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Contém cartas do Alcaide de Madrid, Conde de Mayalde, e também da Condessa de Mayalde, Duquesa de Pastrana.
Cirurgião dos Hospitais.
Contém um cartão de visita do Conde da Folgosa, sócio efetivo da Sociedade de Geografia de Lisboa, a remeter um questionário ao Dr. Salazar intitulado: "Who's Who in Europe". Trata-se do maior dicionário biográfico das personalidades da Europa.
Ministro dos Assuntos Exteriores, de Espanha. Inclui cartas da Condessa de Jordana (viúva), bem como do Conde de Egara.
Contém cartas do Conde da Lousã, Lisboa, dirigidas ao Dr. Salazar, bem como o "Ante-Projecto de um Hotel de 600 Quartos", de luxo. Reúne desenhos e plantas do projeto do Hotel. Os quartos têm as características do "Palace de Madrid" e do "Caribe Hilton Hotel", entre outros. Integra um exemplar do "Hilton Hotels Annual Report 1951". Inclui um artigo intitulado "Hotéis e Turismo" do 6.º Conde da Lousã a abordar a "inteligente propaganda" de Espanha quando construíu vários hotéis de luxo e turismo, atraindo milhares de turistas. Coube ao Duque de Luna avaçar e concretizar esse projeto, no que resultou na entrada de milhares de divisas em Espanha. Portugal devia seguir o exemplo. Contempla a carta do Conde da Lousã a referir a Índia. Diz que "hoje não seria Conde da Lousã, se a Índia não fosse nosso património, porque no dia 30 de março 1765, El Rei D. José I, assinou o Decreto e todas as Cartas Patentes, que tenho no meu arquivo, nomeando o meu 3.º avô D. João de Lancastre, Tenente General dos Exércitos, Vice-Rei da Índia, e Capitão General do Estado da Índia" tendo-lhe concedido o título de Conde pelos serviços prestados. Deste modo, o seu 3.º avô escolheu o título "da Lousã", por ter sido o berço dos Lancastres. A "baronia real foi iniciada pelo Príncipe D. Jorge, Duque de Caminha e 1.º Senhor da Lousã, com o apelido de sua avó, a Rainha D. Filipa de Lancastre, filha do Duque de Lancastre (...)". Contém o Relatório e Contas da "Firestone Portuguesa" do ano 1959, sendo D. Pedro Lancastre - filho do Conde da Lousã - membro do Conselho de administração.
Contém a carta do Conde de Penha Garcia, Diretor da Escola Superior Colonial, dirigida ao Dr. Salazar, a solicitar para o seu filho, o engenheiro João de Penha Garcia, o lugar de Diretor adjunto do instituto Português das Conservas de Peixe, entre outros. Contempla cartas da Condessa de Penha Garcia, Maria Francisca de Castro Franco Frazão, Presidente da Direção da "Obra das Mães Pela Educação Nacional" - criação de cantinas a fim de fornecer refeições às crianças do ensino primário, educação das raparigas para o lar, entre outros. Integra a "cópia do parecer da representante da Obra das Mães pela Educação Nacional no filme 'Um certo sorriso'" - do romance da autoria de Françoise Sagan -, Mafalda Vaz Pinto. Diz Mafalda Vaz Pinto, que o filme é impróprio, imoral. Trata-se de "Um filme aliciante e indiscutivelmente perigoso (...) sem qualquer atenção aos princípios morais, nem ao sagrado amor de família". Contempla a carta da Condessa a solicitar ao Dr. Salazar o lugar de Delegado do Governo junto da Sociedade Hidroelétrica do Revue, para o seu filho, formado em Direito, Fernão Gil de Castro.
Contém cartas do Conde de Mahem, Francisco Xavier de Noronha da Costa Paulino, nascido em Goa, em 1892, sobrinho de Filomeno da Câmara, dirigida ao Dr. Salazar, a solicitar que lhe seja concedida a Comenda de Cavaleiro da Ordem de Santiago de Espada, entre outros assuntos políticos relativos à Rússia, Estados Unidos da América, China e outros países. Reúne três fotografias do Conde com os seus netos. Integra a carta do Conde a referir que os E.U.A pretendem obter lucros com os negros "que da Libéria pensam transferir um dia para Angola na cultura do açúcar, borracha e café, em concorrência com o Brasil". Menciona o assassinato de 140 indígenas portugueses no Norte de Angola às mãos dos congoleses, com o apoio dos americanos. O conde estranha que o Brasil não apoie Portugal relativamente a África, interroga-se: "Mas no Brasil, os que governam são na maioria de origem branca. Porque então o Brasil pretende que saiamos de África? Nós, que somos os melhores amigos do negro porque permitimos a união de raças, o que os outros países e principalmente os E.U.A. não consente (...)". Por outro lado, descreve a situação de horror vivida pelos brancos em Angola, bandoleiros invadem as fazendas roubam e matam. O Conde apela ao Dr. Salazar, no sentido de informar todos os portugueses "da fatalidade de perdermos as províncias do Ultramar, sobretudo Angola, onde vivem para cima de 200.000 portugueses, que teriam de regressar a Portugal". Em outra carta, o autor refere em tom de indignação "se o delegado da União Soviética tornar a dizer na Assembleia das Nações Unidas que a África é para os pretos, devemos lembrar-lhe que, se for assim, a Ásia é para os asiáticos e, nessas condições a Sibéria tem de deixar de ser russa." Inclui recortes de jornais com fotos de mulheres e crianças portuguesas que foram assassinadas.
Contém a carta do Conde de Mafra, residente na Quinta do Vinagre, Colares, dirigida ao Dr. Salazar, a informar que através de um elemento "relacionado com a Embaixada Soviética em Paris" soube do plano da Rússia em "desmembrar a estrutura portuguesa no continente africano". Depois, deste ataque, o próximo é a União Sul Africana, tendo o apoio da ONU.