Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas
Edifício da Torre do Tombo, Alameda da Universidade
1649-010 LISBOA
Tel.: +351 21 003 71 00
Fax.: +351 21 003 71 01
secretariado@dglab.gov.pt
Identification
Description level
Section
Reference code
PT/TT/JCS/F
Title
Documentos de António Feliciano de Castilho
Holding entity
Arquivo Nacional Torre do Tombo
Context
Biography or history
António Feliciano de Castilho, 1.º visconde de Castilho, (Lisboa, 28 de Janeiro de 1800 — Lisboa, 18 de Junho de 1875) foi um escritor romântico português, polemista e pedagogista, inventor do Método Castilho de leitura.Filho de Dr. José Feliciano de Castilho Barreto (1769-1826) e de D. Domicília Máxima Doroteia e Silva Castilho. Ficou cego aos seis anos, conseguiu, mercê de uma memória prodigiosa, receber a educação clássica que lhe foi ministrada e ensaiar as primeiras composições poéticas ainda durante a infância. Em 1821, conclui o curso de Direito Canónico na Universidade de Coimbra. Terminado o curso, instalou-se em casa de um irmão padre em Castanheira do Vouga, ao pé da serra do Caramulo, dedicando-se à poesia e à tradução de poetas latinos. Em Lisboa, criou em 1835 a Sociedade dos Amigos das Letras. Em 1836, a 6 de Maio, casou com D. Ana Carlota Xavier Vidal (Funchal, Madeira, 2 de Maio de 1811 - Santa Isabel, Lisboa, 18 de Junho de 1871), na Igreja da Senhora da Piedade das Chagas, em Lisboa. Deste casamento, houve sete filhos, entre os quais o olisipógrafo e continuador da obra literária do pai, Júlio de Castilho, o militar Augusto de Castilho, e o igualmente escritor e poeta Eugénio de Castilho (1847-1900).Em 1841, fundou a Revista Universal Lisbonense, um dos periódicos mais influentes do Romantismo português, cuja direção viria a abandonar em 1845. Dos muitos artigos e recensões que Castilho deixará dispersos pela Revista, o Jornal da Sociedade dos Amigos das Letras, a Semana e outros periódicos em que colaborou, a maior parte será recolhida postumamente nos volumes de Telas Literárias, Vivos e Mortos e Casos do Meu Tempo. Em 1846, militou no Partido Cartista. Entre 1847 e 1850, retira-se para Ponta Delgada, onde se dedica à defesa das que serão as suas grandes causas: a exaltação da atividade agrícola e a difusão da instrução primária. Em 1850, regressado a Lisboa, iniciou a defesa do seu polémico Método de Leitura Repentina, que o levará a promovê-lo pessoalmente no Brasil e a intervir contra os que o criticavam com folhetos, e três anos depois foi nomeado comissário da Instrução Primária. Em 1865, numa altura em que, após a morte de Garrett e o retiro de Herculano, é o único representante vivo da primeira geração romântica e se torna uma espécie de patrono dos jovens poetas, publica a famosa "Carta ao Editor" no Poema da Mocidade de Pinheiro Chagas, texto que desencadearia a célebre Questão Coimbrã. Em 1872, a sua tradução do Fausto de Goethe originaria uma nova polémica literária, a última em que se viu envolvido.Por Decreto de 25 de Maio de 1870, o rei D. Luís concede-lhe o título nobiliárquico de Visconde de Castilho.Em 1875, morre em Lisboa, aos 75 anos.
Content and structure
Scope and content
Inclui os maços de registos da sua numerosa correspondência, …” integram fisicamente a colecção.Podem referir-se os diplomas académicos ou conferidos por instituições como Grand Lodge of Ireland, Instituto Vasco da Gama, Real Academia Espanhola, bem como certidões de baptismo e casamento. Entre a correspondência, encontra-se a recebida mas também cópia da expedida, parte desta publicada (“Empresa da História de Portugal”, Obras completas de Castilho VER) de e para familiares e diferentes instituições, assumindo um carácter particular ou espelhando a actividade intelectual e profissional. Refiram-se também os apontamentos e os pareceres ao Conselho Geral da Instrução Pública. Inclui também recortes de jornais, artigos e poesia publicados, bem como apontamentos, rascunhos e provas tipográficas de muitas das suas obras, entre as quais avultam as traduções.
Comments