobarroca, trabalhada em relevo e apresentando diversos elementos vegetalistas e uma cartela e uma pega bipartida desenhada por duas volutas, da autoria do escultor cinzelador António Maria Ribeiro. Peça fotografada sobre fundo neutro assente em base negra. De acordo com informação escrita no verso da prova correspondente (PT-AMM-AMR-FT-PR02-207), a peça designa-se "Caneca estylo D. João V (rico)" e faz parte de uma série de pelo menos 6 peças congéneres, cujas fotografias também se encontram nesta colecção, sendo estas da autoria da Fotografia Guedes.
Negativo fotográfico em vidro reproduzindo peça de ourivesaria, uma "caneca", de linguagem neobarroca, em prata, trabalhada em relevo e apresentando diversos elementos vegetalistas e marinhos, uma cartela lisa e pega composta por volutas, sendo a tampa coroada por pequena urna florida, da autoria do escultor cinzelador António Maria Ribeiro. Peça fotografada sobre fundo neutro assente em base coberta por tecido adamascado. De acordo com informação escrita no verso da prova correspondente (PT-AMM-AMR-FT-PR02-211), a peça designa-se "Caneca estylo D. João V (rico)" e faz parte de uma série de pelo menos 6 peças congéneres, cujas fotografias também se encontram nesta colecção, sendo estas da autoria da Fotografia Guedes.
Negativo fotográfico em vidro reproduzindo escultura de vulto representando D. Nuno Álvares Pereira, envergando armadura, elmo e cota de malha, empunhando um montante e um escudo, sobre um plinto simples com inscrição parcialmente visível, da autoria de António Maria Ribeiro, fotografada sobre mesa coberta com tecido e fundo neutro claro. Pela informação contida no cartão secundário de prova correspondente (PT-AMM-AMR-FT-PR02-067), trata-se de uma fotografia de Neves Guimarães.
Negativo fotográfico em vidro reproduzindo salva em prata, de linguagem neomanuelina, apresentando orla composta por sucessão de arcos de volta perfeita, envoltos em motivos vegetalistas e coroados por cogulhos, a partir dos quais se interliga corda com boias adornando-a, e fundo definido por doze arcos ogivais com rendilhados, os quais se encaixam desencontradamente nos anteriormente referidos, contendo cada arco uma perspectiva da mesma embarcação (possivelmente uma nau). A salva foi fotografada em cima de mesa coberta com pano adamascado, sobre fundo neutro claro. Peça muito provavelmente da autoria de António Maria Ribeiro.
Negativo fotográfico em vidro representando António Maria Ribeiro junto a peça de ourivesaria designada por Caravela das Conquistas, da autoria do escultor cinzelador António Maria Ribeiro. Segundo Teresa Trancoso, esta peça é um "tributo aos descobrimentos e também à emigração portuguesa no Brasil" (Tancoso, 2009, pp.103-104). Apresenta "na base quatro tritões esculpidos em bronze que sustentam toda a estrutura, enquanto três nereidas, em marfim, conduzem e protegem a caravela que navega num mar agitado. A cor clara do marfim das velas contrasta com o esmalte encarnado das cruzes da Ordem de Cristo nelas inscritas. Encimando os mastros, encontram-se pequenas esferas armilares e na parte lateral direita desta composição, existe uma cartela, envolta por uma moldura neomanuelina, destinada a uma inscrição" (Trancoso, 2009, 104). Peça fotografada em cima de uma mesa de pedra, sobre fundo negro. Conforme informação escrita no cartão secundário de prova relacionada (PT-AMM-AMR-FT-PR02-011), trata-se de uma composição em prata, marfins, esmaltes, filigrana e alabastro do Vimioso, medindo 1,10 m de altura, sendo a fotografia da casa Fotografia Guedes. A peça "Caravela das Conquistas" executada por António Maria Ribeiro, ainda enquanto director artístico da Casa Reis & Filhos, integrou a mostra desta casa na Exposição Internacional do Rio de Janeiro, em 1922, comemorativa do 1º centenário da Independência do Brasil. Na sequência desta exposição, a peça foi comprada pela Colónia Portuguesa do Rio de Janeiro para a oferecer à Beneficiência Portuguesa da mesma cidade. (Trancoso, 2009, pp.103-104). A Casa Reis foi fundada em 1880, no Porto, por António Alves Reis, tornando-se mais tarde na Casa Reis & Filhos, depois de os seus 2 filhos, Serafim e Manuel Reis, enveredarem pelo mesmo ofício. Trabalhava sobretudo para Portugal e Espanha. Em 1893, a Casa Reis & Filhos recebeu o título de ourives honorário da Casa Real Portuguesa. Apostou muito no profissionalismo, preparando muito bem os seus artifices e colocando profissionais muito competentes na direcção. Participou na organização dos I e II Congressos de Ourivesaria Portuguesa, em 1925 e 1926, integrando respectivamente a Comissão de Honra e a Comissão Nacional. Ao nível do tipo de produção, especializou-se em peças revivalistas, neogóticas e, sobretudo, neomanuelinas, religiosas e civis, com maior destaque para as de carácter historicista, em particular as que foram executadas por António Maria Ribeiro que, pelo menos desde 1915, já lá trabalhava, vindo a ser o seu director artístico durante muitos anos. Participou em inúmeras exposições nacionais e internacionais. Aquando da Grande Exposição Industrial Portuguesa em Lisboa, em 1932, já António Maria Ribeiro tinha as suas próprias oficinas de cinzelagem e fundição. A partir da década de 40', as referências à sua actividade começam a rarear, tendo cessado a mesma por essa altura (Trancoso, 2009, pp.51-55).
Negativo fotográfico em vidro representando oratório de linguagem neoclássica, composto por base de planta rectangular, escalonada, adornada de aplicações metálicas de motivos vegetalistas e a inscrição "Ecce homo"; corpo com duas portas de vidro, recortadas ao nível superior, igualmente adornado com aplicações metálicas com motivos vegetalistas e florais estilizados e, nos cantos superiores, dois pares de arcanjos em marfim, apresentando o vidro o mesmo tipo de aplicações a enquadrar medalhões circulares também em marfim, o da esquerda representando o rosto da Virgem e o da direita o rosto de Cristo com a coroa de espinhos; rematado por frontão triângular, com monograma de Jesus sobre resplendor. No interior, antevê-se crucifixão. Peça fotografada com as portas fechadas, sobre mesa escura e fundo neutro claro, muito provavelmente da autoria de António Maria Ribeiro. Trata-se de uma fotografia da casa Fotografia Bolhão, conforme atesta carimbo gravado no cartão secundário de unidade relacionada (PT-AMM-AMR-FT-PR02-056).
Negativo fotográfico em vidro reproduzindo oratório de linguagem neoclássica, composto por base de planta rectangular, escalonada, adornada de aplicações metálicas de motivos vegetalistas e a inscrição "Ecce homo"; corpo com duas portas de vidro, recortadas ao nível superior, igualmente adornado com aplicações metálicas com motivos vegetalistas e florais estilizados e, nos cantos superiores, dois pares de arcanjos em marfim, apresentando o vidro o mesmo tipo de aplicações a enquadrar medalhões circulares também em marfim, o da esquerda representando o rosto da Virgem e o da direita o rosto de Cristo com a coroa de espinhos; rematado por frontão triângular, com monograma de Jesus sobre resplendor. No interior, antevê-se crucifixão. Peça fotografada com as portas abertas sobre mesa escura e fundo neutro claro, muito provavelmente da autoria de António Maria Ribeiro. Trata-se de uma fotografia da casa Fotografia Bolhão, conforme atesta carimbo gravado no cartão secundário de prova correspondente (PT-AMM-AMR-FT-PR02-056).
Negativo fotográfico em vidro representando pequeno altar portátil dedicado à Rainha Santa Isabel, em prata, composto por base com a inscrição "ELISABETH PACIS ET PATRIAE MATER DONA NOBIS PACEM", decorada com elementos vegetalistas, e placa terminando em arco conupial, com cercadura decorada por elementos vegetalistas e debruada por outros enrolados, rematada por cruz; ao nível inferior, dois escudos (um português e um catalão). No interior do arco surge, sobre um fundo de quadrifólios gravados, uma figura feminina em alto relevo, com auréola, representando a Raínha Santa Isabel ricamente trajada e apresentando várias rosas, numa alusão ao milagre das Rosas. A peça foi fotografada em cima de mesa coberta com tecido adamascado, sobre fundo claro neutro. Deverá ser peça da autoria de António Maria Ribeiro.
Negativo fotográfico em vidro, reproduzindo centro de mesa sustentado por quatro pés. Cada um destes encontra-se decorado com motivos vegetalistas e cornucópias jorrando frutos, que envolvem um medalhão sem inscrição. No bojo, em relevo, surge uma cercadura de grinaldas interrompida por um medalhão sem incrição, sustentado por duas cornucópias jorrando frutos e coroado por um laço saliente. A peça está ladeada por duas pegas em forma de cornucópia idêntica às anteriores. No interior do centro de mesa encontra-se uma rede suspensa sobre quatro apoios. Deverá ser uma peça da autoria de António Maria Ribeiro.
Negativo fotográfico em vidro, reproduzindo retrato de António Maria Ribeiro acompanhado por uma mulher, muito provavelmente Inês Paiva Nunes, com quem casou a 22 de Abril de 1916. Ambos envergam trajes de cerimónia e apoiam-se numa pequena mesa decorada. O cenário onde se inserem apresenta-se indefinido e desfocado, mas parece tratar-se de um pano de fundo representando uma paisagem.
Negativo fotográfico em vidro reproduzindo baixo relevo representando busto de perfil de um homem com flor na lapela do casaco, não identificado, datado e assinado pelo seu autor, António Maria Ribeiro (1916). De acordo com o carimbo da casa fotográfica existente no cartão secundário de prova correspondente (PT-AMM-AMR-FT-PR02-136), trata-se de uma fotografia da casa Fotografia do Bolhão, Antiga Casa E. Biel e C.ª.
Negativo fotográfico em vidro reproduzindo retrato de António Maria Ribeiro junto a salva em prata, neomanuelina, alusiva aos Descobrimentos portugueses, designada por "Salva Vasco da Gama", apresentando, no medalhão central, "representação da entrada de Vasco da Gama na capital do Malabar, sendo recebido pelo Catual. Esta cena encontra-se demarcada por uma moldura envolta em polipeiros de coral, por cima da qual surgem as armas de D. Manuel I e a cruz da Ordem de Cristo. O limite do medalhão central, também decorado com representações de corais, conduz-nos à orla que exibe uma fita entrelaçada com os seguintes nomes gravados: Infante D. Henrique, Diogo Cão, Pedro Álvares Cabral, Vasco da Gama, Bartolomeu Dias, Pedro de Alenquer, Pêro da Covilhã, Diogo de Azambuja e Gil Eanes. A cercadura da orla é composta por esferas armilares, interligadas entre si por silvas entrelaçadas e uma corda náutica" (Trancoso, 2009, p.108). A salva encontra-se assinada por António Maria Ribeiro, ainda enquanto trabalhador da Casa Reis (Porto), conforme gravação visível. Incluiu também a mostra de peças da Casa Reis, na exposição Internacional do Rio de Janeiro, em 1922, por ocasião da comemoração do 1º centenário da Independência do Brasil. A Casa Reis foi fundada em 1880, no Porto, por António Alves Reis, tornando-se mais tarde na Casa Reis & Filhos, depois de os seus 2 filhos, Serafim e Manuel Reis, enveredarem pelo mesmo ofício. Trabalhava sobretudo para Portugal e Espanha. Em 1893, a Casa Reis & Filhos recebeu o título de ourives Honorários da Casa Real Portuguesa. Apostou muito no profissionalismo, preparando muito bem os seus artifices e colocando profissionais muito competentes na direcção. Participou na organização dos I e II Congressos de Ourivesaria Portuguesa, em 1925 e 1926, integrando respectivamente a Comissão de Honra e a Comissão Nacional. Ao nível do tipo de produção, especializou-se em peças revivalistas, neogóticas e, sobretudo, neomanuelinas, religiosas e civis, com maior destaque para as de carácter historicista, em particular as que foram executadas por António Maria Ribeiro que, pelo menos desde 1915, já lá trabalhava, vindo a ser o seu director artistico durante muitos anos. Participou em inúmeras exposições nacionais e internacionais. Aquando da Grande Exposição Industrial Portuguesa em Lisboa, em 1932, já António Maria Ribeiro tinha as suas próprias oficinas de cinzelagem e fundição. A partir da década de 40', as referências à sua actividade começam a rarear, tendo cessado a mesma por essa altura. (Trancoso, 2009, pp.51-55).
Negativo fotográfico em vidro reproduzindo peça que aparenta ser um oratório de pequenas dimensões, com duas portas, aqui fechadas, decoradas com flores estilizadas e emolduradas por padrão de elementos vegetalistas, com dois puxadores. A peça apresenta ainda duas pegas laterais decoradas e pés esféricos. Muito provavelmente será da autoria de António Maria Ribeiro. Peça fotografada em cima de mesa (?), sobre fundo claro, criado por tecido pendurado.
Negativo fotográfico em vidro representando António Maria Ribeiro em sala, sentado a secretária, vendo-se vários dos seus trabalhos espalhados pelo espaço, quer em cima de peças de mobiliário, quer através de uma série de fotografias que se encontram emolduradas nas paredes ou apenas sobre cartões, estas colocadas em cadeiras. Entre outros, destacam-se a "Taça Camoneana", um bule e a salva "Dante e Beatrice". Tudo indica que se trata de uma fotografia encenada, em particular, a pose de António Maria Ribeiro (teve de permanecer imóvel durante o tempo de exposição), a desarrumação fingida e a iluminação excessiva que parece existir no interior da sala. O espaço corresponde a uma sala da "Casa Reis - Fábrica de Pratas", onde António Maria trabalhou até à década de 20' do século passado, espaço esse identificado a partir da comparação da arquitectura com a de outros espaços fotografados cujos negativos existem neste espólio ( PT-AMM-AMR-FT-NG01-047, 064, 065, 066, 067, 068, 069, 070, 121, 122, 123, 132, 133); no conjunto destes, destaca-se, em particular, um exterior no qual se vê a fachada do edifício, com placa aposta sobre a porta principal ( PT-AMM-AMR-FT-NG01-124). É de notar também que as peças visiveis na fotografia (peças e fotografias de peças) são da autoria de António Maria Ribeiro ainda enquanto artísta desta casa. A Casa Reis foi fundada em 1880, no Porto, por António Alves Reis, tornando-se mais tarde na Casa Reis & Filhos, depois de os seus 2 filhos, Serafim e Manuel Reis, enveredarem pelo mesmo ofício. Trabalhava sobretudo para Portugal e Espanha. Em 1893, a Casa Reis & Filhos recebeu o título de ourives Honorários da Casa Real Portuguesa. Apostou muito no profissionalismo, preparando muito bem os seus artifices e colocando profissionais muito competentes na direcção. Participou na organização dos I e II Congressos de Ourivesaria Portuguesa, em 1925 e 1926, integrando respectivamente a Comissão de Honra e a Comissão Nacional. Ao nível do tipo de produção, especializou-se em peças revivalistas, neogóticas e, sobretudo, neomanuelinas, religiosas e civis, com maior destaque para as de carácter historicista, em particular as que foram executadas por António Maria Ribeiro que, pelo menos desde 1915, já lá trabalhava, vindo a ser o seu director artístico durante muitos anos. Participou em inúmeras exposições nacionais e internacionais. Aquando da Grande Exposição Industrial Portuguesa em Lisboa, em 1932, já António Maria Ribeiro tinha as suas próprias oficinas de cinzelagem e fundição. A partir da década de 40', as referências à sua actividade começam a rarear, tendo cessado a mesma por essa altura (Trancoso, 2009, pp.51-55).
Negativo fotográfico em vidro reproduzindo centro de mesa em prata, de três peças e base ovaloíde recortada assente sobre pés, vasada formando motivos vegetalistas estilizados; sobre a base encontram-se duas taças bojudas com pé e uma taça com base circular que apresenta uma cartela sem inscrição, duas pegas espiraladas nas extermidades, todas trabalhadas da mesma forma. As peças encontram-se sobre uma mesa coberta por tecido de padrão, vendo-se, por detrás, pano negro pendurado para servir de fundo à fotografia. Muito provavelmente, peça da autoria de António Maria Ribeiro.
Negativo fotográfico em vidro representando dois retratos de uma jovem, lado a lado, na mesma chapa de vidro, denunciando reutilização do negativo (Ventura, 2003, p. 294). São, portanto, duas exposições em negativo fotográfico sobre vidro. A jovem é retratada em cenário pintado representando arquitecturas de gosto classicista envoltas em vegetação arbórea, complementado com plantas armadas sobre amontoado de pedras, criados para o efeito. A jovem, ricamente vestida, de negro, com casaca de veludo acertuada e cingida ao corpo, saia de pregueados e arrepanhados, alternados em altura, e mantilha sobre a cabeça, envolta na zona do pescoço e colo, encontra-se sentada em cadeira, segurando, com a sua mão direita, uma sombrinha de sol. As duas imagens são idênticas, variando apenas numa ligeira alteração de posicionamento do rosto, e a exposição à luz (mais luminosidade na imagem da direita). Por comparação com retratos existentes neste espólio e outros, foi possível identificar a jovem retratada: trata-se de Maria de Jesus Xavier de Figueiredo e Melo Oriol Pena (Leiria, 1864 - ?), filha de Inácio Xavier de Figueiredo Oriol Pena e de Maria Teresa de Sousa Vadre de Santa Marta Mesquita e Melo. Casou com Bernardim Raposo de Sousa d'Alte Espargosa, em Santarém, no ano de 1886. Tiveram um único filho, José Maria Raposo de Sousa d'Alte Espargosa (1886-1974). Nestes retratos, aparenta ter perto de 20 anos, o que nos permite avançar uma proposta de datação dos mesmos: década de 80' do século XIX. Estes retratos, foram feitos na mesma altura que os retratos sob a cota PT-AMM-AMR-FT-NG01-001 e 125, e pelo mesmo fotógrafo, conforme atesta o vestuário da retratada, que se repete, e o cenário, que é o mesmo em dois dos casos, para além do recurso ao aproveitamento do vidro para 2 negativos. Tendo em conta a composição da imagem (e a utilização da mesma cadeira no retrato PT-AMM-AMR-FT-NG01-002 e 125), coloca-se a hipótese de serem fotografias de Carlos Relvas, por causa da estética e da arquitectura do estúdio parcialmente visível no espécime PT-AMM-AMR-FT-NG01-125.
Negativo fotográfico em vidro reproduzindo dois retratos de uma jovem, lado a lado, na mesma chapa de vidro, denunciando reutilização do negativo (Ventura, 2003, p. 294). São, portanto, duas exposições em negativo fotográfico sobre vidro. A jovem é retratada em cenário pintado representando arquitecturas de gosto classicista envoltas em vegetação arbórea, complementado com varandim ricamente trabalhado e plantas, umas colocadas em vaso abaulado, decorado, e outras sobre amontoado de pedras, criado para o efeito. A jovem, ricamente vestida, de negro, com casaca de veludo acertuada e cingida ao corpo, saia de pregueados e arrepanhados, alternados em altura, e mantilha sobre a cabeça, envolta na zona do pescoço e colo, apoia a sua mão esquerda sobre o varandim e segura, com a direita, um leque timidamente aberto, o qual aparece também na imagem da direita, mas desenhado. As duas imagens são idênticas, variando apenas numa ligeira alteração de posicionamento do rosto, virando-se, na da direita, um pouco mais para o seu lado esquerdo e na existência do leque, conforme referido. Por comparação com retratos existentes neste espólio e outros, foi possível identificar a jovem retratada: trata-se de Maria de Jesus Xavier de Figueiredo e Melo Oriol Pena (Leiria, 1864 - ?), filha de Inácio Xavier de Figueiredo Oriol Pena e de Maria Teresa de Sousa Vadre de Santa Marta Mesquita e Melo. Casou com Bernardim Raposo de Sousa d'Alte Espargosa, em Santarém, no ano de 1886. Tiveram um único filho, José Maria Raposo de Sousa d'Alte Espargosa (1886-1974). Nestes retratos, aparenta ter perto de 20 anos, o que nos permite avançar uma proposta de datação dos mesmos: década de 80' do século XIX. Estes retratos, foram feitos na mesma altura que os retratos sob a cota PT-AMM-AMR-FT-NG01-002 e 125, e pelo mesmo fotógrafo, conforme atesta o vestuário da retratada, que se repete, e o cenário, que é o mesmo em dois dos casos, só mudando alguns elementos adicionais. Tendo em conta a composição da imagem (e a utilização da mesma cadeira no retrato PT-AMM-AMR-FT-NG01-002 e 125), coloca-se a hipótese de serem fotografias de Carlos Relvas, por causa da estética e da arquitectura do estúdio parcialmente visível no espécime PT-AMM-AMR-FT-NG01-125.
Negativo fotográfico em vidro representando taça com a inscrição "Taça Cidade do Porto" em chapa aposta na base, sobre a qual se apoiam quatro colunas que sustentam a taça propriamente dita, esta com escudo de armas da cidade do Porto, ladeada por duas pegas espiraladas, em revivalismo gótico, coroadas com a cruz de Cristo e rematada por tampa com a esfera armilar. Muito provavelmente, peça da autoria de António Maria Ribeiro.