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Existe documentação sobre a organização e administração da Casa Real, cerimonial, etiqueta e eventos da Corte; aborda assuntos de carácter eclesiástico e religioso (desde a definição das dioceses, à instituição de irmandades e confrarias); questões de cariz político, eleições, autos de juramento de Cortes; reformas legislativas (revisões e apreciações de leis); sobre a administração local (nomeação de altos funcionários: governadores civis, administradores de concelho) e demarcações diversas de limites territoriais; assuntos militares (recrutamentos, fardamentos, regulamentos, revoltas militares e guerrilhas); polícia e segurança pública (organização das forças policiais, iluminação pública); questões relacionadas com a saúde pública (epidemias, vacinas, polícia sanitária, cemitérios, prostituição); situações de catástrofe (inundações, incêndios, e terramotos); instrução primária, secundária, e universitária, tanto na definição da política da instrução pública, como na administração e gestão académica das instituições de ensino, sendo de destacar a Universidade de Coimbra; sobre aspectos de cultura (teatros e divertimentos públicos, bibliotecas e arquivo); comércio (organização de comerciantes, companhias); indústria de diversos ramos (têxtil, mineiro, etc.); obras públicas (pontes, canais, estradas e caminhos de ferro); navegação e correios; justiça (informações dos e sobre os magistrados, cadeias); demografia (censos, mapas de movimento da população, emigrações); questões alfandegárias e de contrabando; impostos (décima e subsídios reais); e muitos outros assuntos e questões que passavam pela Secretaria de Estado dos Negócios do Reino / Ministério do Reino no desempenho do seu papel de intermediário entre o monarca e os outros organismos da administração pública. Existe também documentação significativa sobre misericórdias (sua administração, lotarias, expostos e hospitais), obras pias, associações filantrópicas, culturais, científicas, literárias etc. A concessão de mercês e outros privilégios diz respeito a condecorações, títulos, naturalizações, bilhetes de residência, passaportes, emancipações, legitimações e perfilhações, administração de capelas e rendas reais, tenças, hábitos das Ordens Militares. A documentação de carácter contabilístico é vasta e poderá dar informações, não só para o Ministério do Reino, como para outras instituições. Por último, na colecção de plantas, mapas e outros documentos iconográficos do Ministério do Reino, encontram-se desenhos de uniformes de elementos da segurança pública, plantas de fábricas, igrejas, edifícios públicos, fortalezas, mapas de demarcação de territórios e gravuras de cariz religioso.
Documentação com informações importantes para o estudo do conceito e práticas da segurança pública, dos comportamentos políticos, morais e sociais, de mentalidade e costumes, de segurança higieno-sanitária de assistência social, da vida quotidiana em Lisboa e das migrações ou deslocações intraterritoriais. Esta documentação reflecte matérias tão diversificadas, como, por exemplo, provimentos em ofícios da Intendência Geral da Polícia, denúncias e participações de adultérios, desacatos, assassínios, roubos, movimento e existência de indivíduos presos, limpeza e iluminação da cidade de Lisboa, naufrágios, mendigos, contrabando, jacobinos, sedições, comportamento indigno de frades e freiras, incidentes em espectáculos de teatro, panfletos, decretos e portarias falsas, suicídios, medidas de incremento à agricultura e indústrias, correspondência política interceptada e censurada.
Documentação com informações para a história económica do período pombalino, fim do século XVIII e início do XIX, nos mais diversos aspectos: comério interno e externo, de retalho, fiscalização alfandegária, tráfego marítimo, indústria, obras públicas, sendo de realçar a sua importância para o estudo do comércio ultramarino, nomeadamente no que respeita ao Brasil, embora também exista bastante documentação referente à Ásia e à África.
A documentação do Conselho de Guerra, na qual se destacam os livros de registo de patentes, alvarás, decretos, avisos, correspondência e as consultas como as séries de maior riqueza informativa, aborda assuntos como a organização do exército, milícias e armada, carreira militar, justiça e disciplina, censos, recrutamento ou "alevantamentos" de tropas, deserções, fardamento, armamento, fortificação e aprovisionamento de praças, governo das províncias, nomeações de autoridades militares e civis. Inclui, ainda, documentação intitulada "Papéis de Diogo de Mendonça Corte-Real" que correspondem, grosso modo, ao período em que foi ministro da Marinha e Domínios Ultramarinos. No entanto, este conjunto inclui datas anteriores e posteriores àquele período e é constituído por documentação que pertenceria ao Ministério do Reino.
A documentação deste fundo pode sistematizar-se em três áreas, nomeadamente: assuntos eclesiásticos internos, assuntos judiciais e uma colecção diplomática. Os assuntos eclesiásticos internos (1687-1910), incluem nomeações de patriarcas, arcebispos, bispos, párocos, priores, nomeações para lugares nas capelas reais, e de membros de colegiadas e irmandades: inventários, plantas e mapas de edifícios e bens de institutos religiosos; relações de vencimentos do corpo eclesiástico e de pagamento dos respectivos impostos: documentação da Junta da Bula da Santa Cruzada; documentação da Junta do Exame do Estado Actual e Melhoramento Temporal das Ordens Religiosas; Os assuntos judiciais (1751-1918) compreendem a divisão judicial do território, sistema de estabelecimentos penais e respectivas estatísticas criminais, nomeações para lugares de justiça, vigilância e repressão de movimentos revolucionários (Alçada do Porto, Abrilada, Rebelião de Trás-os-Montes, Revolta de Braga), quer pelo Intendente-Geral da Polícia, quer pela Polícia Judiciária, documentos e processos do Juízo da Inconfidência; A colecção diplomática (1762-1850) contém documentos sobre negócios eclesiásticos, nomeadamente Missões na Índia, Macau, China e América do Sul; documentos sobre o processo internacional de extinção da Companhia de Jesus; correspondência com os governadores de Macau, Angola e Goa; instituição da colónia do Sacramento e documentação diplomática referente às relações de Portugal com a Áustria, Espanha, Estados Pontifícios, Estados Unidos da América, Inglaterra, Holanda, Hungria e Rússia.
A documentação da Provedoria de Torres Vedras é maioritariamente referente a impostos diversos, como décimas, sisas, jugadas, real de água, subsídio literário, terças, quinto, contribuição extraordinária, havendo também contas de almoxarifados, tombos e relações de bens, e alguns livros de contabilidade.
Fundo constituído por séries documentais referentes à administração de bens da Casa Real - "Bens dos Próprios", "Bens incorporados na Coroa", "Ementas da Casa Real", "Casa da rainha D. Maria", "Casa da rainha D. Catarina" e "Casa do infante D. Luís" -, além de documentos, essencialmente, de carácter contabilístico e de expediente em geral, resultante da produção documental das diversas repartições administrativas que compunham a Casa Real e por documentação acumulada pela família real, formando uma colecção genericamente conhecida por Cartório da Casa Real - documentos de carácter reservado (c. de 1821 a 1910). Este conjunto documental é composto fundamentalmente por correspondência - trocada entre os diversos membros da família real portuguesa, entre estes e as famílias reais estrangeiras e, ainda, com inúmeras individualidades da cena política, militar, cultural e eclesiástica nacional e internacional - e por outro tipo de documentos como ementas, programas de espectáculos musicais e outros eventos culturais, telegramas, postais, fotografias, autos de nascimento, títulos de partilha, desenhos e esboços nomeadamente de D. Carlos e de D. Afonso, apontamentos pessoais, petições, entre outros. Existem, ainda, plantas, mapas e outros desenhos relativos aos almoxarifados do palácio e tapada da Ajuda, Alfeite, Belém, Bemposta, Cascais, Caxias, Mafra, Necessidades e Quinta do Calvário, Pena, Pinheiro, Queluz, Ramalhão, Sintra e ainda às Casas de Bragança e do Infantado.
O fundo é constituído por documentação de carácter familiar e pessoal, quer de âmbito privado, quer resultante dos cargos e funções em que vários membros da família foram investidos. Entre a de carácter familiar conta-se a instituição e administração de morgados, escrituras de compra, títulos de propriedade (relativos a Póvoa e Meadas, Quinta de Lagoalva, Patacão e Souto Alves, Quintas de Calde Morela e Quintinha, na freguesia do Monte da Caparica, casais de Vale Flores e palácio da Calçada de Arroios), aforamentos, comendas, mercês, atribuição de cargos, escrituras de casamento, testamentos, partilhas, heranças, procurações, certidões, requerimentos, entre outros documentos. Boa parte da documentação assume carácter pessoal (correspondência recebida, por exemplo), ou ilustra a actividade social (convites, jantares, menus, bailes). De referir ainda o "Catalogo dos livros da biblioteca dos Exmos. Srs. Condes de Linhares", apontamentos de carácter histórico e genealógico, e uma relação de pratas de Inocêncio de Sousa Coutinho. Existem ainda "Miscelâneas" e documentos de cariz histórico, político, económico, financeiro, comercial, estatístico e agrícola. O fundo integra, ainda, documentação relativa à Guiné, Brasil, Índia e Macau e ao governo de Angola por Manual de Almeida e Vasconcelos, por António de Vasconcelos (1758-1764) e por D. Francisco Inocêncio de Sousa Coutinho. Entre os membros da família a que se reporta a documentação, contam-se: 1. D. Francisco Inocêncio de Sousa Coutinho, capitão general de Angola, embaixador de Portugal em Madrid (correspondência particular e oficial recebida e expedida, incluindo copiador de correspondência enviada ao rei entre 1764 e 1767), e documentação relativa ao seu governo em Angola (decretos, ordens, ofícios, regimentos, petições, provimentos de ofícios, planos, certidões, entre outra, de 1759 a 1786). Entre os correspondentes contam-se Francisco Xavier de Mendonça Furtado, Domingos Furtado de Mendonça, Marquês do Lavradio, Conde de Lippe, Morgado de Mateus, D. Luís de Sousa Botelho, Paulo de Carvalho e Mendonça, Bispo de Olinda, Sebastião José de Carvalho e Melo (conde de Oeiras e marquês de Pombal), Conde de Povolide, Principal de Souza, D. José I, Conde de Soure, Marquês de Tancos, Arcebispo de Tessalónica, Conde de Valadares, Conde de Vila Verde, Conde dos Arcos, Martinho de Melo e Castro. 2. D. Rodrigo de Sousa Coutinho, 1º Conde de Linhares, Ministro da Corte em Turim, onde esteve até 1795, Secretário de Estado da Marinha, Ministro de Estado (1796-1802), Presidente do Real Erário, nomeado por decreto de 6 de Janeiro de 1801. Entre os "Papeis de D. Rodrigo de Sousa Coutinho, conde de Linhares", figuram documentos respeitantes a cálculos e contas de administração (minutas autógrafas), a contas do Erário (1796-1802), à reforma das pautas da Alfândega (decreto de 1782), a rendimentos de Alfândegas (do Rio de Janeiro e do Porto em 1795), a contas e balanços da Junta Geral da Fazenda (1800), contas do Arsenal da Marinha (1802), produção das fábricas do Reino em 1801, um oficio da Junta do Comércio, propondo a amoedação da prata (1798), planos para estabelecer a lotaria, uma minuta da carta de lei criando o Crédito Público, orçamento do Estado em 1798. Refira-se também o a minuta autógrafa (D. R. de S. C) do ofício sobre o estado do Erário Régio, apresentado ao Príncipe Regente em 1801. Entre a correspondência recebida e expedida pelo 1º Conde de Linhares (1777-1809), encontram-se cartas de Luís Pinto de Sousa, do Rei da Sardenha, cartas para o Conde de Florida Branca, para José Seabra da Silva, entre muitas outras. De D. Gabriela Asinari di San Marsan, sua mulher há igualmente numerosa correspondência particular (1789-1820). 3. D. Domingos António de Sousa Coutinho, marquês do Funchal, governador do Reino de Portugal - 1810 (correspondência particular - 1799; 1808-1809; 1812; 1832); correspondência de funções, recebida e expedida - Ofícios, Informações, Notas (1803-1804); relações diplomáticas; notícias secretas acerca da política europeia, sobretudo relativas a Portugal (1832-1833); cartas que lhe foram dirigidas por F. J. Rodrigues, Jorge Husson, Stattmiller, Vassall Holland, G. Munders, H. Hamilton, M. Gonçalves Miranda, Luís A. d'Abreu e Lima, Mendizabal, A. Bacon, J. Simpson, J. P. Migueis de Carvalho, F. P. Sousa Villasboas, José Ferreira Borges, Prince de Metternich, Agostinho J. Freire, Francisco d'Almeida (Conde do Lavradio), C. F. Muller (maestro), B. Daupias, F. de Paula e Sousa, Th. Collins, Alvaro da Camara Leme, Conde do Funchal, José Correia da Serra (1812-1813; 1832). 4. D. José António de Meneses e Sousa Coutinho, Principal da Santa Igreja de Lisboa (nomeado em 17-12-1798), o Principal Sousa, governador do Reino. Entre a documentação que lhe diz respeito contam-se numerosas cartas de e para familiares como seu irmão, o 1º Conde de Linhares, sua cunhada, a 1ª Condessa de Linhares, seu irmão o primeiro Marquês do Funchal, D. Domingos António de Sousa Coutinho, seu irmão D. Francisco Maurício de Sousa Coutinho, seu sobrinho o 2º Conde de Linhares, seu tio D. Vicente de Sousa Coutinho, o Marquês do Louriçal, seu sobrinho o Marquês de Maceió, D. Francisco de Sousa Coutinho, o Morgado de Mateus; bem como correspondência de e para Francisco Furtado de Mendonça, D. Miguel Pereira Forjaz, D. Pedro de Sousa Holstein, duque de Palmela, Lord Wellington, o Balio Duarte de Sousa Coutinho, Saliente-se o "Copiador secretissimo das cartas que a Sua Alteza Real tem escripto o Exmo. e Revmo. Sr. Principal de Souza desde o dia 9 de Agosto de 1810 em que principiou a exercitar o logar de Governador do Reino de Portugal" (prolonga-se até 7 de Agosto de 1817), descrição minuciosa do estado do país durante a ocupação francesa, da crise económica e política, apontando meios para a debelar (Ms. em 2 volumes encadernados). Refira-se, ainda, os "Papeis relativos à fazenda da Sé Patriarcal de Lisboa", relativos aos anos de 1790 a 1815 (relações de lezírias e seu rendimento, rendas, honorários e mesadas, orçamentos, rendeiros, dívidas, listas de promoções, bulas, pastorais); os documentos respeitantes à Companhia dos Vinhos do Alto Douro entre 1782 e 1816 ( consultas, representações de lavradores, relatórios, alegações, pareceres, avisos régios ordenando o fabrico de aguardentes, Balanço da Companhia em 1782, estatísticas - originais e copias); as considerações sobre o estabelecimento da Real Companhia das Pescarias do Algarve; os apontamentos sobre o comércio de vinhos do Porto. 4. D. Vitório Maria Francisco de Sousa Coutinho, 2º Conde de Linhares, encontra-se correspondência particular (1823-1841) e documentos da Campanha de Montevideu e de Turim (1821); de D. Rodrigo de Sousa Coutinho, 3º Conde de Linhares, além de documentação particular, inclui condecorações e diplomas, gravuras, jornais e fotografias. 5. D. Francisco Maurício de Sousa Coutinho; D. Maria Ana e D. Maria Balbina de Sousa Coutinho (correspondência particular - 1780-1829); D. José Maria de Sousa Coutinho (correspondência); De referir ainda a documentação relativa a D. Luís da Cunha (diário; memórias - Utrecht, 1714; biografias, discursos, reflexões, relatórios, planos, instruções), e fragmentos de 2 cartas de dirigidas a seu sobrinho e a seu filho, acerca da política no reinado de D. João V.
Além da documentação do Arquivo dos Serviços Centrais e da relativa ao próprio funcionamento da Secretaria de Estado, o fundo é maioritariamente constituído por correspondência diplomática recebida e expedida pelas Legações estrangeiras em Lisboa (Bélgica, Brasil, Espanha, Estados Unidos da América, França, Inglaterra, Prússia, Santa Sé), pelos Consulados estrangeiros em Portugal (Áustria, Suécia, Toscana, Roma, Brasil, Espanha, Países Baixos, Batávia, Cidades Hanseáticas, Nápoles, Duas Sicílias, Sardenha, Rússia, Prússia, Hanover e Turquia), pelas Legações portuguesas em diversos países (Berlim, Bruxelas, Constan-tinopla, Estocolmo, Haia, Londres, Países Baixos, Paris, Roma, Rio de Janeiro, São Petersburgo, Turim, Viena, Washington) e pelos Consulados portugueses em Amesterdão, Antuérpia, Banguecoque, Cádis, Corunha, Estocolmo, Hamburgo, Londres, Paris e Riga. Os arquivos das Legações e dos Consulados contêm originais e registos relativos à normal correspondência com os Serviços Centrais, com o Governo dos países onde se encontravam creditados e com outras Legações e Consulados portugueses.
Na chancelaria medieval portuguesa o termo registo reporta-se aos livros ou rolos onde se registava um cadastro ou tombo de propriedades, uma relação de instituições, pessoas ou povoações obrigadas para com o rei em tributos ou serviços, um inventário das instituições eclesiásticas em que o rei detinha o direito de padroado, os registos das inquirições ordenadas pelo rei, e os registos de chancelaria propriamente ditos, em que se verifica sincronicidade entre a expedição de um diploma e o respectivo registo. A imprecisão que se verifica na Idade Média quanto ao conteúdo de um registo de chancelaria cessa por completo no final dessa época e, a partir dos séculos XV e XVI, já se reporta apenas aos registos de diplomas que eram feitos em simultâneo à sua expedição. Nem todas as cartas que passavam pela Chancelaria eram aí registadas, especificando o segundo Regimento da Chancelaria-Mor - em texto que iria passar quase directamente para as ordenações Filipinas (Liv. I, Tit. 19, do escrivão da chancelaria do Reino - no Titulo da casa do registro e ordem "que se nisso há-de ter, que cada hum dos ditos quatro escrivães terá três liuros em papel de marca maior encadernados em couro hum para nele se registarem as cartas de doações Padrões officios afforamentos e mercês o outro para cartas de perdões e legitimações e outro para cartas de priuilegios e de aprezentações de igreias e outras místicas, os quais liuros serão assinados e numerados pello Chanceller mór".
Documentação com uma forte incidência temática jurídico-financeira. Contém informações sobre todas as rendas do Estado (direitos do marfim, pau-brasil, ouro, escravos, rendimentos agrícolas, etc.) do cadastro ("tombo") de todos os bens da Fazenda Pública, de títulos de dívida pública, de despesas com empreendimentos do Estado, de doações para obras pias (tenças de mantimentos para sustento pessoal, etc.), despesas com armadas do Reino, Brasil e Índia, instruções de política económica, ordens para as alfândegas, entre outros assuntos, requerimentos para provimento em ofícios públicos, isenção de direitos fiscais ou aduaneiros, reconhecimento do direito à sucessão em bens no Reino, entre outros assuntos.
A colecção "Aclamações e Cortes" contém séries distintas: "Cortes", "Suplemento de Cortes", "Compilação de Cortes feita por Tomé Pinheiro da Veiga" e "Cópias de Cortes". Da colecção não faziam parte três livros de registo que permaneceram individualizados e que foram incluídos no chamado "Núcleo Antigo". Por se ter seguido a organização temática do Arquivo Real consideraram-se também esses livros. Além dos Autos de juramento do Príncipe Filipe (futuro Filipe II), do Rei D. Miguel I, das homenagens a Filipe I e a Filipe III pelos governadores e alcaides-mores, do levantamento e juramento de D. João IV, a colecção inclui um regulamento das sisas gerais para as despesas de guerra, donativos de guerra, e os capítulos especiais de Bragança, Santarém, Évora, Lisboa, Porto, Montemor-o-Velho, Torres Novas, Almada, Óbidos, Braga, Elvas, Lamego, Guimarães, Vila Real de Trás-os-Montes, Trancoso, Guarda, Viseu, Silves, Montemor-o-Novo, Beja, Loulé, Miranda, Monsanto, Monforte, Alegrete, Tavira, Aveiro, Sintra, Pinhel, Ponte de Lima, Alcácer do Sal, Castelo Rodrigo, Freixo-de-Espada-à-Cinta, Penamacor, Faro, Serpa, Moura, Viana do Minho (Viana do Castelo), Marvão, Moncorvo, Leiria, Vila do Conde, Abrantes, Monsarás, Castelo de Vide, Covilhã, Borba, Mourão, Olivença, Almeida, Castelo, Branco, Lousã, Sabugal, Alfaiates, Arcebispo e Prelados da cidade de Braga, cabido da Sé de Viseu, eclesiásticos de Entre-Douro-e-Minho.
Constituída por documentos originais e cópias fotográficas de documentos que se encontram no Arquivo Nacional do Rio de Janeiro, resultantes da ida e permanência de D. João VI, da família real e da Corte no Brasil. Os documentos originais que integram a primeira parte desta colecção são as designadas Contas dos Governadores, ou seja, os relatórios, em primeira ou segunda via, enviados pelos governadores do reino sobre o que ocorria na metrópole. São 658 documentos abrangendo os anos 1809 a 1820 onde são abordados os mais variados assuntos, como as invasões francesas, situação e movimentações militares, estado dos exércitos, a resistência popular, os apoios e os reforços militares ingleses, acusações de traição, o provimento de ofícios e nomeações para cargos administrativos, judiciais ou eclesiásticos, referenciando petições e requerimentos de ofícios, pensões, tenças, comendas e mercês, expondo matérias do foro comercial, alfandegário, tributário (balanças do comércio, aplicação de impostos, direitos e isenção), instruções e providências governativas, a execução de ordens e instruções régias, e muitas outras consultas e papéis que careciam da assinatura real. São ainda documentos originais os relativos ao Barão de Eben (Cristiano Adolfo Frederico), brigadeiro do exército português, a correspondência secreta sobre a Revolução Francesa enviada para Portugal por Francisco José Maria de Brito (ministro plenipotenciário em Paris). Em cópia fotográfica estão constituídos os volumes relativos a cartas de soberanos da Europa e outras personalidades, a cartas e minutas de D. João VI, as memórias de Domingos Vandelli e do Conde de Lippe (Guilherme, conde de Schaumburg Lippe Buckeburg), os pareceres dos conselheiros de Estado sobre a Guerra entre Portugal e França, e também partes do processo dos Távoras.
Esta colecção é constituída por manuscritos de dois tipos distintos: os que assumem as características de espécies de biblioteca (unidade bibliográfica, contendo texto ou obra, científica ou literária de conteúdo unitário e que constitui uma unidade independente), e os que são claramente documentos de arquivo (produzidos, recebidos e conservados por uma instituição ou pessoa no exercício das suas competências ou funções). Estes manuscritos constituem-se mais frequentemente em: - livros manuscritos (códices que apresentam uma unidade física e intelectual; entendido como produto intelectual de um autor, organizado de forma estruturada, clara e inteligível); - códices factícios (constituídos por conjuntos de documentos originariamente independentes, mas fisicamente reunidos numa mesma encadernação, sendo frequentemente compostos por documentos de arquivo descontextualizados e reunidos numa fase posterior à sua produção, por razões alheias ao seu processo de formação e obedecendo por vezes a critérios de agregação pouco coerentes); - miscelâneas ("códices" constituídos por vários textos, com ou sem ligação temática entre si). O primeiro conjunto é o mais vasto em número de volumes sendo de diversos géneros literários e sobre os mais diversificados assuntos e temas. É importante referir que apesar de isoladamente, unidade a unidade, poderem ser descritas como unidades bibliográficas, são em última análise unidades arquivísticas porque originalmente faziam parte dos processos de requerimento para obtenção de licença para impressão, série integrante do fundo Real Mesa Censória, da qual foram desintegrados. Da mesma proveniência e tendo sofrido as mesmas vicissitudes, são os catálogos de livrarias particulares, quer de indivíduos, quer de instituições religiosas, e as listas de livros proibidos pela Real Mesa Censória. Um número muito significativo são obras de carácter eclesiástico e de vivência religiosa: regras e constituições de ordens religiosas, direito canónico, sermões, orações, vidas de santos, crónicas conventuais, etc. São também muitas as obras de poesia, e peças de teatro (tragédias e comédias), textos apologéticos em a defesa de algo ou de alguém, obras sobre o direito, leis e justiça, e filosofia. Menos frequentes são os textos de carácter técnico e científico, encontrando-se algumas obras de medicina. Em maior número surgem os livros relacionados com o ensino, textos didácticos em especial sobre aritmética, português, ortografia, gramática. Neste âmbito não faltam os dicionários e alguns estudos sobre línguas estrangeiras. A história, a genealogia, a heráldica, as biografias e memórias, e as crónicas, são temas muito frequentes entre estes manuscritos, a par de alguns romances , alguma literatura de viagens, e alguns raros exemplos de autores clássicos gregos e latinos. Já os volumes dedicados à economia, ao comércio e à industria existem em pequena quantidade. O segundo conjunto de dimensão mais reduzida em número de volumes (c. 300 vol.) tem uma descrição sumária, muitos deles intitulados de miscelâneas, sem pormenorização ou informação genérica do conteúdo. Neste conjunto encontra-se muita correspondência de carácter diplomático, sendo possível indicar os nomes de D. Luís da Cunha, José da Cunha Brochado, Diogo de Mendonça Corte Real, D. João de Cosme da Cunha e Távora (Cardeal da Cunha), Marquês de Abrantes (?), Pedro da Costa de Almeida Salema, D. João Xavier Telles de Castro (Conde de Unhão), Marco António de Azevedo Coutinho. Existe também alguma documentação relativa ao governo e administração do reino, como despachos dirigidos ao Conde de Oeiras, ou cartas dos governadores da província do Alentejo a D. João IV, e do período filipino, e sobre a administração de territórios ultramarinos, em especial o volume do Orçamento do Estado da Índia, datado de 1574. Há documentação referente a questões de política interna, como sejam o abandono da regência por parte de D. Catarina ou a deposição de D. Afonso VI. Em relação aos cartórios conventuais é notória a presença, nesta colecção, de copiadores de correspondência, livros de capítulos gerais, registo de entrada de noviços, inventários de bens, registos de óbitos, de receita e despesa, compromissos e estatutos de confrarias e irmandades. Dos documentos recolhidos, copiados e compilados pelo Visconde de Santarém, é de referir que abrangem um vasto período da história de Portugal, incidindo nas suas relações diplomáticas com as nações europeias, no tocante ao ambiente político-diplomático europeu, e às questões dos territórios ultramarinos. Existem também, da mão do visconde de Santarém, documentos preparatórios das suas obras sobre política, diplomática e direito português.