Relação das dívidas relativas aos bens confiscados aos Jesuítas

Series

PT/TT/ER/B-F-B/010

Relação das dívidas relativas aos bens confiscados aos Jesuítas

Atribuído

Arquivo Nacional da Torre do Tombo

1771-01-20

1787-07-10

24 liv.; papel

Sentença de 12 de janeiro e ordem régia de 23 de agosto de 1759.

Estes livros foram feitos pela Junta da Administração e Arrecadação da Real Fazenda na vila de Santo António do Recife para o registo do que se fica devendo aos bens confiscados aos Jesuítas na repartição de Pernambuco. À semelhança dos demais documentos dos almoxarifes e tesoureiros, produzidos em Pernambuco, depois reunidos, na Contadoria-geral da referida Junta da Administração e Arrecadação, onde eram vistos e examinados em conta corrente, juntamente com os demais documentos da receita e despesa, para apuramento dos totais anuais, eram, posteriormente enviados para a Contadoria Geral em Lisboa, para aí novamente vistos e examinados e se produzir a certidão competente da sua conformidade. Daí que se encontre nestes livros a nota da receção destes livros na Contadoria Geral em Lisboa. Este era o procedimento normal para controlo dos responsáveis pela arrecadação da fazenda. Esta documentação deu entrada nas instalações do antigo Mosteiro de São Bento e aí permaneceu até 1990, altura em que foi transferida para as atuais instalações do Arquivo Nacional da Torre do Tombo na Alameda da Universidade em Lisboa.

Tratam-se de traslados sob a forma de certidões autenticadas do que consta no livros das contas correntes do Fisco Real (por débito e crédito) na tesouraria geral dos bens confiscados na Junta de Administração e Arrecadação da Fazenda Real da Capitania de Pernambuco, sob a responsabilidade dos seus tesoureiros. Depois eram encadernados em forma de livro, alguns deles com capas de papel ilustrado, tecido e em pele com relevos das armas da coroa. A maioria destes livros não estavam numerados. Estes livros eram vulgarmente se designados de livros de relação das dívidas. Caracterizam-se estes livros pela sua forma exterior de identificação, com ou sem selo colado com informação do título, dados de produção (1.ª via, 2.ª via), dados de custódia até chegar ao Erário Régio. Estes livros como resultam de um procedimento de controlo das contas dos responsáveis pela arrecadação do rendimento das três classes dos bens confiscados, importantes para a Contadoria-Geral do Reino, uma vez que fornecem um registo separado dos devedores ao Fisco Real na tesouraria-geral de Pernambuco. A escrituração encontra-se organizada da seguinte forma: os fólios do lado esquerdo, intituladas de explicações, registam o número das adições (por ordem e em correspondência com as do fólio da direita) e explicação do que está por cobrar, da mão de quem e proveniência; os fólios do lado direito, com título do colégio e respetiva classe, registam o número das adições (por ordem e em correspondência com as do fólio da esquerda), o nome do devedor e montante.