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«Para a senhora Marquesa», «Minha filha dos meus olhos». Despede-se pedindo «encomenda-me a Deus e à Virgem Santíssima. Assina «João». (f. 1 a 25v). Mencionam João Rebelo, as quintas, o estado de saúde da Marquesa, Manuel Inácio, o sequestro das comendas, a nova ida para a Baía, o aço do boticário de Beja, a frota da Baía «[...] a maior parte dos navios estão por despachar aqui da Torre e o comboio ainda não está aparelhado [...]» (doc. 3); João Rebelo e o conde de Oeiras, a meia folha de máximas que envia à Mulher, o futuro das meninas «há Paço ou conventos e para Pedro não é preciso ir a Malta [...]» o tio José que não veio para o reino por causa das «nossas prisões» virá logo quando isto acabar. O requerimento do título de marquês para o filho, a ida como governador e não como Vice Rei, a soltura dos filhos do Calhariz, «os semicúpios dos banhos das Caldas [...]», os pastéis de Marvila, Pedro Gonçalves Cordeiro, o infante D. Manuel, o casamento do filho do conde de Oeiras, Luís de Mendonça, Manuel de Távora, D. Feliciana e Simão correios de correspondência, a nau de João da Costa e o transporte do Vice Rei da Baía, António Alves deputado da Junta que aluga as casas de Aires de Saldanha, Passanha em Castela e o confisco dos seus bens, o acidente e os estragos que houve na Torre com as salvas no funeral do marquês de Tancos, por descuido de um artilheiro, fiel da pólvora, pegando fogo a mais de duas arrobas de pólvora (doc. 14), carta de tinta branca e carta de tinta preta. Borrão da Exposição (a continuar) feita pelo marquês de Alorna em nome da mulher, acerca da prática do administrador João Rebelo (doc. 17), o remédio feito com chá da China derretido em manteiga demorando ao lume porque custa a derreter, a saída do marquês de Alorna e de Manuel de Távora e as remunerações que lhes queriam dar (doc. 17 A).
«Minha Leonor do meu coração». Trata-se de D. Leonor de Almeida Portugal, 4.ª marquesa de Alorna. Mencionam a ida de Pedro a Lisboa, o casamento de Leonor [de Oyenhausen] com o marquês de Fronteira [João José Mascarenhas], a vinda de Leonor a casa do Avô, o grande custo em andar a cavalo, o estado da sua saúde, Carlos [Augusto, conde de Oyenhausen], as cartas de Juliana e de Luísa [de Oyenhausen], alusão à doença e à morte da mulher [D. Leonor de Távora], a opinião sobre o filho do marquês de Fronteira, D. José. A neta Leonor «está sendo presentemente a herdeira de nossa Casa [...]» (doc. 24); a ida de Carlos a Almeida, a demolição de casas e os terraplenos; a fábrica dos vidros nas Caldas; carta endereçada «A Madame La Comtesse d' Oyenhausen à Avignon» (doc. 29); inclui cartas escritas em nome do Marquês: servindo-se «de mão alheia»; as missas que manda rezar nos oratórios, a saúde de Pedro; cartas endereçadas «À Ilustríssima e Excelentíssima Senhora Marquesa d' Alorna minha filha [...] Estremoz» (doc. 36, 37); «Nunca vi mês de Maio tão quente como este. Os estrangeiros que tanto gabavam até agora o nosso clima andam todos de língua fora [...]»; Em relação ao genro Carlos de Oyenhausem escreve: «[...] sem embargo de o considerar em lance apertado, e tanto mais dizendo o Leitão, que está feito em estilhaço com trabalho, e que está também por isso com cara avelhentada. Diga-lhe V. Exc.ª da minha parte, que um Marechal de Campo não deve morrer como seria permitido a um sargento mor [...]»; os pequenos da Junqueira e o conde da Ribeira (doc. 37); visita do príncipe de Waldeck [1797]; carta de Leonor [de Oyenhausen] à mãe dizendo que foi a Chelas onde viu as suas amigas e à Madre de Deus onde esteve com a tia soror Inês. No verso escreveu o avô, marquês de Alorna, onde alude a possíveis nomeações para cargos, e menciona o desejo de se afastar a «introdução de protecções estrangeiras», refere as capacidades que reconhece no genro Carlos esperando que ele entre «no número dos ponderados para o lugar de que ele é digno» (24-07-1786) (doc. 40). D. João de Almeida conta à filha que «em nossa casa havia uma colecção de todos os regimentos da Casa Real em dois tomos de folha, que meu Avô [D. João de Almeida 2.º conde de Assumar] fez para poder satisfazer às obrigações de mordomo mor, de que foi encarregado pelo rei D. João V, desde o ano de 22, que foi o da fugida do marquês de Gouveia, até ao de 33 em que morreu. Ele não era homem que se encarregasse do governo inteiro do Paço, sem saber o que havia de fazer. Era pessoa de muita exacção, e de muito método, como se vê pelas obras que se acham nos nossos manuscritos, e além de muitas luzes, era instruidíssimo em tudo o que pertence à ciência da Corte. A sobredita colecção, que eu estimava [ao] infinito, acheia-a furtada quando saí do forte da Junqueira. Disse-me João Rebelo, que tinha havido algumas pessoas que andaram atrás dela: [...] Nessa matéria falei ao marquês de Angeja e ao de Ponte de Lima. Ambos se mostraram muito ambiciosos da restauração desse manuscrito, e um e outro me disseram, que era isso uma descoberta muito precisa, porque estavam por decidir muitas questões pertencentes ao Paço, em que se não podia tomar deliberação, por não aparecerem os regimentos, nem ainda na Torre do Tombo. Falei depois nisso mais uma dúzia de vezes; mas por fim de contas ficou tudo em desejos, e não se deu uma só passada nesse negócio, de que se reconhecia a importância [...] Mandei comprar uma obra em vários tomos de oitavo, que tem por título "Mapa de Portugal" onde vêm infinitos regimentos antigos ou extratos deles, feito segundo me parece, por um beneficiado do Loreto» (doc. 23).
«Meu filho do meu coração». Cartas referindo o duelo dos dois capitães sobre o qual manifesta a sua opinião, envia o cavalo entregue por monsieur du Roule para o neto Joanico, diz que «há presentemente muito poucas coisas de brincos de crianças», manda uma cadeira com rodas para o Miguel, e estampas de cavaleiros, de soldados, e de animais (doc. 50 A); alude à carta escrita por Pedro a Luís Pinto «pela forma que lhe deste em estilo militar e fidalguesco», a «guerra privada» e a «guerra pública» (doc. 51); o conde de Óbidos; o perigo da doença da neta Luísa, «uma febre maligna com pintas, que mostrava ser das mais contagiosas.», as casas da Lapa e as de Almada, em Almeirim sucedeu «a moléstia da Henriqueta que foi do lote da de Luísa», a doença da filha Leonor, apreciação feita ao estilo epistolar da mulher de Pedro, à sua bondade e amabilidade (doc. 53), queixas da «destampação» da filha Leonor; alusão ao desgaste do filho por causa da fábrica e legião a seu cargo, à tosse, as pastilhas que lhe manda vindas de Inglaterra, ao frasco «de Quina boa» em pó que lhe pediu, alusão às casas arrendadas, o impedimento das cobranças da Alcaidaria Mor de Santarém; decreto do Príncipe para serem entregues a Pedro e à sua legião oito mil cruzados, o casamento do marquês de Fronteira (doc. 61), o neto Ribeira, o citado casamento, a chegada do marquês de Gouveia (doc. 62); carta datada de Caldas da Rainha, 25 de novembro de 1788, com um borrão incompleto, no verso, de outra dirigida à mulher de Pedro [?] (doc. 65), a possibilidade da guerra ou a paz com os Franceses (doc. 66), o efeito da água de neve e do sorvete no tratamento da constipação, a cobrança das tenças da Casa de São Vicente e a questão do encarte (doc. 71), as novas insolvências do juíz de fora de Abrantes (doc. 72), o casamento de Leonor e as bexigas que lhe sobrevieram (doc. 73), envio de bonifrates para os pequenitos, «outra garrafa de tabaco francês superlativo» para a mulher de Pedro (doc. 76), o neto José, o Pamplona, duas garrafas de rapé francês para a nora (doc. 77), «o projecto de prevenir os castelhanos», a possibilidade da vinda dos franceses, o Pamplona, a estadia da mulher e do filho de Pedro em casa do Marquês (doc. 78), carta «Para o meu filho o Marquês d´Alorna» (doc. 82), a doença da mulher de Pedro no nono mês de gravidez, e os nomes dos médicos que a assistiram na casa de Lisboa, em 31 de julho (doc. 83), referência à Quina, o sobreparto do Miguel, os cinco filhos de Pedro, queixas da irmã de Pedro em 27 de março de 1798 (doc. 84), outra menção aos dois oficiais da Legião de Pedro que se confrontaram ficando ambos em mau estado, referência aos netos, às cinco netas em Almada, ao José da Junqueira (doc. 90); o juíz de fora de Viseu, de novo a «guerra privada» e a «guerra pública», a conversa do marquês de Alorna com o de Ponte de Lima, o duque de Lafões e o coronel enviado a Viseu (doc. 93). Pedro promovido a Tenente General tal como Gomes Freire e o Monteiro Mor, «está feita a nossa paz com os franceses na qual concorrerá o consentimento dos ingleses» (doc. 97); «[...] o Duque de Lafões escreveu ao marquês de Ponte de Lima, sobre essas trapalhadas de Abrantes, e que este ministro d' Estado passou logo a ordem a seu genro, para que fizesse eleger câmara nova na dita vila de Abrantes, e que os vereadores mais antigos fossem logo à tábua, assim como também há-de ir o juíz de fora, e ficar riscado do serviço.» (doc. 111); a mulher de Pedro como enfermeira mor da legião do marido, menção às instruções a dar aos franceses (doc. 118); «[...] mas agora já se pode dizer por escrito, que o juíz de fora [de Viseu] vai riscado do serviço, e que até um moleiro, que foi desaforado, receberá castigo bastante.» (doc. 121); aniversário da neta Leonor marquesa de Fronteira, e os netos João, Miguel e José (doc. 122); referência ao marquês de Fronteira cujo posto foi proposto por Pedro (doc. 128); um rolo de concertos de instrumentos de vento pedido por Pedro (doc. 129); carta «Para o Marquês d´Alorna D. Pedro meu filho, Abrantes» (doc. 137); Decreto para a receção dos 8 mil cruzados, o caso do Juís de fora de Viseu, a moléstia da rainha há cerca de 8 anos e a perspectiva da regência do Príncipe em 3 de novembro de 1793, o neto João (doc. 142); o neto José e um caixote onde «vão bonitos para os dois pequenos, a saber, dois jogos de bola, duas chamadas salas de dança, dois cães que ladram puxando-lhe por uma corda, duas caixas de soldados de estanho, duas espingardas, duas espadas, uma lanterna mágica, que tem algum tanto que armar.», o casamento do marquês de Fronteira no dia seguinte (doc. 143); uma borracha de goma elástica com bico de estanho para o pequenito [Joanico) (doc. 144); envio de umas estampas de escola de picaria, para lombrigas comer hortelã, família de Pedro em Estremoz (doc. 145). Nas cartas encontram-se reflexões sobre a família, a descendência, características dos netos evidenciadas com agrado; há cartas cujo assunto não é tocado intencionalmente. Sobre a filha Leonor conta o marquês seu pai: «Tua irmã que com estes ares teria passado excelentemente, se não estivesse encasquetada de que vista a sua perfeição, e o seu juízo infinito, toda a gente está obrigada em consciência a ser sempre da sua opinião, e a reputar as suas decisões como as do Papa em matéria de fé. Neste termos consome infinito com qualquer leve coisa, que lhe pareça contradição, de que se lhe seguem acidentes histéricos, onde lhe dá em falar sempre em francês. Com isto tem passado consumida, apurando também muito a paciência das filhas, e de todos os mais assistentes. Sem embargo disto come, e dorme muito bem, vai passear a cavalo, e vai de vez em quando a Lisboa, por conta dos seus negócios, e dos alheios» em carta endereçada ao filho Marquês d´Alorna em Estremoz (doc. 91). Outros pormenores da atitude e temperamento da filha Leonor após a libertação do pai do forte da Junqueira, em comparação com os dezoito anos e meio de prisão, podem ser lidos no documento 115.
Doc. n.º 41 e 42: 2 cartas ao neto «Meu Pequerrichito da minha alma» (f. 72 a 73). Doc. n.º 43 e 44: 2 cartas à filha Maria «Minha Mariquita do meu coração» (f. 74 a 79). Doc. n.º 45: 1 carta ao sobrinho «Meu sobrinho e senhor do meu coração». Assina «Marquês d' Alorna» (f. 76 a 77). 4 Apontamentos truncados: Doc. n.º 46, (f. 80 a 83); Doc. n.º 47, (f. 81 a 82); Doc. n.º 48 «O Conselho e a paciência [...]» (f. 84); Doc. n.º 49 «O Marquês de Gouveia sendo-lhe preciso algum dinheiro antes de ir servir na Legião conseguiu do Marquês Mordomo Mor o empréstimo de dois mil cruzados [...] Agora [...] dizem-lhe no Erário que não pode receber nada [...]» (f. 85). Doc. n.º 50: carta ao neto [?] acerca do Matrimónio «Guardas de tudo isto um inviolável segredo, e põe-se a capa até passar a tempestade». No verso, resposta do neto (f. 86 a 87).