Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas
Edifício da Torre do Tombo, Alameda da Universidade
1649-010 LISBOA
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Identification
Description level
Subsection
Reference code
PT/TT/ER/A-CA
Title
Real Colégio dos Meninos Órfãos de Lisboa
Title type
Formal
Holding entity
Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Initial date
1749-05-08
Final date
1785-06-22
Dimension and support
42 liv.; 6 mç. (64 doc.; 192 f.); perg., papel
Context
Biography or history
Este colégio designado de Real Colégio dos Meninos Órfãos, também conhecido como Colégio dos Meninos Órfãos, foi fundado em 1273 pela Rainha D. Beatriz de Castela, mulher de D. Afonso III. Mais tarde D. Catarina refundou-o e reformou-o sob invocação de Nossa Senhora de Monserrate, destinando-o a albergar 30 meninos pobres que receberiam instrução e os preparava para as missões religiosas de África e do Brasil. Já no século XVII toma também o nome de Colégio de Jesus, por aí existir uma confraria do Menino Jesus. De 7 de julho de 1749 a 30 de setembro de 1755 são realizadas obras a mando inicialmente de D. João V e supervisionadas pela Mesa de Consciência e Ordens, sendo provedor o desembargador José Ferreira de Horta, reitor o padre frei Manuel Moacho Francisco. A 1 de novembro de 1755, com o terramoto o que fora construído é arruinando, tendo sido restaurado posteriormente. Em 1758 este colégio foi confiscado à Companhia de Jesus, passando a ser administrado pelo Tribunal da Mesa da Consciência. Em 1814 instala-se o Recolhimento do Paraíso para mulheres e o Colégio dos Meninos Órfãos é anexado à Casa Pia da Correção da Corte, instalada desde 1812 no Desterro. Em 1834 o edifício é ocupado pela Sede da Sociedade Farmacêutica e por um estabelecimento comercial no piso térreo, após o Recolhimento do Paraíso ter sido transferido para o Convento do Grilo. Já em 1859 com a abertura da nova Rua da Palma é demolida uma Ermida dedicada a Nossa Senhora da Guia, tendo a sua imagem sido recolhida no oratório do antigo Colégio, que passou desde então a ser conhecido como "Ermida da Senhora da Guia" ou do "Amparo", denominação que perdurou até 1885.
Custodial history
Estes livros, bem como os demais documentos da responsabilidade dos reitores, foram produzidos no contexto das atribuições das suas competências. Depois de devidamente escriturados eram reunidos pelo provedor do Real Colégio dos Meninos Órfãos de Lisboa, e dando conta dos movimentos na Contadoria Geral da Província da Estremadura, de resto, este era o procedimento normal para controlo dos responsáveis pela arrecadação da fazenda. Esta documentação deu entrada nas instalações do antigo Mosteiro de São Bento e aí permaneceu até 1990, altura em que foi transferida para as atuais instalações do Arquivo Nacional da Torre do Tombo na Alameda da Universidade em Lisboa.Estes livros, ainda no Mosteiro de São Bento, onde se encontrava o Arquivo Nacional da Torre do Tombo, estavam juntos dos livros identificados como Conselho da Fazenda, também designados de núcleos extraídos do Conselho da Fazenda, tendo sido inicialmente identificados pela Drª Maria Teresa G. Barbosa Acabado, com ressalva à desordem em que os mesmo se encontravam bem como ao desconhecimento da sua ordem original. Em janeiro de 2023, estes livros e maços foram alvo de tratamento técnico e arquivístico. Constando o mesmo tratamento da elaboração da sua história administrativa, custodial e arquivística, descrição e cotação dos livros deste Real Colégio dos Meninos Órfãos de Lisboa, por Joaquim Abílio Ferreira Machado (ANTT).
Content and structure
Scope and content
Este conjunto documental é constituído por 41 livros e 6 maços, no qual se encontram 3 livros sobre as obras anteriores ao terramoto de 1755, bem como toda a receita e despesa deste mesmo colégio da responsabilidade dos diferentes reitores, com as respetivas contas tomadas e ajustadas pela Contadoria Geral da Província da Estremadura.Estão presentes nesta documentação os seguintes reitores:Manuel Moacho Francisco - 7 de Julho de 1749 até 14 de Agosto de 1750;João de Sá Pereira - 17 de agosto de 1750 a 1761;António Ramos Cabral de Albuquerque (Cavalcanti) - de 21 de julho de 1762 a 8 de dezembro de 1764;António Ferrão de Meireles - de 6 de dezembro de 1764 a janeiro de 1771;José Mateus Rodrigues, mestre cantochão - de 1 de agosto de 1771 a 30 de julho de 1773.Manuel Delgado de Matos, mestre cantochão - de 7 de outubro de 1773 até 4 de julho de 1778.
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