Francisco Gomes Veloso d' Azevedo, [negociante portuense], baseado no valimento que o destinatário sempre proporcionou aos "banidos da Fortuna", descreve um conjunto de documentos comprovativos dos serviços prestados e envia-os a António de Araújo de Azevedo, [Conselheiro de Estado], solicitando a sua proteção para alcançar o cargo de Juíz da Alfândega do Porto, Admnistrador do Correio do Porto, de Deputado [da Real Junta do Comércio] ou de Inspetor Fiscal de todas as Fábricas do Reino, referindo que com a sua experiência poderia tornar as fábricas portuguesas mais competitivas. Refere ser vítima dos invasores franceses, que lhe destruíram os engenhos da sua fábrica, a qual deixou de trabalhar devido à inundação das manufacturas inglesas, no mercado nacional, após o Tratado de Comércio, factos que o obrigam a viver unicamente do rendimento dos seus bens. Diz não enviar nenhum requerimento por não querer tomar uma decisão que não receba a prévia aprovação do destinatário.