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Felicita António de Araújo pelo facto de constar dalista de despachos que acaba de ver. Recomenda o portador da carta, José Inácio que à Corte no Rio ver o irmão Manuel Jacinto, tendo encarregue o mesmo de lhe comunicar o estado de saúde do dest. por forma a tranquilizar o autor devido às notícias confusas que aqui chegam. Não querendo causar qualquer mortificação ao destinatário, pede-lhe que lhe mande dizer, pelo portador desta, se a Lotaria das Lavras tem lugar ou não para que o autor possa decidir se deve tomar outro caminho e fazer um novo requerimento.
Na incerteza de que António de Araújo tenha recebido a petição que lhe enviou de Vila Rica há um mês e meio, remete uma outra pedindo novamente a protecção para a mesma dependência e pede que lhe faça chegar a resposta com a brevidade possível pelo correio da Vila de Sabará.Está em casa de Basílio que o tem guiado com mão de mestre nos seus negócios. Felicitações pelo restabelecimento da saúde do destinatário.
Felicita António de Araújo pelo contínuo restabelecimento da sua saúde. Está em casa de Basílio Teixeira a trata de alguns negócios, e por aqui demorar-se-à até ter conhecimento do destinatário da sua retensão da Lotaria. Informa que Basílio, a quem deve muitos obséquios pelas recomendações do destinatário, está muito feliz com as esperanças de poder ir ver os Pátrios Lares.
Recomenda a António de Araújo o portador da carta, o Capitão João Baptista, que vai tratar de dependências do Coronel António Tomás. Aguarda resposta das cartas que lhe escreveu a respeito dos seus negócios.
Agradece a carta em que António de Araújo, Ministro de Estado, lhe participa a concessão da licença para a Lotaria, o que lhe permitirá pagar as suas dívidas e preparar o estabelecimento. Aguarda pela chegada da referida licença. Remete o esboço de um poema da sua autoria, suplicando ao destinatário que nas horas do café o leia e se merecer a sua aprovação, o autor tratará de o enviar para o prelo. Refere-se às desagradáveis notícias que agora soão, mas tem esperança que a nova viagem de Bonaparte a Paris "venha a dar assumpto para o quarto canto".
Comenta as notícias do estado de saúde de António de Araújo, recebidas do condutor dos diamantes e do "intitulado" Barão de Eschwege, que como esteve na Corte deve ter falado do autor muito mais do que pode. Atendeu do modo possível aos pedidos do afilhado do destinatário. Pede notícias e diz que já sabia que o projecto do destinatário subir a Minas e a Serro Frio seria abandonado. No entanto, oferece a sua choupana eaconselha-o a aproveitar o bom ar e o clima fugindo assim ao "bafo da Corte, que bem a meu pezar, e dos seus verdadeiros amigos o há de matar antes de tempo". Remete o Mapa da remessa dos Diamantes. Há mais de dez meses que trabalha na Fábrica de Ferro, para onde volatará em breve, e enviará notícias sobre a primeira fundição. Em P.s. recomenda o portador da carta que é um seu ajudante.
Comunica ao amigo António de Araújo que pelos seus muitos afazeres e ocupações não tem conseguido responder às duas cartas recebidas. Explica quais as razões que o levam a não poder satisfazer o pedido de Cobalto do Tejuco. Critica os trabalhos mineralógicos do Doutor José Vieira Couto que deu erradamente o nome de "Cobalto" àquele mineral. Àlias, já tinha presenciado aos erros do referido Dr., quando esteve em Lisboa e tinha sido nomeado juíz das suas remessas e que o mesmo não o vê com bons olhos devido ao facto do autor nunca o ter apoiado com "semelhantes imposturas". Refere-se aos vestígios de outros minerais e à remessa de diamantes para a colecção de Pabst d'Hain, cujo mapa remete em anexo. Pede um comentário sobre esta remessa. Comenta o trabalho desenvolvido na sua fábrica, que está próxima a produzir ferro e tem capacidade para ser uma das maiores do mundo. Pergunta como vão os trabalhos químicos do destinatário.
Acusa a receção da carta do conde da Barca datada de 20 de Setembro do presente ano. Agradece a oportunidade de lhe ter prestado serviços e reitera a sua disponibilidade para futuros serviços.
Expressa a sua satisfação em executar as determinações de António de Araújo de Azevedo, apesar de todos os obstáculos que se fizeram sentir. Remete o pelo cirurgião-mor Vicente Venceslau Gomes de Carvalho, o que consta da relação inclusa, visto que este vai deslocar-se para a Corte devido às insinuações do Governador de Rio Pardo e também com o propósito de apresentar as suas descobertas a D. Rodrigo de Sousa Coutinho. Invoca a sã correspondência com que há "dezoito anos nos tratamos" para pedir a confidência do destinatário.
Em resposta à carta de António de Araújo de Azevedo, participa a inexistência de novos ofícios para a administração da diocese e vinca a sua urgência devido à audácia do Cabido "Sede Vacante" que, à revelia das determinações do Concílio de Trento e do 2.º Alvará do Real Grão-Mestre, elegeu dois adjuntos para administraem a referida diocese. Demonstrando a sua intolerância para esta situação de ilegalidade, o autor informa quem são os promotores desta situação, originada sem consulta prévia de S.A.R. que detém "jurisdição ordinária" da diocese de Angra.
Trata com o Tenente General Napion acerca das remessas de ouro, zinco e ferro. Queixa-se das Sezões e das contrariedades que se fazem sentir no trabalho.
Informa que recebeu a lista dos despachos do dia 12 de Julho, onde constatou que foi transferido para o Serviço da Suplicação. Sebastião Pinto deu-lhe esperanças que receberia alguma coenda em remuneração dos serviços prestados, mas pelos vistos "em lugar do prémio, chega o castigo".
O autor roga a António de Araújo de Azevedo que beije por si a mão de S.A.R. e ofereça a continuidade dos seus serviços. Informa que pretendia fazê-lo pessoalmente, após ter terminado a guerra, onde serviu como ajudante de Ordens do general Visconde de Sousel, mas que tal desejo foi-lhe negado pelos governadores do reino. Pede ainda que lhe alcance a referida licença. Pretende servir numa corporação que tem a honra de e ter por chefe. Solicita o envio do Aviso para este fim, por seu irmão o [2.º] Conde de São Paio.
Informa dos efeitos que se fizeram sentir na sua casa a propósito da doação que Baltasar Jácome fez a Pedro Lopes Calheiros. Comunica as atitudes dos pretendentes ao seu cargo e roga a António de Araújo para que o deixe no seu lugar, o qual tem servido com o mais distinto zelo tal como em todos os que S.A.R. tem tido a bondade de lhe confiar. Pede que exponha o seu caso ao Conde de Aguiar. Informa da partida de António Fernando e de D. Clara para o Porto, destino que também seguirá em breve.
Depois de ter escrito ao "Exmo. Senhor conde da Barca como Prezidente Interino do Real Erario, e da Directoria Diamantina" dirige-se agora ao "velho Amigo Antonio de Araújo" para manifestar o seu desagrado pelo primeiro Avisoque o destinatário lhe enviou. Julgava que um homem de Estado nunca faltaria com a justiça de condenar um omem sem primeiro ouvi-lo. Diz-se vítima de uma cabala, armada propositadamente para os incompatibilizar. Acusa o presidente da Directoria Diamantina de querer fazer desaparecer "com hum golpe de pena" uma lei . Pede para ser imediatamente restituído ao seu lugar o Escrivão de Diamantes que foi suspenso pelo Intendente, caso esta suspensão tenha sido baseada unicamente em indícios. Caso contrário que remeta o seu processo à Directoria diamantina para se apurar o que mais convem ao serviço Real. Insurge-se contra as calúias que o vigário de Pitangui, filho do escrivão, elaborava na Corte no tempo do conde de Aguiar e que agora faz o mesmo com o destinatário. Apresenta os motivos pessoais que o levam a insurgir-se contra o padre e que por obséquio e obediência a S. Majestade esqueceu contra o pai dele, mesmo quando este viciava os livros e autos. Refere-se à conversa que manteve com o marquês de Aguiar sobre este assunto e que Manuel Luís bem conhece. Sugere que se deixe o escrivão dos diamantes regressar ao serviço e deixe de servir o Intendente. Neste sentido, pede permissão a S.A.R. para ir tratar de assuntos de sua casa que durante anos a fio ficaram esquecidos devido ao Real Serviço. No caso do destinatário não o protegerperante o exposto, requererá a sua aposentadoria com ou sem ordenado. Pede uma resposta com a brevidade possível. Em P.s. pede, ironicamente, ao dest. que se por acaso houver perdão geral em virtude da aclamação que não se esqueça de fazer menção aos extravadores de diamantes.
Informa que caso António de araújo não puder resolver a sua "preterição", apresentará a sua demissão. solicita o despacho para os empregos da sua repartição e se tiver que se deslocar para Lisboa que seja para o cargo de Presidente do Arsenal.
Apesar de já ter escrito no dia 6 do presente, volta a fazê-lo em virtude das notícias ultimamente recebidas. Lamenta que o seu nome não conste da lista de nomeações de Cônsules de Portugal que foi publicada nos jornais no dia 20 so corrente. Sustentando que "até aos estrangeiros parece estranho, que os agentes de uma nação sejaó escolhidos entre os que a ella naó pertencem". Vai fazer todps os esforços para ir a essa capital [do Rio de Janeiro]. Roga ao destinatário para que o empregue, por forma a não passar o resto da sua vida em mendigo depois de 16 anos injustamente expatriado, oprimido e atormentado. Comenta as mudanças verificadas no ministério francês e que se não se adoptarem outras medidas o Rei será mal servido. Circulam moedas com a efígie de Napoleão II, suspeitando-se que as mesmas são feitas em Inglaterra e na Aústria; grande circulação de proclamações e outros escritos incendiários; não há um só oficial da polícia que seja fiel ao rei; por todo o lado encontram-se indivíduos que, com palavras e distribuição de bebidas, procuram seduzir o povo tal como aconteceu umas semanas antes de Napoleão desembarcar em Cannes. Em face destes acontecimentos teme um acontecimento funesto para breve.
Pede a António de Araújo que seja o seu procurador na Corte e que lhe faça chegar as licenças de S.A.R. para o autor poder casar a sua filha Maria Emília com José Maria Brandão de Meneses. Em P.s. acusa o envio de uma carta do seu primo Pedro de Melo Breiner e informa quem são os seus parentes mais chegados na Corte e que podem fazer alguma representação se for necessário.
Repete a cópia da carta de 17 de Julho visto que não sabe se o inglês que estava encarregue de a entregar ao Ministro de Portugal em Londres o fez. Espera que António de Araújo Ministro da Marinha [e do Ultramar] no Rio de Janeiro tenha diferido as suas súplicas por forma a poder sair do estado de degradação em que vive. Reafirma a sua inocência perante o degredo de que foi vítima. Refere-se ao estado de desassossego que se vive em França, onde se sabe que aos filhos de Jacques de Molai espera a mesma sorte que os de S. Inácio de Loyola; onde os ministros servem mal o rei, os jacobinos uniram-se aos bonapartistas e marcham juntos apesar das diferenças ideológicas. O sentimento geral é o de anti-Bourbons. Solicita um sustento para compensar todos os prejuízos sofridos desde 1773 até hoje.
Na cópia da carta de 17 de Julho, o autor ignora se o destinatário recebeu os documentos que entregou, no dia 11 de Março, a Francisco José Maria de Brito para este os remeter ao Rio de Janeiro. Mal soube da chegada de Bonaparte a França, a 20 do mês passado, tudo fez para sair de Paris e ir para o Rio de Janeiro, mas não conseguiu ajuda de ninguém. Descreve todos os perigos que passou neste tempo em que o partidário de napoleão semearam o terror. Refere-se à tomada de St. Cloud e das Virtudes, à batalha de Issy no dia 2 do corrente, ao combate de Veaugerard na manhã do dia 3. Pede auxílio para ser empregue, e caso não consiga obter uma resposta às suas súplica até Outubro, partirá para o Brasil para apresentá-las pessoalmente.
Na última página está anotado o endereço do destinatário no Rio de Janeiro.
Solicita a António de Araújo de Azevedo que o recomende para o cargo de Intendente Geral da Polícia, caso o desembargador João dematos não o aceite. Informa do conteúdo do Aviso que recebeu do conde de Linhares.
Relembra as cartas que escreveu a António de Araújo em 27 de Agosto e 3 de Setembro em que lhe pedia protecção para ser nomeado Cônsul Geral de Portugal em Roüen e portos adjacentes, nos mesmos moldes em que já havia sido atribuído anteriormente a Eusébio de Sousa. No caso de não ser possível obtê-lo suplicava por outro qualquer escolhido pelo destinatário. Informa que a justificação para este pedido seguirá dentro de quinze dias, via Porto, com instruções para serem entregues a V. Exa. quer esteja no Brasil, quer esteja de regresso a Portugal. Espera ser atendido neste pedido e assim fazer desaparecer a vergonhosa mancha de uma inculpação injusta e um degredo não merecido. Defende que aos Cônsules não deveria ser permitido comerciarem em virtude de usarem o estatuto do cargo para introduzirem em Portugal fazendas de lei extraviadas aos reais direitos e preocuparem-se mais com os interesses pessoais do que com os dos vassalos do Príncipe-regente, principal razão para a sua nomeação. Este tipo de comércio sempre foi ruinoso para a indústria nacional impedindo o seu progresso ao introduzir a concorrência desleal.
Apontamentos para a legislação sobre as Sesmarias aplicáveis principalmente à Capitania do Ceará.
Em Anexo, possui uma relação, enquanto parecer jurídico, autógrafa de António de Araújo, da legislação existente sobre as Sesmarias, com incidência para as que são destinadas aos domínios do Ultramar.
Acusa a receção das cartas de António de Araújo. Tece considerações sobre a vinda da Corte para o Brasil. Informa dos diferendos que opõem os oficiais de justiça locais ao vigário do Sobral, das causas da demissão do secretário da capitania, Francisco Luís, da substituição do Ouvidor Galvão e das práticas do sucessor deste. Expõe a situação do irmão do vigário mártir, recomendado por António de Araújo. Informa das Sesmarias que estão abandonadas e que deveriam ser aplicadas na capitania do Ceará. Agradece o procedimento do conde da Galveias para consigo. Tece considerações sobre o cargo de Governador da Capitania, refere-se aos seus trabalhos, nomeadamente ao correio, fortaleza, levantamento da carta marítima da costa e de parte do interior. Louva o trabalho de Manuel ?Brigadeiro? e de José Rebelo. Comenta a "Memória sobre a febre amarela", manifesta desejo em ver a outra obra que António de Araújo lhe enviou. Comenta a ação do destinatário perante as atitudes do [Abade] Correia e as causas de não lhe ter escrito. Envia felicitações pelos acontecimentos político-militares ocorridos na Europa.
Remete ao Conde da Barca a Gazeta Ministerial de Buenos Aires, onde o Congresso ordenou ao Director Supremo daquela capital que não declare guerra nem se compromete-se com a Corte do Brasil, mas que uniformizasse os seus procedimentos aos que Governo do Rio seguisse para com Buenos Aires. Pede ao destinatário que "tem em bastante consideração os intereçes dos Portuguêses", para aproveitar esta oportunidade e promover ali o restabelecimento do comércio português e acabar com os embaraços que a navegação portuguesa tem sofrido pelos estrangeiros. Acrescenta que sabe que as pessoas mais sensatas daquele país têm reprovado algumas expressões pouco decorosas de algumas das Gazetas de Buenos Aires, o que não é fácil de suster devido à liberdade que ali existe. O autor, espera que o Conde da Barca lhe perdoe o zelo, talvez indiscreto, e que o considere nonúmero daqueles que aguardam ansiosamente pelo resultado do plano actualmente em execução.
Informa que já escreveu depois da sua chegada dos Açores. Torna a fazê-lo, aproveitando a ida de Francisco Weilhausen ao Brasil, para apresentar a S. Majestade o ofício "encommendatizio" do Rei da Sardenha de Junho de 1816. O autor informa que pretende regressar a Turim onde os interesses da sua família e o dever lhe proporcionam meios de descançar com tranquilidade. Contudo, informa que até agora nada recebeu do Brasil, mas D. Miguel Pereira Forjaz já comunicou à Corte de Turim que assim que chegar a necessária autorização o a. poderá empreender o regresso ao seu país. Informa que amanhã escreve para o Conde D. Prospero Balbo a anunciar que tomou a liberdade de se fazer lembrado junto do Conde da Barca.
Acusa a receção de notícias de António de Araújo de Azevedo, por mão do sobrimho Manuel de Paiva Ribeiro, e fica sensibilizado por ver que "a saude de V. Exca. tem sido perturbada consideravelmente pella doença". Comunica que com o falecimento recente da sua mãe e irmã, a quem tinha de assistir, tem convencionado para breve o casamento com D. Ana Amália de Melo, filha de D. Ana Perpetua de Barros e Melo viúva de António Teixeira de Melo, naturais do Porto. Convida o destinatário para Padrinho do baptismo caso Deus felicite este "consorcio com sucessão".
Satisfazendo a recomendação de António de Araújo de Azevedo, remete a caertidão do último lugar que acabou de servir em barcelos e que vai incorporado com outras no requerimento que segue em anexo. Em P.s. pede protecção para a Memória junta por assim lho ter solicitado o autor da mesma.
Remete ao Conde da Barca os impressos que recebeu ontem.
O autor, sargento mor do 2.º Regimento de Milícias dos Indios da Capitania de Maranhão, solicita a S. Majestade a graça de o nomear para Comandante da Fortaleza de Santo António da Barra ou para o posto de Ajudante de Ordens de Estado da Capitania do maranhão com a patente de Tenente Coronel do estado Maior do Exército, com os soldos competentes.
O autor, Manuel Rodrigues Ponsadilha, Sargento-mor e Comandante Interino do 2.º regimento de Milícias dos Indios da Capitania do Maranhão, leva à presença do Conde da Barca um requerimento que já fez chegar à presença de Sua Majestade por intermédio do Ministro da Guerra em 8 de março de 1811. Informa que o mesmo Ministro lhe comunicou que o despacho seria enviado ao Governador do Maranhão, o que entretanto não aconteceu. Em virtude de não ter procurador na Corte, o autor solicita ao Conde da Barca que mande encontrar o requerimento na referida secretaria e que o promova junto do monarca, caso contrário ver-se-á na contingência de pedir um Aviso para se deslocar pessoalmente à Real Presença o que ainda não fez em virtude de estar há nove anos no comando interino do seu regimento por falta de dois oficiais superiores. Diz que se por acaso quiser recolher informações sobre si, que uestione os Grandes da Corte e os marqueses de Penalva e de Alegrete que o criaram e educaram.
Transcreve a sua carta de 27 do mês passado, que enviou pelo conde de Palmela. Espera que os seus pedidos sejam aceites como indemnidade das diversas perdas sofridas em consequência do desterro injusto de que foi vítima. Sustenta que sempre foi um vassalo fiel de S.A.R. e informa que enviará, pela via de Portugal, os documentos referidos na carta anterior e que comprovam os motivos que o retiveram na França como também o seu cuidado pelos interesses da Coroa. Informa que este "hemisfério" ainda não está tão tranquilo como se esperava em Abril e que as pessoas desejam a chegada do Inverno.
Informa que não conseguiu empreender o regresso a Portugal, autorizado pelo Aviso que o destinatário lhe enviou, devido ao facto de não ter dinheiro para pagar a viagem, apesar de ter efectuado diligências junto do testamenteiro de seu pai que foi sócio das Pescarias em Montegordo e Administrador das Reais Obras da fundação da Vila Real de Santo António até Março de 1778, e depositário da sua fortuna. Só em Novembro de 1808 é que recebeu a letra de câmbio, mas a falta de navio impediu-o de regressar. Por terra não se atreve a fazer a viagem devido às circunstâncias actuais. As dificuldades com o passaporte, as dívidas acumuladas que o colocam na ruína, sem trabalho e sem amigos, a convalescença da terrível doença que o atacou já este ano foram os principais motivos de não ter regressado. Em breve enviará todos os documentos que comprovam esta situação. Manifesta a sua total fidelidade ao rei, apesar de ter estado sujeito ao terrível captiveiro juntamente com os portugueses que residem em Paris. Expõe todo o sucedido à fortuna de seu pai e após a prisão do autor, em 4 de Março de 1779, motivada por uma falsa acusação da sua mulher e irmãos esta que fez reavivar antigos ódios do Intendente Geral da Polícia que o submeteu a uma intensa vexação pública antes de o desterrar como um verdadeiro criminoso. Solicita ao destinatário, único protector que tem, que lhe alcance a nomeação para Cônsul Geral de Portugal em Rouen e Departamentos do Norte do mesmo modo que foi feito a Eusébio de Sousa.
Agradece as expressões que António de Araújo de Azevedo lhe enviou pelo seu consorte. Oferece alguns frutos originários de Portugal.
Aviso premiando a ação [do Governador do Ceará], [Manuel Inácio de Sampaio] no estabelecimento e bom funcionamento do Correio.
Na sequência do ofício de 9 do corrente do encarregado de negócios de S.M.B., em que este pedia a soltura e a punição dos oficiais de saúde pelo abuso cometido sobre João Kruce, capitão do navio inglês de corso e de comércio denominado "Herald", participa a António de Araújo de Azevedo os motivos da prisão, no Lazareto da Trafaria, do referido João Kruce, bem como todo o sucedido posteriormente.
Proposta de prestação de serviços dirigida ao Governo português, onde o autor disponibiliza-se para introduzir e supervisionar as máquinas de dscaroçar o algodão, de limpar o trigo e a cevada, de moer a farinha, de fiar a lã e o linho, etc.. Contém as contrapartidas exigidas pelo autor para o efeito.
Na sequência da sua primeira carta, em que expunha as desgraças que a Invasão francesa produziu nesta província, pede a António de Araújo de Azevedo para as suas dependências e para as do seu irmão António de Sousa Pires Alves, que é correspondente do destinatário. Foi informado que D. Clara Vitória de Araújo intercedeu, por moto próprio, a seu favor junto do destinatário e refere que a sua pretensão em ser promovido a um dos lugares da Relação do Porto ou a qualquer outro da mesma cidade com esta graduação, visto que o cargo que ocupa finda em 6 de Abril de 1811. Se acaso o destinatário tiver intenção de protegê-lo o autor predispõe-se a enviar requerimento documentado. Informa que o seu irmão pretende cobrar as dívidas que o tenente José António da Costa Guimarães tem para com ele e que apesar de já ter sido notificado nuncaefectuou qualquer remessa. Pede ao destinatário que o chame e o advirta da necessidade do pagamento. Em P.s. pede o mesmo patrocínio para Bernardo Gomes Souto.
Informa que se associou com outras pessoas para prosseguir os Planos concertados com governo. Solicita a [António de] Araújo [de Azevedo], Ministro dos Negócios Estrangeiros, que lhe sejam entregues os fundos por forma a satisfazer as suas obrigações.
Agradece a carta de António de Araújo de Azevedo datada de 15 de Janeiro, a qual recebeu por mãos de D. Clara Vitória de Araújo. Agradece o empenho de D. Clara a seu favor e a protecção do destinatário. Envia, por isso, o seu requerimento documentado, onde pede um dos lugares de Desembargador da Relação do Porto ou da Vara do Cível ou da Vara do crime, ou aindauma Conservatória da mesma cidade. Pede ao destinatário que, pelo conhecimento incluso, mande receber uma "lembrança das produçoens deste Paiz" que segue em mão do portador desta carta José de Sousa Reis Fernandes, que é parente do autor.
Solicita a [António de] Araújo [de Azevedo], Ministro dos Negócios Estrangeiros, que lhe providencie fundos para o seu sustento e um passaporte para mandar o seu primo John Scott para Paris. Refere-se às máquinas inventadas pelo seu irmão John Milne.
Como escreveu há pouco tempo e a carta ficou retida por falta de embarcação, volta a fazê-lo para aproveitar o Navio que está a sair de Viana. Participa a António de Araújo de Azevedo, Conselheiro de Estado, que os seus papéis sobre a pretensão do lugar da Relação do Porto estã parados na Mesa do Desembargo do Paço onde ainda nem forma submetidos à consulta, apesar das recomendações que António Fernando efectuou quando esteve em Lisboa. Alerta para o facto de não poder ser a Mesa a contemplar os seus serviços porque só a S.A.R. compete remunerá-los. Informa que já está consultado um Bacharel para o lugar que serve e que já foi enviada para o Rio para ser confirmada. Pede, se acaso a sua pretensão não for aceite, para ser reconduzido no actual cargo com posse na Relação do Porto, ou de Juiz do Crime da mesma cidade, cargo que se encontra vago.
Na última página está anotado o endereço do destinatário no Rio de Janeiro.
Dirige a S.A.R. uma proposta para proceder à montage de manufacturas para descascar a cevada. Possui indicações biográficas e as condições exigidas pelo autor para efectuar o trabalho.
Lamenta que após ter recusado várias propostas mais vantajosas, o Governo português não tenha dado seguimento à aprovação manifestada pelo príncipe-Regente para estabelecer as máquinas do autor em Lisboa. Como consequência desta situação reclama [a António de Araújo de Azevedo], Ministro dos Negócios Estrangeiros, uma indemnização de cinco mil libras e informa que pretende regressar à França.
Propõe a S.A.R.estabelecer em Portugal uma manufactura em grande escala para fiar algodão por água ou por outro meio, com as máquinas inventadas por seu pai, John Milne e que são conhecidas por "Milne's Perpetual Spining Machines". Possui as contrapartidas exigidas pelo autor.
Tradução para português da proposta de prestação de serviços em que o autor, Thomas Milne, propõe a S.A.R. "erigir, ou fazer erigir em Portugal sobre hum grande plano, huma manufactura para fiar o algodão por agua, ou utros agentes, com aquellas Máquinas que forão inventadas por seu pai, conhecidas pela denominação de Máquinas perpétuas de fiar algodão de Milne [...]". Possui as contrapartidas exigidas pelo autor.
Projecto para o Estabelecimento do Correio entre as Capitanias de Ceará e de Penambuco.
Manifesta o seu desconhecimento pela aprovação ou não do seu trabalho [enquanto Governador do Ceará], por parte do Conde de Aguiar e do Conde das Galveias. Agradecendo os constantes incentivos de António de Araújo, informa das medidas aplicadas para o estabelecimento do correio e do recomeço da aula de matemática, iniciada pelo seu antecessor. Apesar de seguir "à risca" a recomendação do Conde de Aguiar, Sampaio manifesta a sua insatisfação pelo estado lastimoso da justiça local e expõe as medidas que aplicou face à prisão de um vigário pelo Ouvidor local. Informa das exportações de algodão e mantimentos efetuadas a partir daquela capitania e que conhece as notícias atuais "pelas mentirosas vagas que vem de Pernambuco", visto que aqui não tem acesso a nenhuma gazeta.
Informa do requerimento de José de Castro Silva o qual está dependente da aprovação do conde de Aguiar. Acusa a receção da carta de António de Araújo datada de 10 de Novembro. Louva a atitude patriota do Abade Correia [da Serra] e opina sobre outros assuntos como a construção de pavilhões, porcelana e capacidade produtiva do Brasil. Informa da receção de ordens para o aumento do fundo do banco do Brasil e dos efeitos que estas produziram na Capitania do Ceará e Pernambuco. Comenta o alcance do alvará de 20 de Outubro, a conjuntura política internacional e os decretos do Príncipe-regente relativos ao Tratado de Comércio [de 1810]. Lamenta a deficiente difusão interna das determinações régias e manifesta a sua intenção em continuar a respeitar as recomendações de António de Araújo e do conde de Aguiar, apesar das dificuldades que sente em trabalhar com os Ministros [locais]. Queixa-se dos procedimentos do Juíz de Fora e demais oficiais de justiça e informa que só dará parecer sobre esta situação quando for solicitado. Tece considerações sobre as várias espécies que ali se cultivam.
Informa que ainda não recebeu a carta de António de Araújo de 17 de Novembro, supondo que a mesma esteja perdida. Solicita ao destinatário que entregue a carta inclusa ao barão de São Lourenço, [Membro do Conselho da Fazenda], e que interceda junto deste a fim de conseguir a autorização necessária para o Governador do Ceará aplicar os dinheiros cativos destinados aos "Restauradores de Portugal" e ao pagamento do resgate dos "cativos em Argel", na reparação da fortaleza do Ceará. Mais informa que a junta da Fazenda local não possui autoridade para tal e que a obra tem avançado com os donativos de particulares. Lamenta, uma vez mais, as condutas do Juiz de Fora e do Ouvidor daquela capitania e comunica que continua a seguir as recomendações de António de Araújo e do conde de Aguiar.
Acusa a receção da carta de António de Araújo. Comenta o remoque de Pedro Grande. Tece comentários sobre o estado da justiça em várias capitanias e expõe as medidas tomadas para evitar o mesmo flagelo no Ceará. Informa da consolidação do Correio para Pernambuco, da promoção das exportações para Lisboa e das obras feitas na capitania do ceará, do caráter dos povos locais, das lutas entre governadores e oficiais da justiça. Elogia o trabalho feito pelo seu predecessor José Carlos. Concorda com o destinatário na aplicação dos fundos embora explique a sua posição. Solicitou por ordem do Ministério o aumento do património do banco e dos donativos para concluir a fortaleza local. Explica o processo de receção de vencimentos; agradece a amostra de aguardente de pau de chocolate. Informa da repreensão do conde de Aguiar ao Juiz de fora [desta capitania]. Remete incluso o Aviso do conde das Galveias. Fala do correio, agradece as remessas do "Patriota", solicita ao dest. que lembre a Lord Strangford um exeplar da tradução das obras "Arte Política" e "Ensaio sobre a crítica de Passé". Informa que deu o recado ao secretário [Francisco Luís]. Felicitações pela vitória na "Batalha de Vitória". Pretende regressar a Portugal. Em P.s. informa que chegou o privilégio do Foro para os milicianos, faltando apenas estendê-lo aos oficiais superiores das ordenanças ou pelos menos aos capitães-mores.
O A., José Correia da Serra, acusa a receção de duas cartas de [Manuel Inácio de Sampaio]. tece comentários sobre a Europa e sobre a sua vida pessoal. Informa que partirá em Novembro para os Estados Unidos e que lhe escreverá de Filadélfia. Comunica o que pretende fazer com os seus bens pessoais que tem em Paris e lamenta o seu destino e a posição da pátria consigo.
Informa que as duas cartas de António de Araújo de Azevedo datadas do primeiro de Maio passado confirmaram a sua resolução de suspender as remessas de carne assim que soube que o produto estava a ser vendido no Rio de Janeiro a baixo preço. Pede ao destinatário que mande receber as seis tábuas e os três toros de pinho, que servem para forrar as casas como é uso nesta capitania. Informa que tem trabalhado para coligir os "Annaes deste paiz até o fim do anno de 1809, rematando-os com a sua Estatística"., e para o qual possue um Mapa Corográfico,reduzido pelo Tenente Coronel José de Saldanha. Em virtude das impressões serem muito caras no Brasil, o A. pergunta se o António de Araújo, enquanto protector das ciências e dos conhecimentos utéis, se poderia proteger a impressão deste opúsculo em Portugal ou em Inglaterra. Providenciaria os meios para a despesa.
Informa António de Araújo de Azevedo que completou o moinho de mão para elevar as àguas. Julga que o mesmo trará benefícios para a agricultura, desde o mais pequeno estabelecimento campestre até aos sítios reais, e que até se possa simplificar a Máquina de Marly. Remete, em anexo, a Memória respectiva e a tradução em francês. Pede o envio de um Mestre Carpinteiro do Arsenal de Lisboa para o observar e poder construir um em Lisboa para que S.A.R. o veja e caso o aprove, que recomende a sua ultilização ao público.
Sabendo do interesse do destinatário por tudo o que possa contribuir para o bem estar da humanidade, participa a António de Araújo, Ministro e Secretrário dos Negócios Estrangeiros e da Guerra, os resultados obtidos na defumação nítrica segundo o método do Dr. Smith.
Solicita a António de Araújo o retrato de S.A.R. o Príncipe [regente, D. João] para ser colocado na Casa do Botafogo.
Lista dos Números para Conhecimento dos Planos.
Oferece a [António de Araújo de Azevedo] os planos dos edifícios da fábrica da pólvora da Lagoa de Freitas "tanto por ser huma obra Real como por ser devedora a factura della ao auxilio de V. Exa.".
Informa que embarcou na Sumaca "Gloria" a segunda remessa de 40 arrobas de cane seca que o destinatário tinha encomendado. Pelo conhecimento incluso verificará a remessa feita no princípio do mês passado pelo Bergantim "Negrinho". Oferece um barril de línguas sovadas. Em P.s. informa que o preço de cada arroba, desta segunda remessa, é igual ao daprimeira e que o vendedor lhe pediu que opagamento fosse feito na Corte a João Prestes de Melo.
O autor, Mestre do Bergantim Negrinho, transporta, a pedido de Feliciano Fernandes Pinheiro, 40 arrobas de carne para entregar no Rio de Janeiro a António Luis Dantas Coelho.
O autor, [Sargento-mor do Real Corpo de Engenheiros], em consequência das suas observações comunica a António de Araújo de Azevedo os meios necessários para levar a cabo as investigações preliminares do projecto da obra de Oeiras.
Pede auxílio [ao Conde da Barca] porque a sua situação é muito precária e não tem meios para pagar as dívidas. Solicita ao destinatário que apresente o requerimento incluso a Sua Majestade.
Comentários jurídicos sobre eclesiásticos revoltosos.
Satisfazendo a encomenda de António de Araújo de Azevedo, informa-o da remessa pelo Bergantim "Negrinho" de dez quintais de carne seca de excelente qualidade. Informa que mediante as instruções de 20 Janeiro passado. Fica a aprontar igual remessa para seguir na Sumaca "Gloria". Aconselha-o a orçar o conseumo anualda família para poder efectuar a compra total ao próprio fabricante no tempo da safra poque assim ganharia em preço e em qualidade.
O autor informa António de Araújo de Azevedo, [Presidente da Real Junta] da Agricultura, Fábricas e Comércio, as suas observações sobre as pragas que assolam os olivais. Remete a "Memória sobre a Ferrugem das Oliveiras" da autoria de Vicente Coelho de Seabra.
Possui, em anexo, uma nota autógrafa de António de Araújo de Azevedo, sobre a remessa feita pelo Marechal de Campo, de uma Máquina hidráulica e da licença a favor de um soldado do regimento de Artilharia do Alentejo.
Comenta as observações barométricas e trigonométricas que tem vindo a fazer na capitania do Ceará. Comenta as características da vegetação e areia locais.
Recomenda o Capitão Luciano Miguel da Silva, do Bergantim Mãe de Deus, 1.º Tenente honorário da Real Armada, para a sucessão no cargo de Patrão-Mor na Ilha de São Miguel, cujo detentor é o principal responsável pela perda de navios nesta costa, conforme constatou neste ano de "ocular experiência".
Informa da sua chegada a Lisboa no dia 28 de Novembro, vindo de São Miguel. Lembra a carta que lhe escreveu antes de partir da ilha, visto que cumpriu a diligência efectuada na dita ilha, conforme atesta a memória de 10 de Junho de 1814. Deseja gozar alguma contemplação em virtude dos serviços prestados. Manifesta a sua prontidão para o real serviço.
O autor, Mestre do bergantim Negrinho, transporta, a pedido de Jose Feliciano Fernandes Pinheiro, 40 arrobas de carne para entregar no Rio de Janeiro a António Luís Dantas Coelho.
Informa que chegou esta manhã de Oeiras e apresenta os cumprimentos de D. Mariana. Tece comentários sobre os muitos trabalhos que exige a obra que tem em curso, a qual julga estar ao gosto do destinatário. Em breve remeterá mais explicações sobre a mesma.
Informa António de Araújo de Azevedo dos motivos pelos quais não pode satisfazer a encomenda de carne seca de 15 de Junho passado.
Expõe os serviços prestados a S.A.R. e algumas circunstâncias que o levam a pedir a protecção de António de Araújo para escolher alguma graça de S.A.R., no modo que o destinatário determinar, conforme a carta oficial da Secretaria, datada de 14 de Dezembro de 1813, o habilitava.
Solicita a protecção de António de Araújo para obter o cargo de tradutor junto do governo do Rio de Janeiro.
Os autores, mercador inglês da praça de Lisboa, atestam em favor da residência em Lisboa e da boa conduta de Elias Sanguinetti. Possui o reconhecimento das assinaturas pelo Vice Consul britânico em Lisboa William Williamson.
Suplica a António de Araújo, [Min. da Marinha e do Ultramar e Conselheiro de Estado no Brasil], a mercê de "beijar a Real Mão do Príncipe-Regente" em sinal de agradecimento pela autorização que possibilita o seu regresso ao reino. Solicita a António de Araújo, como "Filósofo Christão", a promoção do seu requerimento na Real Presença onde pede a aposentação em Agravos ou em um dos Tribunais Maiores com o ordenado por inteiro em virtude do "miseravel estado de saude".
Anuncia o seu regresso a Portugal dentro de quatro dias. Renova as súplicas, já expostas na última carta, para obter a proteção de António de Araújo, [Min. da Marinha e do Ultramar e Conselheiro de Estado no Brasil], junto de S.A.R..
O autor, [Agente diplomático da Suécia em Portugal] [barão de São George em 1862], invocando a "attenção que sempre deo as Reprezentações do meu pai [João Alberto Kantzow], actual Enviado da Suécia nos Estados Unidos, apresenta a [António de Araújo de Azevedo] dois assuntos: a ordem de Carlos XIII para levantar e remeter à Junta do Comércio em estocolmo a importância dos emolumentos que [João] Firmino van Zittart, [agente diplomático da Suécia em Portugal], tinha exigido indevidamente aos capitães de navios pela saída das embarcações do porto, cujas importâncias encontram-se no Depósito e e mãos particulares; e a confirmação da sua patente para poder nomear os Vice consules e os Consules Deputados nos portos deste reino.
Relação das pessoas que se mandam vir da Alemanha para a exploração das mainas de ouro da Capitania de Minas Gerais, e para o s trabalhos da Real Fábrica de ferro de Sorocaba.
Sugere a [António de Araújo de Azevedo], as formas de aumentar o património real através da utilização dos combros das praias da capitania de Pernambuco; da criação de Direito Real para as barças, semelhante a outras embarcações; do pagamento da siza Real sobre os jumentos como se fazem aos escravos; da inclusão do Pau de tatajuba ao Pau Brasil no Contrato Real; do pagamento das areias que actualmente são retiradas gratuitamente do rio Capibaribe; da criação de uma Santa Casa da Msericórdia e hospital. Solicita a protecção do destinatário para alcançar um benefício para passar o resto da vida. Em P.s. informa que serviu gratuitamente a S.A.R. conforme atesta o documento em anexo.
Possui um atestado, datado de 24 de Maio de ?1709?, Pernambuco, de José Roberto Pereira da Silva, Coronel do regimento de Infantaria do Recife de Pernambuco, onde comprova que Luís Justo Santiago serviu gratuitamente a S.A.R. no posto de soldado a partir de 4 de Janeiro de 1779.
Acusa a receção da carta de António de Araújo datada de 9 de Abril. Agradece as boas disposições em seu benefício e informa que recebeu notícias do Padre castro, no mês de Maio, o qual solicitou licença para se deslocar a Lisboa, por motivo de serviço público de muita importância. Comenta o estado político da Espanha e as extraordinárias vitórias dos nossos exércitos. Alerta para as repercussões que a guerra poderá ter no panorama político português.
Informa da tomada de posse do ouvidor Carvalho e das regras que este impôs e que alterou o que já estava feito. Informa de como decorreram as audiências com os oficiais de patente reprimidos por Carvalho. Expõe os seus receios devido a esta nomeação. Mostra arrependimento em ser Governador, apesar de ser um cargo honroso. Enviará os documentos que permitirão ao destinatário conhecer toda a verdade. Informa da partida de José Rebelo para a Corte para defender o povo do Ceará. Solicita a António de Araújo que se debruce sobre este assunto. Recomenda Luís Manuel de Moura Cabral para Ministro local.
O A., [...], solicita ao dest. que ouça e proteja o vigário do Sobral que está a caminho da Corte a fim de saber toda a verdade sobre os factos ocorridos na capitania. Denuncia as práticas fraudulentas na Relação do Distrito. Reafirma a sua inocência e diz que tem pago bem a protecção dada ao vigário do Sobral.
Solicita ao destinatário que ouça José Rebelo, portador dos documentos comprovativos dos factos passados na capitania. Manifesta desejo em concluir a carta geográfica da capitania e a fortaleza e em deixar o correio bem radicado e por conta da Real Fazenda. Informa do que pretende fazer assim que tiver sido nomeado o seu sucessor. Remete carta da capitania, que está inacabada devido às condições climatéricas. Informa da conclusão do método trigonométrico astronómico que permitirá levantar a carta de toda o Brasil. Em P.s. refere-se à sua proposta sobre novos juízes de fora.
O autor, Capitão do 1.º Regimento de Voluntários Reais, queixa-se das injustiças praticadas pelo Tenente Coronel José Claudino e das acusações que são imputadas ao autor. Remete a sua defesa e solicita ao [Conde da Barca] que mande proceder a uma indagação daquilo que se passa, caso contrário cairá vítima de uns homens que, de propósito, procuram a sua desgraça.
"N.º 19": carta de Cham-Pao-Chai ao desembargador de macua Miguel de Arriaga Brum da Silveira onde agradece ao destinatário "pelas boas expressoens, com que nos falla" e manifesta a sua intenção em obedecer ao Suntó Vice-rei de Cantão.
O autor, Consul Geral de Portugal em Génova, transcreve a carta que enviou, em 24 de Agosto de 1814, a António de Araújo de Azevedo, Conselheiro de Estado e Ministro da Marinha e do Ultramar no Rio de Janeiro, onde informava da vitória do exército inglês sobre Napoleão, restituíndo novamente a Génova a qualidade de républica; dos ofícios que enviou para Lisboa em 21 e 29 de Abril de 1814, julgando que António de Araújo ainda era o Ministro dos Negócios Estrangeiros; que só com o regresso do Rei da Sardenha é que soube de notícias de Lisboa por Rodrigo Navarro de Andrade, que acompanhou o primeiro na qualidade de encarregado de negócios de Portugal; felicitava o destinatário por ter sido nomeado Ministro da marinha e do Ultramar; pedia protecção para receber o quantitativo das três listas de despesas referentes ao ano de 1807 e que estavam a cargo da Real Fazenda, porque neste período era António de Araújo o responsável. Em 3 de Julho de 1815, o A. pede o amparo do destinatário para receber o pagamento das três listas que estão a cargo da Real Fazenda. Informa que a Républica de Génova, com o Congresso de Viena, foi abolida tendo passado a Ducado ficando sob domínio do Rei da Sardenha, a quem foi no passado mês de Fevereiro apresentar os seus cumprimentos. Informa que recebeua surpreendente notícia da completa vitória dos Aliados sobre Napoleão Bonaparte, nos dias 17 e 18 de Junho último, e que o mesmo viu-se obrigado a fugir para Paris, mas que ainda não foi destituído. Dizem que abdicou do Império a favor de napoleão II, seu fliho.
"N.º 20": Carta de Cham-Pao-Chai ao desembargador de Macau, Miguel de Arriaga Brum da Silveira, onde manifesta os seus receios em conduzir a sua esquadra ao porto de Macau. Solicita ao dest. que informe ao Suntó Vice-rei de Cantão que o A. o aguardará em Pu-Yun-Xa para receber instruções. Fala das embarcações, apetrechos de guerra e das gentes que se acha debaixo do seu comando.
Felicita o conde da Barca por se achar restituído da sua saúde.
"N.º 17": Carta de Cham-pao-Chai e Cham-Gam-pam ao Desembargador de Macau Miguel de Arriaga Brum da Silveira onde manifesta a sua vontade em se render e solicita ao destinatário que queira alegar razões para minha defesa.
O autor, Capitão da 2.ª Companhia de Gros. do 1.º Regimento, apresenta a sua defesa ao Presidente e mais vogais do Tribunalde Justiça, contra as acusações e actos praticados contra si pelo Tenente Coronel António José Claudino.
"N.º 18": Chapa de Cham-Pao-Chai ao Desembargador de Macau Miguel de Arriaga Brum da Silveira, onde fala da representação feita pelos mercadores de Macau contra si e pede ao dest. para "fazer diligências possíveis, para que venha a ser concluída esta dependência que teve princípio no zelo e cuidado de Vossa Senhoria" e que no caso de abandoná-la, o A. informara que reputará por "falsidade, e enganos tudo o que dantes se tem dito, e declarado".
"N.º 23": Carta Régia ao Imperador da China. Pretendendo continuar a correspondência entre "esta Coroa, e esse Imperio", El-rei [D. José] apresenta o ministro plenipotenciário José Inácio de Brito Bucarro Castanheda.
"N.º 22": Exposição dos mandarins da casa branca, resultante da averiguação sobre o estado de Macau enviada ao Desembargador de Macau Miguel de Arriaga Brum da Silveira.
O autor, [Conde em 1818], participa a António de Araújo de Azevedo que foi nomeado pelos Govrnadores do Reino, Enviado Extraordinário à Corte de Turim para, em nome do Príncipe-Regente, felicitar o Rei da Sardenha pela sua restituição ao Trono, à semelhança daquilo que fêz o Marquês [de Castelo-Melhor], Reposteiro-Mor, com S.M. Católica [Fernando VII de Espanha], e o Marquês [de Marialva], Estribeiro-Mor, a S.M. Cristianíssima [Luís XVIII de França]. Comenta as circunstâncias em que empreenderá a viagem e pede ao destinatário que as apresente a S.A.R. [D. João, Príncipe-Regente].
Agradece as cartas que António de Araújo, Ministro Plenipotenciário em Haia, lhe enviou em 11 e em 26 de Janeiro e prontifica-se para executar os seus pedidos. Informa que os maços e cartas que vinham inclusas e que eram dirigidas à Corte seguiram no régio paquete ?Both?, correio de Espanha pela via de Barcelona, mas que agora tem existido dificuldades devido ao mau tempo e vento contrário que já provocaram a falta de seis correios. Transcreve os preços dos livros que António de Araújo lhe tinha solicitado e prontifica-se para se encarregar da compra e do envio dos escolhidos. Em P.s. informa que na sequência da advertência do destinatário, já começou a lançar na lista da secretaria, o porte das cartas. Agradece o aviso a seu favor junto de Luís Pinto.
Diz que pelo Correio de Espanha recebeu uma carta e um ofício do secretário de Estado Luís Pinto de Sousa dirigidos a António de Araújo, Ministro Plenipotenciário em Haia, pedindo que acuse a sua receção. Como os "Negocios pela via de terra vao tomando milhor regulamento" espera poder, em breve, expedir a encomenda de livros.
Discurso pronunciado pelo Visconde Armador Mór na entrega das suas credenciais ao Rei da Sardenha pela feliz restituição ao trono.
Acusa o envio do moinho económico que António de Araújo de Azevedo permitiu que se construísse na Praça, para o Almoxarife do Arsenal Real de Munições de Guerra de Lisboa. Pede ao destinatário que o mande apreciar por homens entendidos e que seja manejado por um bom moleiro para produzir em qualidade e quantidade. Diz que o mesmo já foi experimentado tendo obtido bons resultados. Espera que seja de grande utilidade pública.
O autor, Bispo, [de São Paulo], [entre 1794 e 1824], recomenda à protecção de António de Araújo de Azevedo, [Ministro da Marinha e do Ultramar], o portador da carta o Padre Lourenço da Costa Moreira.
O autor, Bispo, [de São Paulo], [entre 1794 e 1824], roga a António de Araújo de Azevedo, [Ministro da Marinha e do Ultramar], que faça "todo o favor possivel" ao Desembargador Miguel Marcelino Veloso Gama que vai para a Relação do Maranhão.
O autor, Bispo, [de São Paulo], [entre 1794 e 1824], recomenda ao Conde da Barca, [Ministro da Marinha e do Ultramar], o Padre José da Costa ?Vilinça?, natural do Arcebispado de Braga e que "foi da minha Familia".