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CARTA do corrector da Fazenda Real, Domingos de Bastos Viana, à rainha [D. Maria I] informando seu parecer sobre da proposta feita pelo comerciante inglês, Potter, para a arrematação do contrato da urzela das ilhas de Cabo Verde; expondo uma análise exaustiva sobre o descobrimento e os progressos dos negócios da urzela naquelas ilhas, reflecte sobre o comercio que dela fez a Companhia de Grão Pará e Maranhão, durante os 19 anos do estabelecimento do seu contrato, desde 1759 até 1777; reputa os resultados do desenvolvimento desse comércio e nas utilidades de lucro dadas à real coroa; à importância que a situação geográfica das ilhas adquiriram a respeito desse comercio e no fornecimento de mais géneros como algodão, panos, o anil e refrescos para embarcações estrangeiras, com a Guiné e América, em particular com o Brasil, para fundamentar, no seu parecer, acerca dos motivos porque não se devia consentir no estabelecimento desse contrato, nesse caso do comércio estrangeiro, defendendo antes, o fomento do comércio privativo português da urzela e nos principais portos de consumo, Amsterdão, Londres, Marselha, Génova; e indicando o modo como doravante se deveria proceder no novo contrato de arrematação.
1778-06-15