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Manuel Batista Dias da Fonseca, juiz do Tribunal das Execuções Fiscais de Lisboa, 2.º Distrito envia para o Dr. Salazar: telegramas, cartas, fotografia, publicações. Contempla as provas tipográficas do Livro "Não Discutimos com Deus", Lisboa, 1959. Inclui um exemplar da revista "Magnificat", Braga, Ano IX, Maio-Junho, 1959, N.º 3; um ex. do Jornal "A Voz", ano XXXIV, n.º 11.951, 18 de Agosto, 1960.
Contém a carta de Fausto Fontes Frade da "Importation de Lainages pour Costumes 'Fradex'", Congo Belga para o Dr. Salazar. O autor, viúvo e emigrante no Congo Belga pretendeu comprar um prédio em Lisboa, tendo escolhido a imobiliária "Confidente", situada no Rossio, Lisboa. O prédio situado na rua Diogo Cão, Lisboa, ultrapassava a quantia de 1000 contos. Os proprietários convenceram o autor a pedir um empréstimo à Caixa Geral de Depósitos que foi recusado posteriormente. Fausto Fontes Frade entregara como sinal 500 contos. Quando o tempo do pagamento total expirou, os proprietários e a "Confidente" rescindiram o contrato querendo apropriar-se do dinheiro sem se efetivar a venda. Estando o processo em Tribunal, o autor solicita a intervenção do Dr. Salazar, de modo a que qualquer emigrante incauto possa comprar um imóvel em Portugal, sem que seja burlado.
Contém a carta de Maria Adelaide Rebelo Fradique, sobrinha de Amador Rebelo, preso. A autora solicita ao Dr. Salazar o indulto concedido no Natal a favor do tio.
Tenente-coronel, inspetor adjunto da PIDE, Batalhão de Caçadores N.º 6, Castelo Branco.
Contém a carta de Serafim da Fonseca, remetida do Porto para o Dr. Salazar. Diz o autor: "Volto a escrever para o cesto de papéis de V.ª Ex.ª mas cumpro um dever de consciência". Denuncia que há muita fome em Portugal pois "O ministro da Economia, e respeitantes organismos - são de uma criminosa incompetência. Tantos grémios, tantas comissões reguladoras, para darem n'isto que se vê - a fome!" Serafim da Fonseca refere o episódio do internamento de vinte homens no Hospital da Misericórdia da cidade do Porto devido ao envenamento (intoxicação) de bacalhau podre. Prossegue: "Tem-se deitado ao rio, toneladas de bacalhau podre". O autor alude à má gestão dos recursos alimentares, tais como a farinha, azeite, batata. Questiona: "se há falta de farinhas (...)" devia fazer-se um tipo único de pão, para pobres e para ricos.
Contém cartas de Julieta Forjaz para o Dr. Salazar, a solicitar nomeações bem remuneradas, para o filho mais velho António Pereira Forjaz, para a filha, tendo ainda a seu cargo um filho de 15 anos de idade.
Ministro Conselheiro da Embaixada de Espanha em Lisboa.
Conde de Torre Nueva de Foronda, Espanha.
Contém a carta de Maria de Lurdes Fonseca para o Dr. Salazar. Apesenta-se como pertencente à classe média, tendo vivido na época das escaramuças de 1918 e 1919, onde não se podia sair à rua com receio de bombas e tiroteios. O assunto que trata versa as desigualdades sociais, do povo trabalhador mal pago e dos patrões exploradores e ricos. Também das rendas altíssimas em contraste com os baixos salários. A autora menciona vários casos, um deles o da grande "Companhia de Vinhos Ferreirinha (do Porto)". Diz: "Tem lá empregados a ganharem apenas 2 contos por mês, fazem serões até à meia-noite sem receberem mais, os filhos dos patrões estudam no estrangeiro, a família passa férias em Paris".
Contém cartões com ilustrações satíricas humorísticas (coloridas) com legendas: "Sr. Ministro! Os altos postos do exército estão mal pagos", entre outros, com assinatura "MC". Inclui cartas de Maria da Conceição para o Dr. Salazar a referir a imoralidade nas praias do Estoril, entre outros assuntos.
Contém a carta de Manuel de Sousa Fonseca, preso na cadeia civil do Porto com o n.º 385, prisão I, exercendo o lugar de sacristão.
Contém a carta de Maria Augusta da Silva Fonseca para o Dr. Salazar, a agradecer o auxílio recebido, no que respeita à liquidação das dívidas do marido à Fazenda Nacional.
Ministro das Corporações e Previdência Social.
Padre Doutor Luís Gonzaga Aires da Fonseca, professor do Instituto Bíblico Pontifício de Roma, agradece a mercê da Comenda da Ordem da Instrução Pública.
Cartas de Manuel Fonseca, São Paulo (português, radicado há 48 anos no Brasil como emigrante político após a implantação da República) para o Dr. Salazar.
Telegrama para o Dr. Salazar mandar retirar urgentemente do Congo esposas e filhos autoridades particulares Luanda.
Pároco da freguesia de São Paio, Igreja de São Domingos, da cidade de Guimarães.
Presidente da Junta Geral de Angra do Heroísmo, Governador do Distrito.
Contém a carta de M. C. Ford, Chicago, USA, e recortes de jornais com artigos sobre Salazar.
Nascida em Santa Comba Dão em 1930, reside com os tios em Lisboa, pede uma colocação ao Dr. Salazar.
Embaixador de Portugal em Caracas, Venezuela.
Diretor do Instituto António Aurélio da Costa Ferreira - Psiquiatria infantil.
Chefe de Gabinete do Ministro das Corporações e Providência Social.
Religiosa, residente na Avenida do Monte da Saúde, Monte Estoril.
Contém a carta de Joaquim Fontes, Presidente da Câmara Municipal de Sintra para o Dr. Salazar sobre a instalação da Lapidação da Companhia de Diamantes de Angola em Sintra.
Contém cartas de António Augusto Álvares Pereira de Sampaio Forjaz Pimentel, Diretor da Faculdade de Ciências de Lisboa, Secretário Geral da Academia das Ciências relativas às atividades da Faculdade, entre outros. Inclui o "Contribuinte do Imposto Complementar" passado pela Direção de Finanças do distrito de Lisboa em 1955, relativa aos rendimentos do Professor Doutor António A.A.P. Forjaz Pimentel, a saber: - Faculdade de Ciências de Lisboa - 109.342$20; - Academia de Ciências de Lisboa - 2.400$00; - Ford Lusitana - 12.000$00; - Companhia Portuguesa de Tabacos - 22.080$00; Sociedade Colonial de Tabacos - 7.200$00. Num total de 153.022$20. Contempla a carta datada de 21 de junho de 1965, para o Dr. Salazar dizendo "sou um professor de química aposentado que desejaria ainda trabalhar e aumentar os precários réditos. Tinha a aspiração de ser consultor (... ) na CUF ou a Celulose".