Contém a carta de Pires de Castro, residente em Lisboa, dirigida ao Dr. Salazar a oferecer livros da sua autoria, nomeadamente a "Gramática da Língua Pátria" - aprovada oficialmente para o curso dos liceus - e "Lições Práticas de Português". Foram elaborados sob a égide dos princípios: moral, cristão e nacionalista, e com a função educativa. O objetivo destes livros é de serem adotados nos regimentos, quer nas escolas da polícia quer da Guarda Republicana. O autor solicita ao Dr. Salazar a sua difusão "por ter trabalhado 36 anos na educação da mocidade, sem direito a reforma; por ter prestado durante dois anos serviços gratuitos, ao Estado, como vogal do Conselho Inspetor de Instrução Pública, em Macau (...)". Acrescenta a sua faceta propagandista do Estado Novo inserta na obra "O Monge Misterioso" e comprovada nas p. 114 e 118, cujo livro lhe oferece.
Reúne alguns exemplos da gramática, a saber:
- "A educação é mais preciosa do que a instrução".
- "O leão, com fome, é menos cruel do que o homem com ódio".
- "Obedece à tua consciência, reflexo da voz de Deus".
- "O mau cidadão não é trabalhador nem disciplinado".
- "A ociosidade é a mãe de todos os vícios".
- "Contenta-te com o que tens, se queres ser rico".
- "Esta é a Pátria que tanto amo".
- "Soldado, não recues, que a cobardia é um crime".
- "A família é a grande escola da justiça e do amor".
- "Mostrarei sempre a educação que me foi dada pelos meus queridos pais".
- "Nós, os estudantes portugueses, procuramos enobrecer-nos, pelo caráter, pela honra e pela justiça, lançando o alicerce moral do futuro da nossa pátria querida, que todos desejamos tornar digna das suas tradições e da sua história".
Entre outros.