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Inclui artigos e recortes de imprensa que, contendo ou não referências à intervenção directa de António Lino Neto, expõem questões e problemas do interesse da minoria católica, debatidos no Parlamento. Predominam os seguintes assuntos: o ensino religioso, salientando-se os artigos de Trindade Coelho e Fernando de Sousa (transcrição de uma entrevista a Guerra Junqueiro); as missões religiosas; a venda de passais e outros bens da Igreja Católica (artigo de Fernando de Sousa); o reconhecimento da personalidade jurídica da Igreja Católica por parte do Estado; o escândalo relacionado com uma exposição no Brasil; o incidente desencadeado com a representação da Câmara dos Deputados nas cerimónias fúnebres em honra do papa Bento XV; a cerimónia da imposição do barrete cardinalício ao núncio apostólico em Portugal, Achille Locatelli; debate em torno dos diplomas reguladores das relações entre o Estado e a Igreja Católica (artigo de Fernando de Sousa sobre os vários projectos de lei debatidos no Parlamento).
Inclui apontamentos avulsos e artigos de imprensa, com excertos, relatos ou transcrições integrais de intervenções parlamentares de Lino Neto. Sublinham-se os apontamentos dedicados às seguintes matérias: as relações entre o Estado e a Igreja; a cronologia dos factos relevantes, relacionados com “O Padroado do Oriente; o Governo de José Domingues dos Santos; a queda do Governo de Rodrigues Gaspar; o inquérito à administração do Banco de Portugal, motivado pelas acusações formuladas por Amâncio de Alpoim, em 1926. Ao nível dos textos publicados na imprensa, importa destacar os discursos ou comunicações sobre os seguintes temas: reivindicação dos católicos quanto à celebração do baptismo; a “desamortização dos baldios”; orçamento de Estado para a Comissão da Lei de Separação e das Congregações Religiosas; a questão de Moçambique; a política religiosa e a acção do Centro Católico (1923); a “redução dos juros do empréstimo” (1924); as liberdades religiosas; as exéquias do Papa Bento XV; os bens dos estabelecimentos de beneficência; o encerramento do colégio-hospício do “Corpus Christi”, em Vila Nova de Gaia; a comemoração dos feitos de Gago Coutinho e Sacadura Cabral; o orçamento deal do Estado; o estabelecimento, exploração e manutenção de uma frota mercante do Estado; a atitude da minoria católica perante o Governo (1924); as orientações e objectivos políticos da minoria católica. Salientam-se, ainda, as entrevistas, publicadas na imprensa, sobre os seguintes assuntos: incidentes ocorridos na Câmara dos Deputados, com parlamentares da minoria católica (1922); as opiniões dominantes no Parlamento sobre as regalias da Igreja; a aplicação da liberdade do ensino religioso, defendida por Leonardo Coimbra; a criação de estudos católicos superiores.
Inclui cartas de carácter oficial, dirigidas a António Lino Neto, na qualidade de deputado da Nação. Entre os remetentes, salienta-se a Secretaria da Presidência da República, solicitando a comparência de 573 António Lino Neto na residência particular do Presidente da República, para o tratamento de assuntos que interessavam ao bem da Nação, ou convidando-o para cerimónias oficiais, como a da imposição das insígnias cardinalícias ao núncio apostólico em Portugal, Achille Locatelli. Destaca-se também um ofício do presidente do Ministério, solicitando a comparência dos deputados católicos numa reunião onde seriam expostos os planos governativos. Integra ainda a minuta de uma carta de António Lino Neto, deputado da Nação, dirigida ao Ministro da Justiça, com informação sobre medidas tomadas na Freguesia de Mação, contra o culto católico.
Inclui diplomas regulamentares (projectos de lei, pareceres e leis) estabelecendo ou propondo disposições normativas relacionadas com as relações entre o Estado e a Igreja e com os direitos de aposentação dos párocos. Integra também uma representação dos católicos portugueses, reclamando contra o decreto de Separação do Estado das Igrejas, de 20 de Abril de 1911; um memorial da Comissão de Culto da Sé Catedral de Beja, solicitando a aprovação de um requerimento relacionado com a posse da capela de Nossa Senhora dos Prazeres; mapas da Direcção-deal da Fazenda Pública, com a discriminação das receitas, despesas e desamortizações verificadas entre 1920 e 1925, nos conventos de religiosas suprimidos; panfleto exortando para a acção e união dos liberais, criticando os pareceres favoráveis às alterações dos 588 diplomas que regulavam as relações entre a Igreja e o Estado. Compreende, por fim, um panfleto subscrito por dealdino Brites, com considerações sobre o ensino religioso.