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O cofre estabelecido, nas instalações da Alfândega de Portimão, para arrecadação dos direitos da Fazenda, tendo sido feita a entrega das chaves aos seus responsáveis a 15 de Fevereiro de 1775. Livros também designados por “Cofre”, “Receita e despesa”, “Receita do cofre” e “Boca do cofre”, que serviam para neles serem lançadas as importâncias dos rendimentos consignados para depósito neste cofre. Nestes livros eram lançados os seguintes registos: Termos das entradas - entregas de importâncias, com descrição da proveniência de todos os rendimentos; Termos das despesas(ou saídas) - saídas do cofre para despesas dos mandados, vencimentos dos funcionários, expediente, obras, e ainda, as entregas ao Erário realizadas por esta Portagem. Alguns documentos, acima referidos, encontram-se no maço dos documentos de receita e despesa.
Os cadernos, também designados por "Cadernos da lota" correspondem a borradores do lançamento da dízima da sardinha vendida em lota e destinada para fresco. No final de cada mês era feito um assento da entrega e entrada do rendimento no cofre.
Estes livros têm uma parte reservada para o registo da sardinha vendida ou arrematada para a salga.
Registo das vendas efectuadas deste produto proveniente das marinhas de Alvor e que era cobrado e arrecadado pela portagem. Regista entrada deste rendimento no cofre e os termos de saída do mesmo para pagamento das obras do pelourinho.
Registo das despesas efectuadas nas marinhas, quer em pessoal, quer em obras, bem como o das remessas feitas para o Erário, termos das entradas no cofre.
Lançamentos da receita do sal produzido e vendido e despesas efectuadas com a mesma produção na marinha do Pelourinho de Portimão, bem como a entrada e saída dos rendimentos no cofre e remessa para o Erário.
Os cadernos, também designados por “Cadernos da lota”, correspondem a borradores do lançamento da dízima do pescado miúdo e da dízima da sardinha.
Registo das vendas efectuadas deste produto proveniente das marinhas de Portimão e que era cobrado e arrecadado pela portagem. Regista a entrada deste rendimento no cofre e o termo da declaração do sal remetido para a Casa de Lagos.
Livros, também designados por “Livro do pescado”, “Receita diária do pescado”, “Pescado diário”, ou só “Peixe de Portimão”, serviam para neles ser feito o lançamento do direito das pescarias miúdas dizimadas em espécie e vendidas em lota, pertencente a vários pescadores e destinadas ao consumo em fresco. No final dos registos era feito o resumo dos direitos recebidos (mensais) acrescentando-se a soma dos da sardinha. Alguns livros registam o “pescado extraordinário” (sardinha) proveniente dos barcos de Lagos e Olhão.
Livros também designados por “Livro das despesas”, ou só “Despesas” e serviam para neles serem lançadas todas as despesas da responsabilidade da portagem.
Nestes livros eram lançadas as importâncias dos rendimentos consignados para depósito no cofre. Entregas de importâncias, com descrição da proveniência de todos os rendimentos, por quartéis. Alguns dos livros têm índice das entradas.
Os cadernos, também designados por “Cadernos da lota”, correspondem a borradores do lançamento da dízima do pescado miúdo vendido em lota e destinado para fresco.
Lançamento das consignações da receita e despesa desta portagem, só que em resumos por quartéis e no final um resumo geral das mesmas.
Nestes livros eram feitos os termos das saídas dos cofres para satisfazer os pagamentos lançados e descritos nos livros das despesas
Lançamento das consignações das receitas e despesas mensais desta portagem. Consignações da receita: Receita da dízima de toda a pescaria (sardinha e pescado miúdo) vendido na lota desta portagem e nos ramos ou filiais (Alvor, Ferragudo, Pêra); Direitos de exportação; Foros em trigo e dinheiro; Salaios e portagens das terras. As consignações das despesas são referentes ao pagamento, dos ordenados e expediente ou obras, lançadas no fim de cada trimestre (quartel).
Livros, também designados por “Pescado de Ferragudo”, “Pescado e sardinha de Ferragudo”, “Receita diária da arrecadação (ramo ou registo) de Ferragudo”, ou só “Peixe e sardinha de Ferragudo”, serviam para neles ser feito o lançamento do direito das pescarias miúdas e direito da sardinha. O primeiro livro tem os registos misturados (pescado e sardinha), e os livros a partir de 1806 são dividido em duas partes reservadas para o registo, em separado, de cada um dos direitos.
No intervalo de 1776 a 1806 estes direitos encontram-se registados nos livros da receita do rendimento da portagem, ou em resumo, nos extractos, ou ainda, nas entradas no cofre.
Os cadernos, também designados por “Cadernos da lota”, correspondem a borradores do lançamento da dízima do pescado miúdo e da dízima da sardinha.
Registo dos foros cobrados pela portagem e pertencentes à Rainha. Daí que estes livros também sejam designados de "foros da Rainha". A relação dos foros revertidos à Coroa, cuja a arrecadação estava incumbida esta portagem, era a seguinte: Silves, Lagoa, Estombar, Mexilhoeira da Carregação, Ferragudo, Algoz, Alcantarilha, Pêra, São Bartolomeu de Messines, Monchique, Mexilhoeira Grande, Figueira, Portimão, Alvor, Montes de Alvor, Lagos, Faro, Lisboa e Lamego. Para além do carregamento em receita dos foros pertencentes à Rainha, eram feitos os termos de entrada no cofre e os das remessas para o Erário.
Livros, também designados por “Pescado de Alvor”, “Pescado e sardinha de Alvor”, “Receita diária da arrecadação (ramo ou registo) de Alvor”, ou só “Peixe e sardinha Alvor”, serviam para neles ser feito o lançamento dos direitos das pescarias miúdas e da sardinha proveniente da sua venda ou arrematação. Os dois primeiros livros têm os registos misturados (pescado e sardinha), e os livros a partir de 1806 são dividido em duas partes, separando cada um dos direitos.
No intervalo de 1777 a 1806 o registo destes rendimentos encontram-se nos livros da receita do rendimento da portagem ou, em resumo, nos extractos ou nas entradas no cofre.
Livros também designados por “Despachos da exportação” e “Despachos da saída, rendas, foros, laudemios”. Lançamento dos manifestos ou despachos das saídas dos produtos (géneros) da terra transportados para o reino e estrangeiro em determinadas embarcações, com indicação dos respectivos mestres, e por fim, os direitos mínimos da exportação. Para além deste tipo de despacho existe o carregamento em receita dos direitos das rendas (barcas da passagem de Portimão e Alvor; pescarias de Portimão, Alvor, Ferragudo, Armação de Pêra, Mexilhoeira, Val de Engenho; portagens das terras e salaios de Portimão, Silves e Porches; e etc.) e foros de terras e fazendas de consignados a esta portagem, e mais rendimentos como os das valas das marinha de Alvor e Portimão. A partir do ano de 1794 passam-se registar, para além dos despachos referidos, as despesas efectuadas com ordenados e expediente, e ainda, os foros do almoxarifado de Silves. No ano de 1809 retoma-se a designação inicial de despachos de saída (exportação), sem registos de rendas nem foros, remetendo-se estes para os livros próprios ou para os das entradas no cofre.
Os cadernos, também designados por “Cadernos da lota”, correspondem a borradores do lançamento da dízima do pescado miúdo e da dízima da sardinha.
Livros, também designados por “Pescado de Pêra”, “Pescado e sardinha de Pêra”, “Receita diária da arrecadação (ramo ou registo) de Armação de Pêra”, ou só “Peixe e sardinha de Pêra”, serviam para neles ser feito o lançamento do direito das pescarias miúdas e direito da sardinha. O primeiro livro tem os registos misturados (pescado e sardinha), e os livros a seguir são dividido em duas partes reservadas para o registo, em separado, de cada um dos direitos
Livros que serviam para neles ser feito o lançamento do direito da dízima da sardinha e pescado. Registos diários das entradas e posteriores vendas ou arrematações independentemente da espécie de pescado (sardinha ou pescado miúdo). O resultado deste rendimento seria transferido para o livro dos despachos (série "Receita do rendimento da portagem").
Livros também designados por “Livro da sardinha”, “Receita diária da sardinha”, “Direito da sardinha” ou só “Sardinha de Portimão”, serviam para neles ser feito o lançamento do direito da dízima da sardinha (20%) vendida em lota e destinada para o fresco. O lançamento correspondia ao registo da entrada da sardinha, nome de quem a fazia entrar, ou arte de proveniência, nome do arrematante, importância pela qual foi arrematada e importância que paga ao direito de 20%.
Livros que serviam para neles ser feito o lançamento do direito da dízima da sardinha e pescado e foram aproveitados para o lançamento do rendimento da barca da passagem de Portimão.
Registo dos foros pagos em trigo e em dinheiro cobrados pela portagem e pertencentes à Fazenda. Inclui os foros anteriormente designados do “Almoxarifado de Silves” ou “Foros da Rainha”, uma vez que estes tinham sido incorporados na Coroa. Alguns dos livros contêm o índice das terras onde estavam situados os foros (Portimão, Alvor, Ferragudo, Mexilhoeira da Carregação, Estombar, Lagoa, Porches, Pêra, Alcantarilha, Algoz, São Bartolomeu de Messines, Silves, Monchique e Mexilhoeira Grande).