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Carta de um negociante francês contendo informações sobre o Desembargador Peixoto. Possui autenticação da cópia.
Francisco Gomes Veloso d' Azevedo, [negociante portuense], acusa a recepção da 1.ª e 2.ª via da carta de 28 de Junho de 1812. Remete em mãos de João Gomes d' Oliveira e Silva, um barril com oito arrobas de presuntos, conforme atesta o conhecimento em anexo. Pede a António de Araújo de Azevedo que, caso pretenda continuar a honrá-lo com as suas letras, o faça através de Francisco Guilherme de Barros e Azevedo.
Francisco Gomes Veloso d' Azevedo, [negociante portuense], baseado no valimento que o destinatário sempre proporcionou aos "banidos da Fortuna", descreve um conjunto de documentos comprovativos dos serviços prestados e envia-os a António de Araújo de Azevedo, [Conselheiro de Estado], solicitando a sua proteção para alcançar o cargo de Juíz da Alfândega do Porto, Admnistrador do Correio do Porto, de Deputado [da Real Junta do Comércio] ou de Inspetor Fiscal de todas as Fábricas do Reino, referindo que com a sua experiência poderia tornar as fábricas portuguesas mais competitivas. Refere ser vítima dos invasores franceses, que lhe destruíram os engenhos da sua fábrica, a qual deixou de trabalhar devido à inundação das manufacturas inglesas, no mercado nacional, após o Tratado de Comércio, factos que o obrigam a viver unicamente do rendimento dos seus bens. Diz não enviar nenhum requerimento por não querer tomar uma decisão que não receba a prévia aprovação do destinatário.
Lembra ao primo [António de Araújo de Azevedo] a carta e o requerimento que lhe enviou em 5 de Maio. Remete uma atestação de [Agostinho José da Mota], Brigadeiro e Chefe do seu Regimento, por forma a comprovar que merece a continuidade do conceito do destinatário. Recomenda Navarro, o portador desta carta.
Lembra os cargos que pretende ocupar: o de Juíz da Alfândega da Cidade do Porto, o de Administrador do Correio do Porto, o de Deputado Honorário ou efectivo da Real Junta do Comércio, ou de Inspetor Fiscal das Fábricas do Reino.
Recomenda à proteção de António de Araújo de Azevedo, o compadre de ambos Dionísio Pedro Lopes [comerciante português em São Petersburgo].
Como encontrou portador seguro, remete uma cópia da carta que José Maria Roversi escreveu, do Rio de Janeiro, à sua mulher onde calunia não só o autor como António de Araújo. Diz que ahou melhor não entregar a carta à destinatária para não dar publicidade a semelhantes desaforos. Informa que ainda não recebu a comunicação oficial da nomeação de João Paulo Bezerra. Pede ao destinatário que o proteja para obter junto de S.A.R. a nomeação para Oficial Maior Graduado, a Carta do Conselho, Comenda ou o lugar de Deputado de algum tribunal, ou a nomeação para outra missão, em reconhecimento dos serviços prestados. Relembra que o destinatário já lhe tinha prometido a graça quando D. Joaquim Lobo [da Silveira] foi nomeado Ministro.
Recomendando ao amigo, António de Araújo, o portador da carta, pessoa de "instrução e préstimo" a quem deve muitos obséquios.
Manifesta o seu pesar pelo estado de saúde do amigo António de Araújo de Azevedo, [Conselheiro de Estado]. Justifica o facto de ainda não o ter ido visitar com a grande ocupação que tem tido no Paço. Apresentou ontem ao Príncipe-Regente, D. João, a carta que o destinatário lhe enviara. Informa que o memso fez mercê da Comenda da Ordem de Cristo ao irmão do destinatário, o Abade de Lóbrigos, [António Fernando de Araújo de Azevedo], reservando para outro momento o pedido de admissão ao cargo de deputado da Junta do Tabaco do outro irmão, João António de Araújo de Azevedo, Conselheiro da Fazenda.
Luis Manuel de Araújo, professor de Gramática Latina, relata a António de Araújo de Azevedo a defesa que encetou a seu favor contra os populares que o acusavam de traição e falsidade devido à invasão francesa. Descreve a região onde se encontra. Envia uma carta em que relata o mau procedimento do Padre Frei Inácio, Carmelita Calçado da Província do Maranhão, na evangelização das populações indígenas. Deseja proteção para o seu requerimento em que solicita a S. A. R. o ser empregue no serviço desta nova colónia.
João Paulo Antunes, marceneiro, dirige-se a António de Araújo de Azevedo, Conselheiro de Estado, para se inteirar do seu estado de saúde. Diz que anteriormente o fazia junto do irmão do destinatário, o Conselheiro João António de Araújo, antes de ele se retirar para a Província.
O autor, marceneiro, recorrendo à habitual proteção de António de Araújo de Azevedo, Conselheiro de Estado no Brasil, envia um requerimento incluso, onde pede a mercê de ficar isento ao regimento do seu ofício e assim poder ter a liberdade de inovar. Junto envia cópia da Provisão da Real Junta do Comércio, favorável aos seus interesses, e que é constantemente desrespeitada pelos juízes do seu ofício.
João Paulo Antunes, marceneiro estabelecido em Lisboa, solicita a D. João, Príncipe-Regente, o direito de poder trabalhar livremente na sua fábrica sem as limitações que lhe são impostas pelos juízes do seu ofício.
João Paulo Antunes, marceneiro, informa que se dirigiu a João António de Azevedo para saber do estado de saúde do destinatário e que o mesmo o incumbiu de enviar, para o Rio de Janeiro, umas cadeiras que António de Araújo de Azevedo, Conselheiro de Estado, havia deixado em Lisboa. Participa que enviou as mesmas pelo Capitão José Inácio de Andrade, Comandante da galera Carolina.
Proclamação do Presidente dos Estados Unidos da América, Thomas Jefferson