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OFÍCIO do capitão-mor da praça de Cacheu, Francisco Roque Souto Maior, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar, Diogo de Mendonça Corte Real], sobre a veracidade de algumas informações que circulavam na Corte relativamente ao restabelecimento [de Portugal] em Bissau e o andamento da obra da fortaleza; advertindo ser inconveniente para o estabelecimento e domínio dos portugueses naquelas partes presentear os reis gentios; remetendo cartas de frei Manuel de Paços expondo as humilhações que os portugueses sofriam naquelas partes e a situação dos padres missionários na costa da Guiné e cartas de um capitão de navio português chamado José da Silva Costa, do capitão-mor de Bissau, Nicolau de Pina Araújo, e de Bento José Nogueira sobre assuntos relativos a Bissau; enviando um termo de vassalagem do rei de Cacande e outros documentos sobre a entrada de uma embarcação inglesa vinda de Barbadas no rio Ziguinchor, onde nunca tinha entrado nenhuma embarcação portuguesa; dando conta que suspendeu a obra da casa forte para adiantar a obra da fortaleza; da falta de dinheiro para suprir as despesas da praça, tendo recorrida da verba que chegou destinada a Bissau, solicitando ordem para pagar o jornal ao carpinteiro Rodrigo António que não constava da lista dos oficiais; informando que devido à suspensão da obra de Bissau, vinha usando os materiais disponíveis nas obras de Cacheu; da necessidade de uma botica para os soldados e da vinda de uma Companhia de soldados de Cabo Verde para trabalhar nas obras de Cacheu; dando conta que recebeu uma carta do senhor do Rio Nuno, Fabião Fernandes, e da falta de oficiais carpinteiros e pedreiros e ferramentas para dar início as obras em Bissau; e sobre a possibilidade de se erguer uma companhia para Cacheu.

OFÍCIO do [capitão-mor da praça de Cacheu, Francisco Roque Souto Maior, ao secretário de estado da Marinha e Ultramar, Diogo de Mendonça Corte Real], sobre ordem régia determinando que remetesse os bens do falecido António dos Santos Pereira ao tesoureiro geral dos ausentes; e da execução de uma outra ordem, no seguimento da qual mandou entregar ao capitão Manuel Ferreira da Silveira, procurador de Francisco Baptista Suares, o dinheiro que se encontrava no juízo dos defuntos dos ausentes e defuntos pertencente a João Baptista; informando que pelos bens do falecido capitão-mor da praça de Cacheu, João de Távora, foram completamente satisfeitos os inventários de Lourenço Barbosa, dos padres Manuel Lopes de Figueiredo e Bernardino António da Guerra, e de Tereza Barraza; dando conta do que restou dos bens de João de Távora, do que se pagou à Fazenda Real, em virtude da sentença que deu o desembargador João Luís de Valadares, juiz do inventário do falecido, e tudo o que mais se pagou constava do auto de contas dadas pelo primeiro depositário dos bens, Pedro Alvarenga da Costa e ao tesoureiro da praça de Cacheu, Manuel Rodrigues Pereira; mencionando que depois de esclarecidas estas contas solicitaria que fosse desembarcado um dinheiro que lhe pertencia das remessas que fez a Matias Correia de Aguiar e a Domingos da Cunha Lima, que fora embargado pelos irmãos do ex-capitão-mor João de Távora com o pretexto de que ele tinha usados os bens do falecido capitão-mor.

OFÍCIO do capitão-mor da praça de Cacheu, Francisco Roque Souto Maior, [ao secretário de estado da Marinha e Ultramar, Diogo de Mendonça Corte Real], sobre ter recebido vias das ordens régias pela balandra inglesa e iate São Joaquim e numa fragata de guerra; informando do estado de ruína da praça de Cacheu; comunicando que alguns homens enviados para a guarnição de Cacheu encontravam-se doentes, mencionando não ter quarteis para os abrigar, acabando por recolhe-lhos em casas particulares; explicando o mecanismo de sucessão no reino de Bissau, e informando acerca do atual rei, reiterando a necessidade de se enviar missionários barbadinhos italianos para combater o paganismo naquelas partes; informando da ida de um engenheiro para delinear a obra da fortaleza de Bissau, e da falta de mantimentos em Bissa; advertindo sobre as dúvidas de que os rendimentos de Bissau chegariam para fazer face as despesas do estabelecimento de Portugal naquelas partes, explicando as muitas possibilidades que a fazenda real teria em Bissau para arrecadar rendimentos; acerca dos rendimentos dos direitos das fazendas pagos pelos navios em Cacheu e os rendimentos da cera, marfim e escravos que saiam de Cacheu e Bissau não chegavam para a subsistência dos presídios de Cacheu, Farim e Ziguinchor, em virtude de se aplicar apenas metade dos rendimentos em Cacheu e a outra metade ser remetida para Cabo Verde; referindo as tentativas de estabelecer laços de amizade com o rei de Jamé; informando que a notícia da morte de José Lopes [Moura], senhor da Serra Leoa, reduziu a esperança do estabelecimento da presença portuguesa na Serra Leoa, tendo recebido informações de que um filhos do falecido fora criado na Inglaterra, sendo partidário daquela nação, contudo, havia outros filhos partidários de Portugal, e dando conta que o rei da Rocha, primo de José Lopes [Moura], era também partidário de Portugal.

AVISOS (minutas) [do secretário de estado da Marinha e Ultramar, Diogo de Mendonça Corte Real], o primeiro dirigido ao comandante do corsário Nossa Senhora da Estrela, Guilherme Kinse, ordenando que partisse para Bissau cumprisse a sua diligência e regressasse a Portugal; o segundo, ao comandante da nau Nossa Senhora da Natividade, João da Costa de Brito, determinando que partisse com a sua embarcação do porto de Lisboa conduzindo o novo governador de Mazagão, e que na volta trouxesse o governador D. António Alves da Cunha e a sua família; o terceiro, ao capitão engenheiro Francisco Xavier Pais de Menezes, ordenando que embarcasse no corsário Nossa Senhora da Estrela, e desembarcasse em Bissau, onde ficaria às ordens do capitão-mor de Cacheu, e incumbido de fazer uma planta da ilha de Bolama, examinar o estado da fortificação de Cacheu e trabalhar na de Bissau; o quarto dirigido ao capitão-mor da praça de Cacheu, Francisco Roque Souto Maior, informando da partida da nau de guerra corsário Nossa Senhora da Estrela, de que era capitão Guilherme Kinse, e nela embarcaram o capitão de infantaria com o exercício de engenheiro, levando instrumentos e preparos para fazer as plantas de Bissau, Cacheu e da ilha de Bolama, e das fortificações que podem ser construídas em Bissau, e ordenando que este oficial e o seu sobrinho fossem sustentados pela Fazenda Real; e que enquanto se fizessem as diligências devia ordenar que o capitão-de-mar-e-guerra desse uma volta nas ilhas de São Nicolau e Boa Vista, declarando que foram enviados para proteger o comércio do contrato da urzela; remetendo as relações dos reparos, carretas, fardas, armamentos e uma outra relação dos presentes enviados aos reis régulos que foram na fragata; e acerca da ida de uma quantidade de soldados para os presídios.

CARTA do capitão-mor da praça de Cacheu, Francisco Roque Souto Maior, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar, Diogo de Mendonça Corte Real], informando da situação dos soldados na Guiné, contabilizando muitas fugas, mortes e situações de doença, enfatizando que era necessário acrescentar-lhes o soldo, dado que o que recebiam era insuficiente para sua sobrevivência; dando conta que mandou dar baixa aos poucos soldados de Cabo Verde, por incapacidade; informando que no Rio Gâmbia existia um ilhéu mantido perla Coroa Inglesa, cujos rendimentos da companhia [de comércio], não era suficiente para o provimento de um governador, engenheiro, oficiais de melícia, mecânicos, e alguma infantaria para a conservação daquele rio como domínio inglês; sobre se ter gasto na construção da fortaleza o valor [em direitos reais] pagos em Bissau por dois navios; solicitando mais soldados de Cabo Verde, uma botica principalmente com água de Inglaterra; informando que a pólvora enviada do Reino foi entregue e carregada na Provedoria de Cacheu; acerca das notícias, dadas por frei Manuel de Paços, da chegada em Bissau de uma fragata da Companhia francesa; referindo o andamento da obra da fortaleza de Bissau; sobre a grande despesa feita na Guiné pela Fazenda Real; remetendo alguns documentos e uma carta vindos da Serra Leoa para o rei D. José I; dando conta da relação das embarcações que aportavam em Bissau e Cacheu; e acerca da presença francesa em Bissau e a posse portuguesa da ilha de Bolama, possuidora de boa madeira e terras férteis.

OFÍCIO [do capitão-mor da praça de Cacheu, Francisco Roque Souto Maior ao secretário de estado da Marinha e Ultramar, Diogo de Mendonça Corte Real], acerca da situação vivida em Bissau e dos motivos para iniciar as obras da fortaleza, mencionando que montaram quatro peças [de artilharia] com os seus reparos; sobre uma carta chegada de França dirigido ao [capitão Joaquim] Labarre informando que uma fragata de guerra sairia de Nantes com destino a Bissau; informando que o gentio de Bissau necessitava de ser castigado, mas primeiramente preferiu dar início a construção daquela fortaleza, em vez de castiga-los com armas, referindo que recebeu uma visita do rei de Bissau, tendo aproveitado a ocasião para oferecer ao régulo uma frasqueira de aguardente, uma camisa e um vestido que seria usado pelo seu antecessor, já falecido, no dia do seu o batismo; dando conta que construiu uma casa para recolher as peças [de artilharia] montada, e que a bandeira portuguesa estava levantada na ilha de Bolama; referindo a grande mortalidade que ocorreu entre os homens que trabalhavam na fortificação de Bissau, e expondo os entraves que os gentios colocavam à execução daquela obra; solicitando que se constituíssem em Cabo Verde três Companhias de soldados para assistir nas obras de Bissau, bem como que se enviassem xerém, cuscuz, feijão e carne daquelas ilhas; pedindo uma fragata para assistir no porto de Bissau enquanto a plataforma e casas do governo ficavam prontas, e que fossem enviadas pessoas capazes para servir nos ofícios de escrivão, feitor e ajudante de obras; informando que frei Manuel de Paços era confidente do rei da Rocha, primo do falecido José Lopes [Moura], e respeitado pelos gentios, e desta forma regressaria à Serra Leoa para preparar terreno, com o pretexto de construir uma igreja.