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Invólucros usados por AHSilva para a documentação do processo "Alma Negra". Um deles possui a seguinte anotação: "Fiz a instrução contraditória com data de 6/11/913; Assinei a intimação do despacho de pronúncia em 21/11/913".
CARVALHO, Paiva de - "Alma Negra. Depoimento sobre a questão dos Serviçais de S. Tomé". Porto: Tipografia Progresso, 1912. Jerónimo Paiva de Carvalho (Ex-Curador dos serviçais e colonos na Ilha do Príncipe) terá supostamente solicitado a AHSilva, por intermédio de um agente, apoio na publicação deste seu depoimento. Paiva de Carvalho, entretanto, negará a autoria do texto e qualquer envolvimento com o eventual agente cujo móbil, refere, seria prejudicá-lo publicamente. O Governo português instaura um processo crime contra Paiva de Carvalho, na sequência da campanha de acusação de traição à Pátria movida pelo jornal "O Século" (que procurava também confirmar a autoria do Depoimento). Em 1916, Jerónimo Paiva de Carvalho ainda mantinha e exounha a sua posição – já depois de absolvido das acusações de que fora alvo –, no livro CARVALHO, Jerónimo Paiva de, "A Desafronta. Defesa de um homem injustamente perseguido e caluniado. A Questão dos Serviçais de S. Tomé". Coimbra: Tipografia Literária (Edição do autor), 1916.
Compilação de cinco notícias (preservadas na secção respectiva ou no jornal completo) sobre a polémica em torno da publicação do folheto "Alma Negra". Contém artigos de "O Século" e "Montanha". Entre os artigos encontram-se dois textos da autoria de AHSilva.
Contém quatro cartas. A primeira datada de 10 de Agosto de 1916, a segunda de 6 de Outubro de 1916, a seguinte de 20 de janeiro de 1917 e a última de 10 de Março de 1917. Uma das cartas é acompanhada de sobrescrito com lacre. David Guedes de Carvalho enumera crimes anteriores de Paiva de Carvalho e refere que este o acusa de ser o autor de "Alma Negra" no livro: "A Desafronta", resolvendo, por isso, processá-lo por difamação e injúria. Neste sentido, solicita a AHSilva que, caso possua, lhe envie o manuscrito original de "Alma Negra" para que possa juntá-lo ao processo.
CARVALHO, Jerónimo Paiva de - "A Desafronta. Defesa de um homem injustamente perseguido e caluniado. A Questão dos Serviçais de S. Tomé". Coimbra: Tipografia Literária (Edição do autor), 1916. Texto de Jerónimo Paiva de Carvalho onde refuta a autoria da obra "Alma Negra" e de uma carta posterior sobre o mesmo tema, a si atribuídas, e se defende dos processos judiciais daí resultantes. Foi acusado de roubo, peculato e maus tratos praticados ainda nas Colónias, acusações que, segundo o próprio, decorreriam de factos forjados e manipulados de modo a prejudicá-lo. Descreve as motivações de David Guedes de Carvalho, Freire de Andrade, como Director Geral das Colónias, do Marquês de Valle Flôr (proprietário de roças em S. Tomé) e, especialmente, o envolvimento de AHSilva, que Paiva Couceiro identifica como sendo agente e amigo de W. A. Cadbury. O livro está dividido nas seguintes secções: I. "O 'Alma Negra' e os corvos brancos"; II. "Os documentos"; III. "Os 'homens de bem'"; IV. "Bocadinhos d'oiro"; V. "Parce sepultis".