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O Mosteiro de Santa Maria de Cós era feminino e pertencia à Ordem de Cister.Situado a cerca de 14 km de Alcobaça, o Mosteiro de Cós terá tido origem num recolhimento de viúvas e merceeiras vivendo na dependência das mercês do abade do Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça. Ao recolhimento inicial, marcado por uma vivência mais secular do que regular, veio a suceder a organização de um mosteiro de monjas, já existente em 1241, data da primeira referência documental às sorores de Cós. De acordo com documentos de 1307, 1337 e 1393, a comunidade de Cós possuía então uma organização institucional autónoma, conforme a observância cisterciense. Não é conhecida a data precisa da sua filiação a Alcobaça. O Mosteiro dependia economicamente de Alcobaça e veio também a sofrer com a presença dos abades comendatários neste Mosteiro.Em 1298, D. Dinis colocou-o sob a sua protecção. A protecção régia continuaria a ser confirmada e aumentada por D. Afonso IV (1325), D. Pedro I (1358) e D. Afonso V (1450).Em 1453, foi-lhe dado o privilégio para ter um homem que andasse com as bestas, isento de todos os encargos.Em 1496, a 21 de Junho, D. Manuel I, confirmou ao Mosteiro de Cós, abadessa, donas e convento, em serviço a Deus e por esmola, todas as honras, privilégios, liberdades e graças já outorgadas pelos seus antecessores.Em 1521, por mandado de 12 de Fevereiro, dirigido a João Lopes, almoxarife do Mosteiro de Alcobaça, foram pagos 1.254 réis a Francisco Dias e Rodrigo Dias, em que importavam 342 arráteis de vaca para as freiras do Mosteiro de Cós.Em 1532, foi publicado o regimento que reduzia para vinte o número de freiras do Mosteiro. Apesar das múltiplas tentativas de controlo do crescimento da comunidade, realizadas pelo abade de Alcobaça e por D. João III, não se alcançaram os resultados desejados e os rendimentos económicos revelaram-se insuficientes.Em 1536, por alvará de D. João III o Mosteiro de Cós passou a receber quatro arráteis de incenso por ano.Em 1548, o cardeal infante D. Henrique confirmou a carta de 8 de Junho e o alvará de 1 de Julho de 1532, que determinavam o mantimento e vestuário do Mosteiro pagos por Alcobaça.Em Maio de 1560, o número de professas de clausura de Cós era superior a quarenta.Em 1564, o Mosteiro de Alcobaça doou ao de Cós um moio de sal aplicado no rendimento da vila de Alfeizerão.Em 1579, a 17 de Outubro, pela bula " Exponit debitum" Gregório XIII determinou que se desse ao Mosteiro de Cós 6 moios de trigo, tirados dos frutos e rendimentos da Mesa Abacial de Alcobaça.Em 1596, D. Filipe I confirmou os privilégios do Mosteiro.Em 1695, por breve "In articulo mortis" o Papa Inocêncio XII concedeu indulgência à abadessa e freiras do Convento, tal como tinham feito os papas Inocêncio XII e Urbano VIII.Em 1760,o Mosteiro recebeu provisão para a elaboração do tombo dos bens.Em 1834, no âmbito da "Reforma geral eclesiástica" empreendida pelo Ministro e Secretário de Estado, Joaquim António de Aguiar, executada pela Comissão da Reforma Geral do Clero (1833-1837), pelo Decreto de 30 de Maio, foram extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de religiosos de todas as ordens religiosas, ficando as de religiosas, sujeitas aos respectivos bispos, até à morte da última freira, data do encerramento definitivo. Os bens foram incorporados nos Próprios da Fazenda Nacional.Localização / Freguesia: Cós (Alcobaça, Leiria)
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Scope and content
Contém livros de assentos do dinheiro emprestado a juro da confraria do Santíssimo Sacramento, dos confrades de Nossa Senhora do Rosário, o livro da instituição da capela de Teodósio Agarreta (inclui certidões do cumprimento dos encargos), de registo da receita da bolsaria, de registo da despesa da feitoria, da folha (receita e despesa), dos foros, pensões, juros e outros, receita e despesa da tulha, das leis do capítulo geral da congregação, livro do alcorão (lembrança dos costumes da casa, legados e outros). Contém também alvarás, cartas de aforamento, de arrendamento, de doação, de emprazamento, de protecção régia, de vendas, de escambo, de confirmação, breves (inclui a da dispensa da reeleição da abadessa Teresa da Hideira e Brito), a bula de Gregório XII, foros, juros, licenças (inclui as de D. Luísa Salema, de Maria Pessoa de Carvalho, de Helena da Costa Carvalho, e de Catarina de Távora), mandados, monitório, pensões, privilégios, tombo dos bens em Leiria e Porto de Mós, entre outros.A documentação menciona bens situados nos locais e termos de Alqueidão de Vestiário, Andão (Porto de Mós), Casa das Donas, Mouta Longa, Salões (Alpedriz) e na Vila de Cós.A documentação refere o abade de Alcobaça, a abadessa de Cós Ambrosina de Meneses, e ainda a capela de Santa Maria.Fundos Eclesiásticos; Ordem de Cister; Feminino
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Associated documentation
Related material
Portugal, Arquivo Distrital de Leiria.Portugal, Torre do Tombo, Ministério das Finanças, cx. 2263 - Inventário de extinçãoPortugal, Torre do Tombo, Chancelaria de D. Afonso V, liv. 4, f. 53 - Carta de privilégio de D. Afonso V a abadessa do Mosteiro de Cós do Couto de Alcobaça, colocando-a sob protecção encomenda régia, todos os seus bens, mancebas, lavradores, caseiros, herdades e gados. 1450-11-15.Portugal, Torre do Tombo, Chancelaria de D. Afonso V, liv. 4, f. 53 - Carta de privilégio de D. Afonso V ao homem que andar com suas bestas a servir o Mosteiro de Cós, isentando-o de pagar qualquer encargo ao concelho, de ir com presos e dinheiros, de ser tutor e curador, do direito de pousada, bem como de ser posto por besteiro do conto. 1453-09-11Portugal, Torre do Tombo, Chancelaria de D. Manuel I, liv. 11, f. 26V - Ao Mosteiro de Cós, abadessa, donas e Convento, em serviço a Deus e por esmola, são confirmadas todas as honras, privilégios, liberdades e graças já outorgadas pelos anteriores reis de Portugal. 1496-06-21Portugal, Torre do Tombo, Colecção de cartas, Núcleo Antigo 878, n.º 449 - Ordem do rei para que Vasco de Pina desse ração a Catarina de Caria, freira no Mosteiro de Santa Maria de CósPortugal, Torre do Tombo, Conselho da Fazenda, Justificações do Reino, Letra R, mç. 1, n.º 30 - Autos de Justificação das religiosas do Mosteiro de Cos da Congregação de São Bernardo. 1790Portugal, Torre do Tombo, Corpo Cronológico, Parte I, mç. 60, n.º 140 - Alvará do cardeal-infante por que manda dar mais um moio de cevada, além do que já levava ao médico que curar as freiras de Cós, isto em cada um ano tirado das rendas do seu Mosteiro de Alcobaça. 1538-03-06Portugal, Torre do Tombo, Corpo Cronológico, Parte II, mç 94, nº 4 - Mandado para o almoxarife das rendas do Mosteiro de Alcobaça, João Lopes, pagar a Francisco Dias e Rodrigo Dias 3.440 réis, de calçado que fizeram para as freiras de Cós. 1521-02-12.Portugal, Torre do Tombo, Corpo Cronológico, Parte II, mç 94, nº 44 - Mandado para o almoxarife do Convento de Alcobaça, João Lopes, pagar a Francisco Dias e Rodrigo Dias 1.254 réis, em que importavam 342 arráteis de vaca para as freiras do Mosteiro de Cós. 1521-02-12Portugal, Torre do Tombo, Corpo Cronológico, Parte II, mç. 145, n.º 160 - Conhecimento de Diogo Salvado oficial das obras do Mosteiro de Cós em como recebeu do vedor das obras do Mosteiro de Alcobaça. 1.000 réis. 1527-12-23Portugal, Torre do Tombo, Corpo Cronológico, Parte II, mç. 145, n.º 168 - Conhecimento dos oficiais das obras do Mosteiro de Cós em como receberam do vedor das obras do Mosteiro de Alcobaça 14.112 réis de sua empreitada.1527-12-28Portugal, Torre do Tombo, Ministério do Reino, mç. 708, proc. 19 - Requerimento de abadessa e mais religiosas do Mosteiro de Cós, solicitando beneplácito régio que confirme a posse e o direito a rendas próprias por parte do Mosteiro. 1804 Portugal, Torre do Tombo, Ministério do Reino, mç. 708, proc. 20 - Requerimento de abadessa e mais religiosas do Mosteiro de Cós, solicitando providências contra a sua situação de clausura, motivada pelo frei Manuel de Mendonça, geral da Ordem. 1777 Portugal, Torre do Tombo, Ministério do Reino, mç. 855, proc. 75 - Requerimento de Maria Brizida de Santa Rita Potte, assistente na Quinta de Santo Amaro, vila de Alfeizerão, solicitando que se recolham em clausura sete sobrinhas no Convento de São Bento de Évora ou no Mosteiro de Cós. Portugal, Torre do Tombo, Ministério dos Negócios Eclesiásticos e da Justiça, 2ª inc., mç. 5, n.º 79, cx. 9 - Requerimento de Maria do Carmo Monteiro, do lugar de Alqueidão, termo de Cós, concelho de Alcobaça, queixando-se da malícia com que António José Barbosa obtivera um aviso para que a mesma fosse recolhida no Convento de Cós, solicitando a suspensão da sua reclusão no dito Mosteiro. 1824-08-22 / 1825-02-22Portugal, Torre do Tombo, Ordem de Cister, Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça, 1.ª incorporação, Documentos particulares, mç. 19, n.º 23 - Carta de avença ou composição feita entre Fruila Martins e sua irmã Sancha Fernandes, freiras do Mosteiro de Cós, de sorte que a que morresse primeiro ficasse a outra sua herdeira dos bens que tinham em Torres Vedras. 1292-02-05 Portugal, Torre do Tombo, Ordem de Cister, Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça, 1.ª incorporação, Documentos particulares, mç. 7, n.º 26 - Licença dada pelo bispo de Lisboa, D. Arias ao abade de Alcobaça, D. Fernando, para edificar quatro igrejas no couto do Mosteiro, em Alvorninha, Aljubarrota, Ota e Cós. 1248-04-24 Portugal, Torre do Tombo, Ordem de Cister, Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça, 2.ª incorporação, mç. 21, n.º 517 - Acta da visitação feita ao Mosteiro de Santa Maria de Cós efectuada por D. Pedro, abade de Claraval, por autoridade do Capítulo Geral e do Sumo Pontífice, e por D. João, abade de Alcobaça, dotado de jurisdição paterna e ordinário sobre o mesmo. 1493-05-23 Portugal, Torre do Tombo, Ordem de Cister, Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça, 3.ª incorporação, mç. 2, n.º 77 a 83 - Folha do rendimento e despesa do Mosteiro de Santa Maria de Cós. 1747 / 1819