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Biography or history
Foi 1.º Conde de Povolide Tristão da Cunha de Ataíde e Melo (1655-1722), filho de Luís da Cunha e Ataíde, 9.º senhor de Povolide, comendador da Ordem de Cristo. Herdou a casa de D. Nuno da Cunha de Ataíde, conde de Pontével, seu tio. Era senhor de Castro Verde, comendador da Ordem de Cristo, alcaide-mor de Sernancelhe, provedor da Misericórdia de Lisboa e do Conselho de Sua Magestade. D. Luís Vasques da Cunha Ataíde, filho do anterior, da Casa do Infante D. António, capitão de infantaria de um dos regimentos da Corte em 1735, presidente da Junta do Tabaco em 1749, 2.º Conde de Povolide, casou com D. Helena de Castelo Branco, filha dos Condes de Valadares, cabendo ao filho de ambos, D. José da Cunha Grã de Ataíde e Melo, o título de 3.º conde. Este último foi gentil-homem da câmara da rainha D. Maria I, governador e capitão general de Pernambuco e Baía em 1768, presidente do Senado da Câmara de Lisboa e governador do Brasil de 1769-1774. O 3.º Conde de Povolide casou com D. Maria da Silva, filha dos 6os Condes de Aveiras e 1os Marqueses de Vagos.O 4.º e último Conde, D. Luís José da Cunha Grã de Ataíde e Melo, tenente coronel, comendador da Ordem de Cristo, faleceu sem geração, em 1833. A representação da Casa passou para a de Valadares pelo casamento de D. Maria Helena da Cunha, irmã do último Conde de Povolide, com D. Pedro António de Noronha, 8.º Conde de Valadares, gentil-homem da rainha D. Maria, chefe de divisão da Armada Real, comendador da Ordem de Cristo. Tendo o 9.º Conde de Valadares falecido sem geração, a representação das Casas de Povolide e Valadares passou, em 1861, para a dos Marqueses de Vagos e Condes de Aveiras.O património da Casa de Povolide integrava bens em Povolide, Castro Verde e Paradela, junto a Mogadouro; os reguengos de Cais, Passos e Moimenta, junto, respectivamente, de Azurara, Ceia e Trancoso; a Quinta de Barda, junto de Abades; casais no termo de Pinhel, Codeceiro e Vale de Madeira; apresentações da igreja de Povolide e da abadia de Santa Maria de Trancoso. Integrava o Morgado dos Grãs, o Morgado de Ataíde, o Morgado das Vidigueiras e comendas várias: São Cosme de Gondomar. São Mateus de Coimbra, Santa Maria de Montalvão, Santa Marta de Bornes e Santa Maria de Castelo Novo de Alpedrinha, São Vicente de Abrantes.
Content and structure
Scope and content
Inclui documentos de carácter genealógico e comprovativos de mercês recebidas, da posse e aquisição de direitos, bens e respectiva administração (alvarás régios, patentes, decretos, nomeação para cargos, doações, dotes, escrituras de casamento, certidões, testamentos, partilhas, compras, vendas, escambos, aforamentos e relação de foreiros, emprazamentos, instituição de vínculos e capelas, para além de tombos de bens e documentação vária relativos aos diferentes morgados e comendas, róis de propriedades, pleitos, sentenças, certidões, relações de credores, recibos, etc. Reporta-se a Lisboa, Povolide, Atouguia da Baleia, Trancoso, Fonte do Louro, Évora, Casal de Santinheira, Tinhoseira, Azeitão, Pinhel, Paradela, Santar, Peniche, Loures, Santarém, morgados de Santa Maria de AntimesMoimenta da Beira, Cães de Baixo.Integra ainda relações de dinheiro, jóias, pratas, louça, mobiliário, roupas (c. 1781-1904) e um livro de contas do Conde de Valadares, enquanto herdeiro da Casa de Povolide.Refiram-se, ainda, as memórias do 1.º Conde de Povolide, Tristão da Cunha de Ataíde (3 volumes: o 1.º, autógrafo; o 2.º, versão reduzida do 1.º; o 3.º, também autógrafo, encontra-se publicado), a correspondência recebida pelos Condes de Povolide, um conjunto de cartas pertencentes a D. Miguel, bispo de Coimbra, conde de Arganil a D. Maria da Silva, condessa de Povolide (Vagos), sua sobrinha, e um copiador de correspondência relativa ao 4.º Conde de Povolide enquanto governador de Pernambuco. Existe outra documentação respeitante ao Brasil, relativa à estadia do referido Conde no Rio de Janeiro, à aquisição de fazenda nessa cidade destinada à Casa, entre outra.
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