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Escritura de empréstimo de dinheiro a juro com hipoteca que faz Francisco Simões Ratola, casado, proprietário, do Bom-Sucesso a Manuel Fernandes Batata e mulher Maria Joana de Oliveira da Velha, ele marítimo e esta governanta de casa, desta vila a quantia de 600 mil reis a juro anual de 6 por cento. Como garantia de seu pagamento os devedores hipotecam uma casa de um andar, onde vivem, com todas as suas pertenças, sita na rua de João de Deus, no Espinheiro, a confrontar de norte e sul com o caminho público, nascente com a dita rua de João de Deus e poente com Joaquim Saltão, alodial, pode render anualmente 30 mil reis e de valor venal 1 conto de reis. Foram testemunhas José Fernandes Matias, casado, marítimo; Bernardo Francisco Faúlho, casado, negociante; João Francisco da Rocha, viúvo, serralheiro, todos moradores nesta vila e maiores [de idade].
Escritura de compra que faz José dos Santos Furão, casado, carpinteiro e seu cunhado Manuel Augusto Afonso e mulher Maria de Jesus Lela, lavradores, todos do Bom-Sucesso por umas casas térreas com todas as suas pertenças e uma leira de terra lavradia contígua, pelo poente às mesmas casas, tudo isto no lugar do Bom-Sucesso, próximo à Capela, a confrontar a norte com o comprador, sul e poente com Francisco Gonçalves Andril, nascente com a rua pública, de natureza alodial; mais um terreno lavradio de vessada no Bom-Sucesso, conhecido pela quarta sorte, a última do lado sul a contar da levada dos moleiros até à madriz, a confrontar a norte com o comprador, sul com herdeiros de Manuel Gonçalves Andril, nascente com a levada dos moleiros e poente com a madriz, também [de natureza]. Os dois prédios podem render anualmente 6 mil reis e é vendido [pela quantia] de 200 mil reis. Foram testemunhas o Ilustríssimo Manuel Ferreira da Cunha, solteiro, farmacêutico, morador nesta vila; João Leite Mónica, casado, carpinteiro; Sebastião António da Silva, casado, escrivão da paz de Ílhavo, todos moradores nesta vila e maiores [de idade].
Escritura de empréstimo de dinheiro a juro com hipoteca que faz o Ilustríssimo Pompílio Rodrigues Franco, morador nesta vila, casado, professor oficial do ensino primário, a Joaquim Ribeiro Cardadeiro e mulher Joaquina dos Santos, também conhecida por Joaquina Caetana, lavradores e da Gafanha [Crasta do Marco], freguesia de Ílhavo. O empréstimo é a quantia de 300 mil reis e à razão de juro anual de 6 por cento. Como garantia de seu pagamento os devedores hipotecam o seu assento de casas, ponde vivem, com aido lavradio contíguo e mais pertenças sito na Gafanha, a confrontar do norte e sul com António dos Santos Reigota, nascente com a ria pública e poente com as areias públicas, alodial, pode render anualmente 30 mil reis e de valor venal 1 conto de reis. Foram testemunhas João dos Santos Barreto, casado, marítimo; Alexandre de Oliveira, casado, sapateiro; José Pereira Ramalheira; Manuel Procópio de Carvalho, ambos casados e distribuidores postais, todos desta vila e maiores [de idade].
Escritura de troca que fazem José Dias Laranjeira e mulher Maria Emília de Jesus a António de Almeida Vidal e mulher Rosa de Jesus Marques, todos de Verde milho e lavradores. O primeiro outorgante, possuidor de uma terra lavradia, sita na Quinta de Alem [ilegível], limite desta vila, a confrontar o norte com António da Silva Carvalho, sul com João Francisco Damas o Cerca, nascente com Rosa de Jesus, cunhada e irmã dos primeiros outorgantes e poente com Dona Felicidade Monteiro Melíssio, viúva e da Quinta da Boa Vista. A dita terra é alodial, terra essa que proveio de uma compra que fizeram a Manuel Ventura, da Quinta de Cacia, com valor venal de 450 mil reis. Os segundos outorgantes, dão em troca um prédio que são possuidores, que se compõe de casa térrea, aido lavradio contíguo e mais pertenças em Verde milho, a confrontar a norte com os primeiros outorgantes, sul com os herdeiros de José Maria Monteiro, nascente com a vila de consortes e poente com a rua pública na rua direita, de Verde milho. Este prédio é de natureza de prazo foreiro à Fazenda Nacional por extinção do Convento de Jesus de Aveiro, em 31 litros e 5 decilitros de trigo galego, com landino [ilegível] de quarentena, de valor venal de 450 mil reis e de rendimento anual de 14 mil reis. Foram testemunhas Domingos da Silva Mariano, casado, artista na fábrica da Vista Alegre; Manuel dos Santos Pinho Júnior, casado, serralheiro; António de Almeida Silva, casado, artista na fábrica [da Vista Alegre]; Alfredo José dos Santos, casado, alfaiate; Luís de Oliveira da Velha, solteiro, artista da fábrica [da Vista Alegre], todos moradores nesta vila e maiores de idade.
Escritura de compra que faz António de Azevedo Lopes, casado, lavrador a António Dias Pereira e mulher Maria Gonçalves de Oliveira, lavradores [e] todos residentes em Verde milho por um bocado de pinhal e respetivo terreno, sito na Quinta do Leitão, próximo da Quinta do Picado, a confrontar a norte com Manuel Faustino, sul com Joaquim Nunes de Nascimento, nascente com o caminho público e poente com Manuel Francisco Neto. Este é alodial, que fora de herança de seu sogro e pai António João Pericão e vendem pela quantia de 50 mil reis. Foram testemunhas Alexandre Ferreira da Cunha, solteiro, vive de sua agência, morador nesta vila; Manuel Nunes Ferreira Gordo, casado, proprietário; Manuel dos Santos Pinho Júnior, casado, serralheiro, ambos moradores nesta vila e todos maiores [de idade].
Testamento que faz Josefa de Jesus Sapateira [ilegível], governanta de casa, maior de idade e viúva de José Francisco Capote, desta vila. Pede que quando falecer, sendo de sua última e derradeira vontade e encontrando-se em seu perfeito juízo, seja segundo as leis de sua freguesia e que lhe mandem rezar missas em seu nome e de seus familiares. Por ter seus herdeiros filhos e filhas a saber: Luís Francisco Capote, atualmente residente nos Estados Unidos do Brasil, casado com Maria Ferroa de Verde milho; Maria de Jesus, casado com Domingos dos Santos Parada, moradores nesta vila; João Francisco Capote, solteiro, maior [de idade], atualmente residente nos Estados Unidos do Brasil; Maria Rosa de Jesus, casada com Manuel Nunes Guerra, moradores nesta vila; António Francisco Capote, ausente, embarcado, casado com a filha de Bento Ferreira da Costa de nome Luísa, desta vila, ficando com dois terços dos bens da dita testadora. Deixa a terça parte de seus bens, tanto mobiliários, como imobiliários, direitos e ações a sua filha Maria de Jesus [ilegível], o seu assento de casas onde vivem, com quintal contíguo e suas pertenças, sito na rua do Casal, a confrontar a norte com Tomé da Rocha Deus, sul com Maria Joana Palavra, ambos desta vila e nomeia para seu testamenteiro, seu genro Domingos dos Santos Parada. Foram testemunhas Manuel dos Santos Pinho Júnior, casado, serralheiro; Albino de Almeida, casado, sapateiro; João Fernandes Carrapichano, casado, alfaiate; Joaquim António Bio, casado, carpinteiro; Luís de Oliveira da Velha, solteiro e artista na fábrica da Vista Alegre; Tomé da Rocha Deus, casado, lavrador, todos maiores de idade, cidadãos portugueses e residentes nesta vila.
Escritura de compra que faz Bernardo dos Santos Camarão, casado, proprietário a Luís Francisco Bichão e mulher casado, marítimo, todos moradores nesta vila por uma outava parte da chalupa portuguesa denominada “A Pátria”, atualmente surta na doca do porto de Viana do Castelo, achando-se devidamente registado no respetivo livro do juízo Comercial de Aveiro. Fora, então, vendido a Bernardo dos Santos Camarão, com parte a mesma chalupa, da dita outava parte, a saber também de casco, aparelho e mais pertenças pela quantia de 300 mil reis. Foram testemunhas Francisco José de Oliveira, solteiro, cordoeiro; António Simões Chuva o Anjo, casado, alfaiate; José Nunes Capela, solteiro, lavrador e todos residentes nesta vila.
Escritura de compra que faz Joaquim Fernandes Agualusa, casado, pescador, aos Excelentíssimos Doutor António Frederico de Morais Cerveira e esposa Excelentíssima Dona Maria Henriqueta da Maia Alcoforado Cerveira, proprietário e todos moradores nesta vila por uma terra lavradia e respetivas pertenças a confrontar a norte com o primeiro outorgante comprador e outros e outros, sul com Manuel Bernardo Balseiro, nascente com a rua pública e poente com João Simões Preto e outros. Este prédio encontrasse alodial, por herança de seus pais e sogros, pode render anualmente 12 mil reis e fora vendida por 400 mil reis. Foram testemunhas Bernardo dos Santos Camarão, casado, proprietário; João Fernandes da Silva, casado, ferreiro, ambos moradores nesta vila e maiores de idade.
Escritura de compra que faz Luís Nunes da Fonseca, dos Moitinhos, casado, lavrador, a José Nunes Bastião, solteiro, maior [de idade], desta vila e lavrador por uma terra lavradia com um pequeno bocado de terreno de mato, tudo pegado e mais pertenças, sito no lugar dos Moitinhos, a confrontar tudo do norte com José Rodrigues, sul com Dionísio da Silva Lavrador, nascente com a levada dos moleiros e poente com a viela pública. Este prédio é de natureza alodial, pertence em legítima por óbito de seu avo Luís Nunes da Fonseca e fora vendida pela quantia de 180 mil reis. Foram testemunhas José Maria Cândido da Silva, sapateiro; João Martins, marítimo, ambos casados; Joaquim Carlos Bingre, casado, tamanqueiro; Sebastião António da Silva, casado, escrivão da paz de Ílhavo, todos moradores nesta vila e maiores [de idade].
Escritura de compra que faz João da Cruz Maio Melão, da Quinta do Picado, casado, lavrador a Luís Nunes da Fonseca e mulher Rosalina de Jesus [ilegível], lavradores e dos Moitinhos por uma leira de terra lavradia e respetivas pertenças, sita no Alquena [ilegível], limite da Quinta do Picado, a confrontar a norte com João Simões Morgado, sul com Ana Rosa Ferreira Ramos, solteira, nascente com o comprador, todos da Quinta do Picado e poente com o caminho público das Carregueiras [ilegível], de natureza alodial e vendida pela quantia de 70 mil reis. Foram testemunhas José Maria Cândido da Silva, casado, sapateiro; Sebastião António da Silva, casado, escrivão da paz de Ílhavo; António Pereira Ramalheira Júnior, casado, marítimo, todos moradores nesta vila e maiores [de idade].
Escritura de compra que faz Gabriel António da Ana, casado, proprietário, a Manuel da Rocha Trolaró e mulher Maria Nunes Ramos, lavradores e todos desta vila por uma terra lavradia com todas as suas pertenças sita nas Aidas de Alqueidão, limite desta vila. A dita terra [é de natureza] alodial, a confrontar do norte com o comprador, sul com o doutor António Frederico de Morais Cerveira, nascente por onde a servidão do prédio, com o caminho público e poente com José Gonçalves dos Anjos, desta vila e fora vendida pela quantia de 100 mil reis. Foram testemunhas Manuel Nunes Ferreira Gordo, casado, proprietário; Joaquim António Bio, casado; Joaquim Simões de Oliveira, viúvo, ambos carpinteiros, todos moradores nesta vila e maiores [de idade].
Escritura de compra que faz Luís António Torrão, casado, lavrador a José Pedro Ribas e mulher Maria Rosa Nunes de Castro, lavradores e todos de Vale de Ílhavo de Cima por uma leira de terra lavradia sita na Chousinha, próximo do dito lugar de Vale de Ílhavo de Cima, com todas as suas pertenças; [de natureza] alodial, a confrontar do norte com o comprador, sul com Manuel Francisco Simões, nascente com o caminho público e poente com a vala de água e lha vendem a quantia de 180 mil reis. Foram testemunhas António Pereira Ramalheira Júnior, casado, marítimo; José Maria Cândido da Silva, casado, sapateiro; Sebastião António da Silva, casado, escrivão da paz de Ílhavo, todos moradores nesta vila e maiores [de idade].
Escritura de empréstimo de dinheiro a juro com hipoteca que faz Francisco Fernandes Guilha, do Bom-Sucesso, casado e lavrador a José Ferreira e sua mulher Maria de Jesus, lavradores e da Quinta do Picado a quantia de 150 mil reis a razão de juro de 6.5 por cento anual. Como garantia de seu pagamento os devedores hipotecaram o seu assento de casas, onde vivem, com aido lavradio contíguo, poço, eira e mais pertenças, sito no lugar da Quinta do Picado, no local denominado “Coimbrão”, a confrontar do norte com António da Silva Justiça, sul com José Marques Novo, nascente com a levada das azenhas e poente com a estrada pública. O assento de casas é de [natureza] alodial, pode render anualmente 12 mil reis e de valor venal 400 mil reis. Foram testemunhas Sebastião António da Silva, casado, escrivão da paz de Ílhavo; Alexandre Maria Neves, casado, ferrador; João da Rocha Deus, casado, lavrador, todos residentes nesta vila e maiores [de idade].
Escritura de empréstimo de dinheiro a juro com hipoteca que faz Luísa Ricoca, negociante, casada com Paulo Nunes Guerra, atualmente ausente por ter embarcado como marítimo, a João de Oliveira e mulher Maria Frada, esta governanta de casa e aquele marítimo, todos residentes nesta vila a quantia de 200 mil reis a juro anual de 6 por cento. Como garantia de seu pagamento os devedores hipotecam um assento de casas onde vivem, com pátio e mais pertenças, sito na Viela da Chocha, da rua de Espinheiro, a confrontar a norte, sul e nascente com vielas [ilegível] de consortes e poente com António Simões Chuva, o Nina, que pode valer 400 mil reis, de rendimento anual de 12 mil reis e [de natureza] alodial. Foram testemunhas José Manuel Rodrigues, solteiro, negociante; Luís Domingues Magno, casado, carpinteiro; José Maria Bernardo da Perpétua, solteiro, carpinteiro, todos moradores desta vila e maiores [de idade].
Escritura de compra que faz António Cachim, a Joaquim de Oliveira Rola, ambos marítimos, casados e desta vila por duas duodécimas partes de um iate português, denominado de “Teiga da Companhia”, atualmente surto na Barra de Aveiro, pertencente à Praça de Ílhavo, encontrando-se registado no juízo comercial desta cidade pela quantia de 1 conto de reis. Foram testemunhas José Teiga Júnior, casado, negociante [ilegível]; Manuel Maria da Rocha, casado, alfaiate; Tomé Francisco Malha, casado e serralheiro.
Testamento que faz Dona Margarida Rosa de Almeida Queiroz, viúva de Leocádio José Braga, das Quintãs de Oliveirinha, proprietária e maior de idade. Declara que por ser católica que quando falecer quer se seu funeral seja feito segundo o de sua freguesia e que lhe mandem rezar missas. Por não ter herdeiros diretos, tem como herdeiros forçados seus 3 sobrinhos que fica a pertencer: Antónia de Almeida Queiroz, casada com Manuel do Bem Barroca, das Quintãs de Ílhavo; Beatriz de Almeida Queiroz, casada com José Nunes Paulo, das Quintãs de Oliveirinha; Rita Augusta de Queiroz, casada com Manuel Ferreira Lopes, das Quintãs de Ílhavo. Deixa a seus três sobrinhos a parte do falecido, ficando com direito de propriedade e usufruto, exceto da casa e quintal da testadora, sita no largo da Capela, lado nascente, do lugar das Quintãs de Oliveirinha. Deixa a sua amiga e companheira, Rosa Augusta da Silva a quantia de 14 mil e 400 reis. Foram testemunhas Manuel Nunes Béroe, casado, lavrador; Sebastião Martins Vieira, viúvo, proprietário; Francisco Nunes Matias, viúvo, proprietário; António Fernandes Lisboa, casado, lavrador; João Fernandes Lisboa, casado, negociante, todos moradores nas Quintãs de Oliveirinha, maiores de idade e cidadãos portugueses.
Escritura de doação e dispensa de colação que fazem João Lourenço Catarino e mulher Maria Rosa de Jesus, pescadores, a seu filho António Lourenço Catarino e mulher Vicência Rosa, esta negociante e aquele marítimo, todos moradores nesta vila. Os primeiros outorgantes pagaram à cerca de 16 anos a quantia de 200 mil reis, preço da substituição para o serviço militar do seu filho, bem como das despesas abonadas por virtude da mesma substituição. Nesta escritura, os seus pais fizeram doação pura e irrevogável por ser de sua e livre vontade. Foram testemunhas Manuel Nunes Ferreira Gordo, casado, proprietário; Joaquim António Bio, casado, carpinteiro, todos moradores nesta vila e maiores [de idade].
Escritura de empréstimo de dinheiro a juro com hipoteca que faz António da Silva Bento, casado, negociante a Domingos Simões Teles e mulher Luísa Nunes de Oliveira, lavradores e todos desta vila a quantia de 200 mil reis a razão de juro de 6 por cento ao ano. Como garantia de seu pagamento os devedores hipotecam um assento de casas, onde vivem, com aido lavradio contíguo, poço e mais pertenças, sito na rua do Cimo de Vila, a confrontar a norte com José dos Santos Granjeia, sul e poente com João Resende e nascente com a rua pública, de valor venal de 400 mil reis, de rendimento anual de 12 mil reis e de natureza a prazo pagando de foro à Santa Casa da Misericórdia de Aveiro 2 mil reis anuais. Foram testemunhas António Pereira Ramalheira Júnior, casado, marítimo; Manuel Nunes Ferreira Gordo, proprietário; Manuel José de Pinho, serralheiro, ambos casados, todos moradores nesta vila e maiores [de idade].
Escritura de empréstimo de dinheiro a juro com hipoteca que faz Luísa Ricoca, negociante, casada com Paulo Nunes Guerra, atualmente ausente, embarcado como marítimo a Gabriel Gonçalves da Rocha e mulher Rosa Francisca, lavradores e todos desta vila a quantia de 100 mil reis à razão de juro anual de 6 por cento. Como garantia de seu pagamento os devedores hipotecaram o seu assento de casas térreas, onde vivem, com seu aido lavradio contíguo, árvores, eira, poços, abegoarias e mais pertenças, sita na rua nova, que confronta tudo do norte com Manuel Francisco Cabelo e outros, sul com a servidão pública, denominada “Caminho da Fonte”, nascente com vessadas de Manuel Bernardo Balseiro e outros e poente com a dita rua nova. O prédio é de [natureza] alodial, poderá valer 500 mil reis, de rendimento anual 15 mil reis. Foram testemunhas Alfredo José dos Santos, casado, alfaiate, morador nesta vila; José Maria Cândido da Silva, casado, sapateiro; Manuel de Pinho, solteiro, proprietário, todos moradores nesta vila e maiores [de idade].
Escritura de compra que faz Joaquim de Oliveira Rolo, casado, marítimo, a Cipriano Mendes e mulher Inocência Pereira Mendes, negociantes e sobrinhos Felicidade Marcela, solteira, costureira e seu irmão José Soares de Azevedo, solteiro, carpinteiro e todos moradores nesta vila por uma terra lavradia e respetivas pertenças, sita na rua do Casal, a confrontar a norte com Gabriel Nunes Pinguelo Cabaz, sul com o padre Luís Gonçalves da Rocha, nascente com Manuel Fernandes Rato, todos desta vila e poente com a levada da água. A terra é [de natureza] alodial pela quantia de 175 mil reis. Foram testemunhas Manuel Maria da Rocha, casado, alfaiate; Jacob de Oliveira, casado, marítimo; João Francisco da Rocha, viúvo, serralheiro; José Gonçalves Leite, casado, marítimo, todos moradores nesta vila e maiores de idade.
Escritura de partilhas amigáveis que entre si fazem a viúva Joana Serrana e herdeiros de Manuel Simões Preto Sénior, da Coutada, a saber: Guiomar Serrana e marido José Maria Nunes Feliciano; Manuel José Simões Preto, solteiro; José Luís Simões Preto, solteiro; Ana Serrana e marido Manuel Inácio Correia, Justina Serrana e marido Manuel Lourenço da Rocha, lavradores e maiores de idade. Dividem entre si metade para a viúva e o restante distribuído em 6 quinhões. Fica a pertencer à viúva: o seu assento de casas, onde vivem com pátio, aido lavradio, árvores de fruto, poço, eira e mais pertenças, pegado e vessadas também contíguas, sito no lugar da Coutada, a confrontar do norte com Manuel Francisco Damas, sul com António Francisco Marieiro, nascente com o caminho público de pé e poente com vários esteles [ilegível], [de natureza] alodial; uma terra lavradia sita na Moita da Coutada a confrontar do norte com José Nunes Rafeiro, das Ribas, sul com terra [ilegível] que poderá levar de semeadura 70 litros e 5 decilitros de trigo, alodial; uma terra lavradia sita na Coutada, conhecida pela terra da Costeira, a confrontar a norte com Francisco Fernandes Guilho, sul com o prédio do outorgante Manuel Lourenço da Rocha, alodial; uma praia de estrume [ilegível], perto da Costeira a confrontar do norte com a viúva de José Simões da Rocha, sul com a viúva de Manuel Castela, alodial; um pinhal e seu terreno, sito no Bom-Sucesso, a confrontar a norte com Manuel Germano Simões Ratola, sul com a viúva de Domingos Coelho, conhecido pelo Pinhal do Vale e [de natureza] alodial; uma terra sita no Corgo, a confrontar do norte com José Lopes, sul com o Conselheiro António José da Rocha, desta vila e [de natureza] alodial. A Guiomar Serrana e seu marido a terça parte [a primeira do sul] de uma terra lavradia sita na Coelheira, a confrontar todo o prédio do norte com João Ferreira Borralho, de Verde milho, sul com Manuel Francisco Damas, o Cerca, da Coutada e outros inquilinos, nascente com o caminho público e poente com Dona Maria do Ribeiro, de Verde milho, [de natureza] alodial; a servidão de pé e carro para todo o prédio é a mesma que possuía e fica obrigado a dar servidão às duas terças partes restantes, sita no limite da Coutada. A Manuel José Simões Preto, fica a pertencer: a terça parte [a do meio] da dita terra na Coelheira, recebendo desta parte servidão de pé e carro pela terça parte de Guiomar. Fica a pertencer a José Luís Simões Preto, uma terra lavradia sita no Cabeço do Neto, limite da Coutada, a confrontar do norte com Manuel Pároco, do Bom-Sucesso, sul com Luís dos Santos Saltão, da Coutada e [de natureza] alodial. Fica a pertencer a Ana Serrana e marido: uma terra lavradia sita no Serrado, limite da Coutada, que parte do norte com José João da Rosa, das Ribas, sul com a viúva de Manuel Castelo, da Coutada e [de natureza] alodial. Fica a pertencer a Justina Serrana e marido: a terça parte restante [a primeira do lado do norte, ou a terceira a contar do sul] da terra lavradia sita na Coelheira, que se encontra confrontada no quinhão de Guiomar, tendo também direito de receber servidão do dito caminho. Fica a pertencer, ao quinhão da falecida, Rosa Serrana, solteira, maior [de idade] e representada por sua mãe: uma terra lavradia sita na Cavada, limite da Coutada, a confrontar do norte com João Gonçalves Sarrico, da Coutada, nascente com o caminho público, poente com a servidão de consortes e [de natureza] alodial; uma terra lavradia sita nos Chães [ilegível] de Ribas, na Coutada, a confrontar a norte com os herdeiros de José Ferreira da Cruz, sul com José Tavares, da Quinta do Picado e [de natureza] alodial. Foram testemunhas Alexandre Maria Neves, casado, ferrador; Manuel de Pinho, solteiro, proprietário; António da Silva Vergas, casado, lavrador; Manuel de Sousa [ilegível] Fernandes, casado, carpinteiro; Manuel de Almeida Carapelho, casado, lavrador; Sebastião António da Silva, casado, escrivão da paz de Ílhavo, todos desta vila e maiores [de idade].
Escritura de compra que faz Manuel Caçoilo Fidalgo, casado, lavrador, a António da Silva Vergas e mulher Maria de Jesus, lavradores e todos da Gafanha por uma terra lavradia e respetivas pertenças sita na Chave, limite da Gafanha, a qual sexta parte […] já se encontra dividida e demarcada, por ser bem conhecida, a confrontar do norte com a praia do junco dos herdeiros de António Caçoilo, sul com o caminho público de carro, nascente com Manuel da Silva Vergas, irmão do vendedor e poente com Manuel da Rocha Bola, todos da Gafanha, [de natureza] alodial. Esta sexta parte pode render anualmente 2 mil e 500 reis e é vendida pela quantia de 80 mil reis. Foram testemunhas Manuel Lourenço da Rocha, casado, lavrador; Manuel José Simões Preto, solteiro, lavrador; Sebastião António da Silva, casado, escrivão da paz de Ílhavo; Manuel Inácio Correia, casado, lavrador, todos moradores na Coutada e maiores [de idade].
Escritura de compra que faz Rufino Filipe, casado, lavrador, a José Filipe Estanqueiro, viúvo, lavrador e ambos da Gafanha por uma terra lavradia e respetivas pertenças, de que é servidor e possuidor, sita na Ramalhôa, limite da Gafanha, a confrontar do norte com Manuel Rodrigues Marçal, sul com Manuel Seiça, nascente com a marinha das Carangueijas, hoje pertencente a Olívia, filha de Maria Pinta e poente com a mata nacional, [de natureza] alodial. Esta terra pode render anualmente 2 mil e 500 reis e é vendida pela quantia de 80 mil reis. Foram testemunhas Sebastião António da Silva, casado, escrivão da paz de Ílhavo; João Alem Francisco Ferreira, casado, sapateiro; Alexandre Maria Neves, casado, ferrador, todos moradores nesta vila e maiores [de idade].
Escritura de empréstimo de dinheiro a juro com hipoteca que faz Joaquim Cardoso Ferreira Gordo, de Verde milho, casado, e proprietário, a António Marques e mulher Rosa Rodrigues Vieira, proprietários e moradores em Ílhavo pela quantia de 200 mil reis a razão de juro anual de 6 por cento. Como garantia de seu pagamento os devedores hipotecaram: um prédio o seu assento de casas altas, onde vivem, com quintal contíguo, poço, pátio e mais pertenças, sito na rua direita, a confrontar do norte com Ana de Avanca, viúva e outros inquilinos, sul com Luísa Rosa Baixinha, viúva e outros, nascente com Manuel Fradoca e outros, e poente com a rua pública. Este prédio é [de natureza] alodial; pode valer 600 mil reis; rendimento anual de 20 mil reis e encontra-se livro de qualquer hipoteca ou encargo. Foram testemunhas Excelentíssimo António Maia Marques Vilar, casado, jornalista; Camilo António Ferreira, casado, sapateiro; João Simões Ratola, casado, negociante; Vitorino de Sousa Maia, casado, tipografo, todos moradores nesta vila e maiores [de idade].
Escritura de empréstimo de dinheiro a juro com hipoteca que faz Joaquim Cardoso Ferreira Gordo, de Verde milho, casado e proprietário a Manuel dos Santos Furão [ilegível] e mulher Maria Ramos da Maia, lavradores e residentes em São Pedro de Aradas, a quantia de78 mil reis a razão de 6 por cento de juro anual. Como garantia de seu pagamento os devedores hipotecaram uma terra lavradia com respetivas pertenças, sita nos Coitos, limite de São Pedro de Aradas, a confrontar do norte e sul com caminhos públicos e nascente e poente com Clara Robala, viúva, de Aradas e atualmente residente em Aveiro, [de natureza] alodial, pode render anualmente 9 mil reis e de valor venal 300 mil reis, pertencendo-lhes por óbito de sua mãe e sogra Maria de Jesus. Foram testemunhas João Maria da Silva, casado, negociante; Joaquim Pinto, casado, cortador de carnes verdes; Duarte José de Magalhães, Fernando maria da Silva, ambos solteiros e artistas na fábrica da Vista Alegre, todos residentes nesta vila e maiores [de idade].
Escritura de compra que faz António da Silva Bergas, casado, lavrador, a Rufino Filipe e mulher Emília Ribeiro Filipe Dias, lavradores e todos da Gafanha por uma terra lavradia e respetivas pertenças, sita na Areia do Cale da Vila, limite da Gafanha, a confrontar do norte com a estrada pública de Aveiro à Barra, sul com o caminho de consortes, conhecido pelo caminho dos Ramos, nascente com Jacinto da Isabel e poente José Filipe, irmão do vendedor, [de natureza] alodial e vendida pela quantia de 50 mil reis. Foram testemunhas Sebastião António da Silva, casado, escrivão da paz de Ílhavo; João Alem Francisco Ferreira, casado, sapateiro; Alexandre Maria Neves, casado, ferrador, todos residentes nesta vila e maiores [de idade].
Escritura de divisão e demarcação, que amigavelmente fazem Maria Joana de Arrais, viúva de José Gomes dos Santos, negociante, e Antónia Marques e mulher Rosa Rodrigues Vieira, proprietários e todos moradores nesta vila. Ambos são senhorios e possuidores da propriedade “A Quinta do Saraiva”, sita na Quinta do Alem, na Marona, limite desta freguesia, a qual propriedade se compõe de terra lavradia alta e baixa, mato, árvores de fruto, água de rega e mais pertenças, a confrontar do norte com Manuel de Azevedo Lopes e seu irmão Maurício, da Quinta do Picado, sul com António Simões Ratola, do Bom-Sucesso, nascente com a madriz e poente com a viela denominada de Saraiva, e viela ou caminho de Soza, [de natureza] alodial; encontra-se arrendada e pertence metade à primeira outorgante por sua mãe Maria Custódia do Arrais e a outra metade aos segundos outorgantes, por herança que esta [Vieira] tem de sua única filha, Maria, menor e filha de seu primeiro marido José António Saraiva. Fica a pertencer à primeira outorgante, na terra lavradia, a metade do lado do sul e mais 1200 metros quadrados, juntos por esse lado à mesma metade e no mato fica com a metade do lado do norte. Quanto à terra lavradia fica dividida e demarcada da seguinte forma: mediu-se do ângulo sul para o norte 96 metros e 90 centímetros; mediu-se do ângulo de nascente, na chave, cujo vértice está um marco, junto a um pequeno carvalho, e daqui para o norte mede 150 metros e 20 centímetros a contar do mesmo carvalho para o norte, sendo o ponto de marcação que distingue a terra alta da terra baixa. Quanto ao marco segue as seguintes divisões: mediram do ângulo poente 31 metros e 35 centímetros; seguindo a linha norte deste ângulo que era a servidão da quinta e se chegam perto ao ângulo da estrada; deste para o sul mediram 24 metros e 95 centímetros e neste ponto fizeram um malhão ou cavidade do marco. Fica a pertencer a António Marques e mulher na terra lavradia, o quinhão da parte do norte que representa o resto do terreno lavradio, depois da medição já referida no quinhão da viúva, ou seja metade do lado do norte, menos os 1200 metros quadrados, que vão a mais no quinhão da viúva, para esta ficar compensada no seu respetivo valor por o terreno dela ser de qualidade inferior. Quanto ao mato, fica a pertencer aos primeiros outorgantes, a metade do lado do sul, ficando contíguo ao quinhão de terra lavradia acima mencionado. Quanto às servidões fica a saber: a antiga servidão da quinta mantem-se em comum, somente para os dois quinhões, ou metade do mato, e em separado para a parte [do norte] da terra lavradia, devendo a primeira outorgante abrir servidão para o seu quinhão de terra lavradia na sua testada da viela, denominada de Saraiva; sendo as ditas servidões a pé ou de carro. Quanto à água nativa que atualmente brota da nascente, que dá para a regueira da encosta do mato, poderão utilizar para ambas as compartes para os fins que considerarem convenientes, devendo, no entanto, para a casa de rega ser utilizada pelos compartes, 3 dias cada um, não prejudicando nenhum dos outorgantes. Foram testemunhas João Simões Ratola, casado, negociante; José de Oliveira Pio, solteiro, lavrador; Manuel Nunes Ferreira Gordo, casado, proprietário, todos moradores nesta vila e maiores [de idade].
Escritura de empréstimo de dinheiro a juro com hipoteca que faz Joana Nunes dos Reis, negociante, casada com Joaquim Cachim, atualmente ausente por ser marítimo, a José Domingues Penna [ilegível] e mulher Maria Rosa Bola, esta governanta de casa e aquele pescador, todos desta vila a quantia de 200 mil reis a razão de juro anual de 7 por cento. Como garantia de seu pagamento os devedores hipotecaram: o seu assento de casas térreas, onde vivem, com pátio, poço e mais pertenças, sito no largo da Capela, a confrontar do norte com José Maria Domingues Pena [ilegível], sul com Maria Francisca Ganilha, viúva, nascente com Joaquim Rato e poente com o largo da Capela. O dito assento de casas [é de natureza] alodial, pode render anualmente 15 mil reis e de valor venal 500 mil reis. Foram testemunhas Sebastião António da Silva, casado, escrivão da paz de Ílhavo; José Maria Cândido da Silva, casado, sapateiro; Luís Cândido Gomes, casado, carpinteiro; José António Ferreira, solteiro, artista na fábrica da Vista Alegre, todos moradores nesta vila e maiores [de idade].
Escritura de empréstimo de dinheiro a juro com hipoteca que faz José Fernandes Preceito, casado, negociante, desta vila a Caetano Fernandes, viúvo, dos Moitinhos e lavrador a quantia de 100 mil reis a razão de 6 por cento ao ano. Como garantia de seu pagamento o devedor hipoteca: um assento de casas, onde vive, com aido lavradio, pátio, eira e mais pertenças, tudo contíguo, nos Moitinhos. Este assento parte do norte com a viúva de José Remígio, sul com a viúva de João dos Santos Patoilo, nascente com os herdeiros de João Ferreira Neto e poente com a estrada da rua pública. É [de natureza] alodial, poderá valer 600 mil reis e de rendimento anual de 18 mil reis. Foram testemunhas Rui António da Madalena, casado, artista na fábrica da Vista Alegre; Tomé Francisco Malha, casado, serralheiro, ambos moradores nesta vila e maiores [de idade].
Escritura de empréstimo de dinheiro a juro com hipoteca que faz Francisco Carrancho, o Fava, casado e lavrador a José Ferreira de Oliveira, solteiro, aluno da escola normal do Porto, ambos maiores [de idade], desta vila pela quantia de 100 mil reis a razão de 6 por cento de juro ao ano. Como garantia de seu pagamento o devedor hipoteca: a sua casa térrea, onde vive, com pátio e mais pertenças sito em, Alqueidão, a confrontar do norte com o doutor António Frederico de Morais Cerveira, sul e poente com Dona Ana Júlia Dias de Almeida Júnior e nascente com a rua pública. A casa é [de natureza] alodial; pode valer 200 mil reis e de rendimento anual de 6 mil reis. Foram testemunhas Joaquim António Bio, casado, carpinteiro; Sebastião António da Silva, casado, escrivão da paz de Ílhavo; João José da Rocha Freire, viúvo, empregado da fábrica da Vista Alegre, todos moradores nesta vila e maiores [de idade].
Escritura de partilha amigável e entrega de bens que fazem Maria Pereira, viúva de Joaquim Francisco da Silva e seus filhos e noras, todos moradores nas Ribas Altas da Ermida, desta freguesia. Seus filhos e noras a saber: António Francisco da Silva e mulher Ana Rosa de Jesus, seareiros; Luís Francisco da Silva e mulher Rita de Jesus, também seareiros. A primeira outorgante diz ser de sua livre e última vontade, por ter os 2 legítimos filhos, declarando que todos os bens do casal são de 600 mil reis, pertencendo a cada um dos seus filhos 300 mil reis. Os bens do casal compõem-se por: um assento de casas térreas e aido contíguo, com árvores de fruto e mais pertenças, sita nas Ribas Altas da Ermida, a confrontar do norte com Maria Cangueiras, sul e poente com Alberto Ferreira Pinto Basto, nascente com a rua pública no valor de 300 mil reis, de natureza alodial; um pinhal, seu terreno e vessada, tudo contíguo, isto na Água Fria, a confrontar a norte e poente com Alberto Ferreira Pinto Basto, nascente com Conceição Cangueiras e sul com José Fernandes Nuno, do Soalhal, no valor de 110 mil reis, também [de natureza] alodial; um pinhal e seu terreno, sito na Gândara da Domingas, limite desta freguesia, a confrontar do norte com João Nunes Alegrete, sul com herdeiros de António Francisco da Silva, nascente com António Maria Morgado e poente com o caminho público, no valor de 80 mil reis e também [de natureza] alodial; mais a quantia de 110 mil reis em dinheiro. Fica a pertencer à viúva: metade do prédio acima confrontado, que se compões de casas térreas, aido contíguo, árvores de fruto e mais pertenças, sito nas Ribas Altas da Ermida, no valor [a dita metade] de 150 mil reis; o pinhal e vessada contígua na Água Fria no valor de 110 mil reis; metade de seu pinhal e terreno, sito na Gândara da Domingas, no valor [a dita metade] de 40 mil reis. Aos seus dois filhos fica a pertencer: a outra metade do prédio de casas e aido, sito nas Ribas Altas da Ermida, no valor de 150 mil reis; metade do pinhal e terreno, sito na Gândara da Domingas, no valor de 40 mil reis e a quantia em dinheiro de 110 mil reis. Aos outorgantes António Francisco da Silva e mulher fica a pertencer a metade do prédio das casas e aido, sito nas Ribas Altas da Ermida, pelo valor de 150 mil reis. A Luís Francisco da Silva e mulher fica a pertencer: metade do pinhal e terreno sito na Gândara da Domingas, no valor [essa metade] de 40 mil reis e a quantia de em dinheiro de 110 mil reis. Foram testemunhas o Ilustríssimo José Manuel Rodrigues, solteiro, negociante; Manuel André Facão, casado, lavrador; José dos Santos Ribeiro Cristo, solteiro, proprietário; José dos Santos Vidal Januário, viúvo, proprietário, estes de Vale de Ílhavo e Sebastião António da Silva, casado, escrivão da paz de Ílhavo, morador nesta vila e todos maiores [de idade].
Escritura de empréstimo com dinheiro a juro com hipoteca que faz Manuel Ferreira Panela, casado, marítimo, a João dos Santos Bernardino e mulher Maria de Jesus, esta lavadeira e aquele pescador, todos desta vila a quantia de 100 mil reis a razão de juro anual de 6 por cento. Como garantia de seu pagamento os devedores hipotecam: o seu assento de casas térreas, onde vivem, com aido lavradio contíguo e mais pertenças, sito na rua do Casal, a confrontar tudo do norte com o seu cunhado e irmão António Dias, sul com seu sogro e pai José Dias, nascente com o Conselheiro António José da Rocha e poente com a dita rua do Casal. O dito prédio é [de natureza] alodial, poderá valer 300 mil reis, de valor anual de 10 mil reis e que lhes pertence por óbito de sua sogra e mãe Josefa de Jesus. Foram testemunhas José Manuel Rodrigues, solteiro, negociante; Sebastião António da Silva, casado, escrivão da paz de Ílhavo; João Gomes dos Santos Regueira, solteiro, negociante; Manuel José de Pinho, casado, serralheiro, todos moradores nesta vila e maiores [de idade].
Escritura de empréstimo de dinheiro a juro com fiança e hipoteca que faz Francisco de Oliveira, casado e oleiro, residente nas Aradas, a José António Júnior, viúvo, tamanqueiro e de São Bernardo e da outra parte, ainda como terceiro outorgante e fiadores António dos Santos Marabuto e mulher Joana de Jesus, oleiros e, também moradores em São Pedro de Aradas. O empréstimo foi à quantia de 110 mil reis à razão de 7 por cento de juro anual. Como garantia de seu pagamento os devedores hipotecam os seus bens em geral à molha [ilegível] do credor. Para maior dessegurança os fiadores hipotecam: o seu asseto de casas térreas, onde vivem, com pinhal contíguo, árvores de fruto, poço e mais pertenças, sita na rua das Leirinhas, em São Pedro de Aradas, a confrontar do norte com Joaquim António, de Aradas, sul com o caminho da fonte das Leirinhas, nascente com a levada das azenhas e poente com a dita rua das Leirinhas. Este assento de casas é [de natureza] alodial, poderá valer 500 mil reis e de rendimento anual 15 mil reis. Foram testemunhas José Maria da Silva, casado, empregado na fábrica da Vista Alegre, César Augusto Lourenço Catarino, casado, professor oficial do ensino primário; João Ferreira Campanhã, casado, cantoneiro; Francisco Batista, casado, lavrador, [todos] moradores nesta vila e maiores [de idade].
Escritura de quitação e distrato que faz Francisco Simões Ratola, casado, proprietário, do Bom-Sucesso, a favor dos representantes dos falecidos Bernardo Francisco Faúlho e mulher, desta vila. Fora dito que Gualdino Calisto e maria Joana de Jesus Palavra, desta vila, casada, nesse tempo com o ausente há mais de 40 anos para o Brasil o dito Bernardo que teria sido constituída devedora da quantia de 100 mil reis [celebrada na escritura de 19 de Março de 1886] tendo hipotecado: uma casa térrea, de habitação e aido, com árvores de fruto contíguo, sito na rua do Casal, a confrontar do poente com a dita rua, nascente com Josefa Sapateira, viúva e filhos, norte com os herdeiros de Inácio dos Santos Malaquias, sul com a viúva e herdeiros de Manuel Nepomuceno Lima. À garantia deste contrato ficaram como fiadores Bernardo Francisco Faúlho e mulher Rosa de Viterbo de Oliveira Vidal, desta vila [hoje falecidos] e hipotecaram: uma terra lavradia sita na Salvada [ilegível] da Coutada, que parte do norte com José Domingues Largo Imaginário Sénior, sul com Manuel Tavares de Almeida Maia, nascente com caminho de consortes e poente com a quinta de Pedro Couceiro da Costa. Por estes terem falecidos ficaram a representar seus filhos, a saber: Vitória de Oliveira Vidal; Teresa de Oliveira Vidal; Maria Alexandrina de Oliveira Vidal; José Francisco Faúlho Júnior e Manuel de Oliveira Razoilo, todos casados e desta vila. Os devedores por terem, [na respetiva escritura] pago a dita quantia de 100 mil reis dão por quitado todo o valor. Foram testemunhas José Fernandes Pinto, casado, sapateiro; Sebastião António da Silva, casado, escrivão da paz de Ílhavo, ambos moradores nesta vila e maiores [de idade].
Escritura de quitação e distrato que faz Francisco Simões Ratola, casado, proprietário, do Bom-Sucesso, a favor dos representantes dos falecidos Bernardo Francisco Faúlho e mulher, desta vila. Fora dito que Gualdino Calisto e maria Joana de Jesus Palavra, desta vila, casada, nesse tempo com o ausente há mais de 40 anos para o Brasil o dito Bernardo que teria sido constituída devedora da quantia de 100 mil reis [celebrada na escritura de 19 de Março de 1886] tendo hipotecado: uma casa térrea, de habitação e aido, com árvores de fruto contíguo, sito na rua do Casal, a confrontar do poente com a dita rua, nascente com Josefa Sapateira, viúva e filhos, norte com os herdeiros de Inácio dos Santos Malaquias, sul com a viúva e herdeiros de Manuel Nepomuceno Lima. À garantia deste contrato ficaram como fiadores Bernardo Francisco Faúlho e mulher Rosa de Viterbo de Oliveira Vidal, desta vila [hoje falecidos] e hipotecaram: uma terra lavradia sita na Salvada [ilegível] da Coutada, que parte do norte com José Domingues Largo Imaginário Sénior, sul com Manuel Tavares de Almeida Maia, nascente com caminho de consortes e poente com a quinta de Pedro Couceiro da Costa. Por estes terem falecidos ficaram a representar seus filhos, a saber: Vitória de Oliveira Vidal; Teresa de Oliveira Vidal; Maria Alexandrina de Oliveira Vidal; José Francisco Faúlho Júnior e Manuel de Oliveira Razoilo, todos casados e desta vila. Os devedores por terem, [na respetiva escritura] pago a dita quantia de 100 mil reis dão por quitado todo o valor. Foram testemunhas José Fernandes Pinto, casado, sapateiro; Sebastião António da Silva, casado, escrivão da paz de Ílhavo, ambos moradores nesta vila e maiores [de idade].
Testamento que faz João Rodrigues Vieira, casado com Maria da Cruz, lavrador e morador no lugar e freguesia de São Pedro de Aradas. Determina que quando for o seu funeral que seja conforme os de sua freguesia, assim como que lhe mandem rezar missas em seu nome e de seus familiares e distribuam esmolas pelos mais necessitados 300 litros de milho bom, isto alem dos 15 litros de milho que já dispõe a favor de cada um dos pobres. De seu casamento, não teve filhos e deixa como seus herdeiros, seus irmãos: Maria Vieira, solteira e maior [de idade]; Teresa Vieira, solteira, maior [de idade], de São Bernardo; Joana Vieira, casada com Manuel Vieira, de Vilar; António Rodrigues de Vieira, casado, com outra Maria Vieira, de Oliveirinha; Francisco Rodrigues Vieira, solteiro, de São Bernardo e, ainda seus sobrinhos, filhos e filhas de sua irmã Rosa Vieira, de São Bernardo. Todos os seus bens serão distribuídos de forma igual, ao que respeita os quinhões e enquanto sua esposa for viva, terá o uso e disfruto dos mesmos bens. Foram testemunhas António Lopes Casal, solteiro, lavrador; Manuel Ferreira do Cabeço, casado, lavrador, moradores em São-Pedro de Aradas; António Manuel Branco, casado, lavrador, morador em Verde milho; Abel Batista, solteiro, lavrador; Francisco Batista, casado, lavrador, da Ribas da Picheleira; todos 5 maiores de idade e cidadãos portugueses.
Testamento que faz Maria da Cruz, casada com João Rodrigues Vieira, lavradora e moradora no lugar e freguesia de São Pedro de Aradas. Declara que quando falecer quer que o seu funeral seja como os de sua freguesia, que lhe mandem rezar missas em seu nome e de seus familiares e que será dada a esmola de 15 litros de milho bom, assim como dado como esmola aos mais necessitados 300 litros de milho bom. Dispondo de seus bens temporais e casada com João Rodrigues Vieira, não tendo filhos, deixa a seus irmãos: António Francisco do Casal, casado, morador em Aradas; Manuel Francisco do Casal, casado, morador em São Bernardo; Rosa da Cruz, casada com André da Fonte, moradora também em Aradas, próximo da Capela, dividindo os quinhões de seus bens a estes, com a condição de: seu marido poder ter o uso e disfruto até falecer. Foram testemunhas João Ferreira Campanhã, casado, cantoneiro; António Lopes Casal, solteiro, lavrador; Manuel Ferreira do Cabeço, casado, lavrador; António Manuel Branco, casado, lavrador; Abel Batista, solteiro, lavrador; Francisco Batista, casado, lavrador, todos desta vila e cidadãos portugueses.
Escritura de quitação e distrato que faz Manuel Gonçalves Andril, como se delara que assina antes do falecimento de seu pai Manuel Gonçalves Andril Júnior, viúvo e proprietário, do Bom-Sucesso, a favor de José António Santana, casado, lavrador e da Légua de Ílhavo. Os segundos outorgantes na escritura de [2 de Maio de 1888] tinha em dívida a quantia de 400 mil reis, tendo hipotecado uma terra lavradia sita na Chousa Nova; outra no mesmo sítio da Chousa Nova e outras sita nas Covas, com as confrontações [na dita escritura mencionada]. Por dar por paga e quitação, ficando sem efeito algum a anterior escritura. Foram testemunhas Egídio Cândido da Silva, casado, alfaiate; Joaquim Bolais Mónica, casado, artista, [todos desta vila] e maiores [de idade].
Escritura de contrato antenupcial que fazem Manuel dos Santos Páscoa, viúvo, lavrador e Maria Simões Martinho, solteira, filha de José de Oliveira Malaco e mulher Maria Simões Martinha, estes como terceiro outorgantes e todos da Gafanha. Os outorgantes, futuro marido e mulher convencionam o seguinte: querem que o seu casamento seja regulado segundo o costume do reino; à segunda outorgante futura cônjuge de uma propriedade que ele doador adquiriu depois da morte da sua primeira mulher Joana de Jesus, a saber: uma terra lavradia e respetivas pertenças, sita na Romêlha [ilegível], limite da Gafanha, a confrontar a norte com Jacinto Rodrigues Marçal, sul com José dos Santos Páscoa, nascente com Manuel Seiça e poente com Maria de Jesus no valor de 500 mil reis. Este prédio doado é de natureza alodial e nada deve à Fazenda Nacional. Os pais da segunda outorgante dão a sua filha a autorização para o dito casamento. Foram testemunhas Alexandre Maria das Neves, casado, ferrador; Alfredo José dos Santos, casado, alfaiate, todos moradores nesta vila e moradores [nesta vila].