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Este livro serviu para nele ser feito o registo do inventário dos bens móveis do colégio, da receita geral (viva e por lembrança) e da despesa geral, como vão lançadas nos primeiros 7 livros da receita e despesa, da responsabilidade o padre frei João de Sá Pereira, como reitor do colégio dos anos de 1752 a 1758. É também registado a entrega da casa feita a si mesmo por despacho do tribunal da Mesa de Consciência e Ordens de 1 de Setembro de 1761, de resto como consta de um conhecimento feito por Manuel da Trindade, escrivão da receita geral do reitor, bem como da entrega em receita por lembrança a Joaquim Xavier de Lima, desembargador juiz executor dos contos da Mesa de Consciência e Ordens.
Estes livros serviram para neles ser feito o registo da despesa e receita do Colégio dos Meninos Órfãos de Lisboa. Quanto às receitas são elas: em tenças (recebidas da Casa das Carnes, dos 3 moios de trigo no almoxarifado das Jugadas de Santarém, dos 4 moios do almoxarifado de Benavente); em ordinárias (recebidas do tesoureiro da obra pia, na esmolaria-mor, de 8 moios de trigo, do almoxarifado do Reguengo de Oeiras de um moio, do almoxarifado do Reguengo de Oeiras uma pipa de vinho, do Almoxarifado do Paço da Madeira de uma arroba de cera em pau, do Almoxarifado da Mesa dos Azeites de meia arroba de cera em pau, do guarda-reposte duas arrobas de cera, do Almoxarifado de Tomar 20 alqueires de azeite); em ordenados (para o reitor do almoxarife da Casa dos Cincos e um moio de trigo do Almoxarifado das Jugadas de Santarém); em juros (do almoxarifado, por conta dos 5.000 cruzados da Condessa de Coculim, D. Catarina de Lencastre); em foros (do foro de Palmela); em casas (rendimento das casas da Mouraria, das casas contiguas ao colégio); em esmolas (do rendimento das esmolas extraordinárias, das caixinhas, das dos acompanhamentos, do rendimento dos privilégios). Quanto às despesas são elas: gasto ordinário (comestível); despesa extraordinária,; fábrica da igreja; com os doentes; vestiaria e calçado; arrecadação das ordinárias; com o reitor nas suas missas (pensão que tem as casas da Mouraria); com o conserto das casas da Mouraria; ordenado do reitor; um moio de trigo para o reitor; pelas rendas do colégio para o reitor; com o reitor da esmola das missas que canta; com vestiaria e calçado para o criado do reitor; com o barbeiro; com a lavadeira; com o porteiro; com o cozinheiro; com o moço da comunidade. Estes registos são identificados com um título, seguindo-se o carregamento em receita ou o lançamento da despesa do reitor e designação da mesma e seu montante. Estes registos são feitos pelo escrivão do colégio, datando-os e assinando-os juntamente com o interveniente da operação. Terminam estes livros com o termo do exame feito pelo escrivão dos Contos da Mesa da Consciência e Ordens, mencionando o carregamento destes no livro das entradas e respetiva folha, bem como no livro das contas correntes. Posteriormente são feitos dois vales do total anual, um da receita e outro da despesa. Seguindo-se um mapa da conta de débito e crédito vivo e por lembrança em espécie e em dinheiro do livro. Reitores: Manuel Moacho Francisco - 7 de Julho de 1749 até 14 de Agosto de 1750; João de Sá Pereira - de 1752 a 1761; António Ramos Cabral de Albuquerque (Cavalcanti) - de 21 de julho de 1762 a 8 de dezembro de 1764; António Ferrão de Meireles - de 6 de dezembro de 1764 a janeiro de 1771; José Mateus Rodrigues, mestre cantochão - de 1 de agosto de 1771 a 30 de julho de 1773. Manuel Delgado de Matos, mestre cantochão - de 7 de outubro de 1773 até 4 de julho de 1778.
Livro feito inicialmente para registo da despesa e receita do tesoureiro das rendas do Colégio dos Meninos Órfãos de Lisboa, acabando por ter um só registo de 1762 ficando as restantes folhas para o contador nomeado lançar as contas tomadas ao referido recebedor e ao escrivão deste. Quanto aos maços, ordenados de acordo com o tempo e responsabilidade da administração por parte dos reitores nomeados para o efeito.
Estes livros serviram para neles ser feito o registo da despesa e receita para as obras do Colégio dos Meninos Órfãos. Obras essas que iniciaram a 7 de julho de 1749 e mantiveram-se após o terramoto de 1755, uma vez que o que fora edificado até aí ruiu por completo. Estas obras foram realizadas com superintendência da Mesa de Consciência e Ordens, pelo deputado e desembargador José Ferreira de Horta, também provedor deste mesmo colégio, cabendo aos reitores do colégio Manuel Moacho Francisco e João de Sá Pereira receber os montantes destinados às obras e proceder ao pagamento das despesas relacionadas com as mesmas, tendo sido nomeados como escrivães, primeiramente o padre João de Sá Pereira, tendo sido subsistido, quando passou a ocupar o cargo de reitor, por António de São José.