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Contém a carta do Dr. Artur P. de Sousa Carvalho, Exploração Agrícola (sucessor de: Conde da Ervideira), Montoito - Alentejo, dirigida ao Dr. Salazar, relativa a uma multa dos Serviços Florestais e Agrícolas. Integra a carta do Dr. Artur P. de Sousa Carvalho para a Direção dos Serviços Florestais e Agrícolas sobre a multa de que foi alvo, por terem sido limpos "alguns sobreiros raquíticos na minha propriedade do Barroco (...)". Facto que considera injusto e revoltante, acusa a Direção dos Serviços Florestais e Agrícolas de ter consentido que o antigo proprietário, Joaquim Rosado de Sousa Fernandes, ter mandado arrancar 30 000.00 árvores (sobreiros e azinheiras). A Herdade do Barroco foi propriedade dos avós do autor, "tendo sido legada por herança, ao meu parente Joaquim Rosado que, depois a vendeu ao Dr. Serra Lince, a quem eu comprei". Por conseguinte, acusa a mesma Direção de não ter aplicado multa aos milhares de árvores arrancadas nas herdades da "Pesseninha", "Sereeira", "Azambuja" e das "Torres", freguesia da Oriola, situadas no concelho de Portel. As herdades referenciadas pertenceram também aos avós do autor.
Contém a carta de Ana Maria Coelho de Carvalho (filha do Juiz Conselheiro do Supremo Tribunal Administrativo, Sebastião Coelho de Carvalho), residente em Lisboa, dirigida ao Dr. Salazar. Após o falecimento do seu pai, passados doze anos tem vivido com grande dificuldade económica, na companhia de sua mãe e irmão. Tirou o curso de Engenharia Química do Instituto Superior Técnico, tendo um subsídio de 500$00 mesais. Deu explicações, mas não foi suficiente. Devido a ser mulher tem encontrado imensos obstáculos para arranjar uma colocação, tal como as suas colegas. Por isso, solicita ao Dr. Salazar para se interessar pelo seu caso. Indica as empresas onde pretende trabalhar - Centro de Estudos da Energia Nuclear, entre outros.
Eng. Eduardo Rodrigues de Carvalho, Presidente do Conselho de administração da Companhia Portuguesa de Celulose SARL, Lisboa.
Relativa à campanha de propaganda feita pelas crianças de Portugal, para a inauguração do Monumento ao Cristo-Rei.
Contém cartas de Fernanda Gabriela Gomes Faria de Carvalho, casada com Mário José Sobral de Carvalho, residente em Lisboa, e proprietária da Quinta da Carcereira que pertenceu ao Beato Nuno Álvares Pereira, dirigidas ao Dr. Salazar. Refere que pertence à Comissão organizada na freguesia do Sagrado Coração de Jesus, de Lisboa, no sentido de angariar donativos "que se destinam a bolsas" para estudantes nos seminários. Solicita ao Dr. Salazar que contribua para a dita causa. Reúne boletins de coletor da "Obra das Vocações e dos Seminários - Patriarcado" (parcialmente impressos). Encontrando-se dois boletins preenchidos, um em nome da Condessa de Castro, e outro de António Oliveira Salazar. Contempla a carta de Laura Gomes Faria, e de Fernanda Faria de Carvalho, a oferecerem ao Dr. Salazar "as nossas marcas de aguardente e vinhos verdes da sua Quinta de Tibães, que há séculos pertenceu ao Convento dos Beneditinos de Tibães, Braga, e que hoje está ao cuidado do seu filho e neto Mário", bem como mel da Quinta da Carcereira, entre outros.
Contém dois artigos intitulados "Universidade e Escol" e "A Organização da Cultura Nacional", ambos da sua autoria, publicados no jornal "Diário de Notícias", enviados ao Dr. Salazar.
Major de Artilharia Amilcar da Ressurreição Diogo de Carvalho, foi Governador do Distrito de Diu, na Índia.
Contém a carta de Fernando Mário de Carvalho, residente em Sá da Bandeira, Angola, dirigida ao Dr. Salazar a enviar três exemplares do "Jornal de Huíla", propriedade de Venâncio Guimarães Sobrinho, "em que faz algumas considerações sobre o funcionamento de várias Secções do Estado Corporativo". Em anexo há três jornais, entre outros.
Advogado e notário, em Lisboa, e Presidente da Delegação da União Internacional do Notariado Latino.
Contém a carta do Vigário missionário da Igreja de Nossa Senhora da Piedade de Karwar, Distrito do Canara do Norte, Estado de Mysore, Índia, a solicitar ao Dr. Salazar "para capacitar qualquer pessoa ou pessoas generosas ou dotadas de fortuna para pagar à Firma Thedim". O Dr. Salazar indeferiu o pedido. Integra a carta de José Ferreira Thedim Ascensão para o Padre Filipe Agostinho Carvalho, a requerer o pagamento da imagem de Nossa Senhora, feita a pedido de Sofia Machado e que foi entregue há cinco anos, sem ter sido paga. Inclui a fatura da despesa da "Casa Thedim Ascensão & F.º - Oficina de escultura e pintura", Cidadelha, Castelo da Maia, relativa à dívida de Sofia Machado, nomeadamente com a Imagem de Nossa Senhora de Fátima e os Pastorinhos, e do transporte no valor de 31.491$00.
Contém a carta da Dr.ª Domitila de Carvalho, residente na Lapa, em Lisboa, dirigida ao Dr. Salazar, a referir que em outubro de 1937, visitou em Chesnay a ex-Rainha de Portugal (D. Amélia) que lhe manda "palavras de gratidão". Integra a carta de Maria Filomena Patacho, datada de Lisboa, 28 de fevereiro de 1939, que foi remetida a Domitila Carvalho que pede ao Dr. Salazar para a ler. Diz Maria Filomena à amiga que a sua doença " precisa de sossego e tranquilidade" o que a tem impedido de visitá-la. A causa da sua perturbação, prende-se com as provocações feitas por duas irmãs - uma é a porteira do Recolhimento. Prossegue: “essas criaturas bastante mal educadas e insolentes, pouco caso fazem das recomendações e ordens que lhe dou, e isso desprestigia-me". A irmã mais velha da porteira é costureira no Asilo Maria Pia e também vive no Recolhimento. Ambas gabam-se de serem protegidas do Presidente do Conselho, tendo-lhe dito a porteira: "quem quer bons padrinhos arranja-os". Em outra ocasião a porteira foi de tal ordem inconveniente para a autora, que D. Maria Teresa de Mello Breyner de Portugal, de 80 anos de idade e residente no dito Recolhimento há 45 anos lhe disse: "esta rapariga é insolente com V. Ex.ª porque com as senhoras ela não é malcriada (...)". Filomena Patacho desabafa com a amiga “custa muito ser desrespeitada por estas duas irmãs”, pois é estimada pelas senhoras e o resto do pessoal que vive no Recolhimento. Contempla a carta de Gertrudes Costa, criada da Dr.ª Domitila, a solicitar ao Dr. Salazar auxílio social: "sou doente e sem ninguém", em virtude da sua protetora, estar gravemente doente (datada de Lisboa, 30 de setembro de 1966). Inclui a carta da Dr.ª Domitila Carvalho, de 1952, a mencionar o Padre Américo "o grande amigos dos pobres (...) que parte brevemente para Luanda", pede ao Dr. Salazar que o receba. Junto encontra-se um soneto intitulado "Renúncia" - incipit (“Passo a vida a sentir a dor alheia”) -, da autoria de Domitila. Reúne outras cartas nas quais Dimitila defende o trabalho da mulher solteira e casada fora do lar. Contribuição importante para o orçamento familiar. Pela sua própria experiência pessoal e profissional, conheceu mulheres de todas as classes sociais. Assim, menciona ao Dr. Salazar, a mulher-mãe, que vai trabalhar e “abandona” os filhos, também o faria se não trabalhasse.
Contém o telegrama de Albino Dias de Carvalho para o Dr. Salazar, a referir que tomou conhecimento, através do Ministro das Colónias, de que o pedido de isenção predial relativa ao seu prédio Fonte Azul, na cidade de Lourenço Marques foi indeferido.
Contém cartas de Elisa de Carvalho, viúva, residente no Porto, Fundadora e Diretora do "Jornal Feminino", dirigidas ao Dr. Salazar, bem como uma fotografia dos seus dois filhos Carlos Maria e Zé Manel - "Foto Reportagens, E.F. Neves, Porto". Integra uma fotografia de Elisa Carvalho em um recital com o filho José Manuel Carvalho (pianista), Furriel miliciano, na Guiné, datada do Funchal, 8 de dezembro de 1964. Integra a carta de Elisa de Carvalho a informar o Dr. Salazar de que foi despedida do seu Jornal, junta a fotocópia da carta da Empresa Geral de Publicações, Lda. que a retirou das funções, entre outros.
Contém cartas de Maria de Chantal Carvalhais, Madre Religiosa do Sagrado Coração de Maria, e Chefe da Secção da Educação na Federação Nacional dos Institutos Religiosos Femininos (prima do Coronel Augusto de Azevedo e Lemos Esmeraldo Carvalhais; e irmã do Brigadeiro Tristão Carvalhais, em serviço no Norte de Angola, em 1966), dirigidas ao Dr. Salazar. As Religiosas do Sagrado Coração de Maria, têm o Colégio na avenida Manuel da Maia, em Lisboa, e uma residência para estudantes universitárias. Integra a carta da Irmã Maria de Chantal, do Lar das Religiosas do Sagrado Coração de Maria, rua de São Bento, Lisboa, dirigida ao Dr. Sollari Allegro, a agradecer a contribuição de cinquenta mil escudos concedida pelo Dr. Salazar ao Lar, entre outros.