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Contém cartas do Dr. Marcelo Caetano, residente em Lisboa, dirigidas ao Dr. Salazar. Argumenta, após "reprimenda" recebida do Presidente do Conselho, sobre o artigo publicado no "Diário da Manhã", da sua autoria, que classifica como "inodoro, insípido e incolor. Não critica pessoas nem actos". Marcelo Caetano avisa o Dr. Salazar que vai desistir de "Discursos, conferências, artigos", e dedicar-se à História medieval, enquanto o "fantasma de D. João II se não suscetibilizar", pois "num país de tantos calos só se pode andar de pantufas" (data 1951). Todavia, Marcelo Caetano propõe o aumento dos salários dos agentes da Polícia de Segurança Pública. Afirma o autor, olhando "para o panorama português (...) parece que estamos todos felizes com uma paz interna e convictos de uma imunidade à desordem, garantida pelo sol ou por Nossa Senhora de Fátima". Sugere ao Dr. Salazar pagar a dobrar o serviço noturno, estabelecer um prémio para as horas de serviço extraordinário, para evitar "o esvaziamento do resto dos quadros". Segundo o mesmo "o Governo dá a impressão de não ter decisão em mil pequenas coisas que constituem a vida quotidiana. É queixume geral". Em outra carta, Marcelo Caetano dá conta do governo do Banco exercido por Venâncio Guimarães. Diz: "o Venâncio com o seu feitio de sempre, e para mais agora velho, doente e amargurado, está impaciente e truculento: não é o colaborador, nem o informador ideal". De modo, que sugere o Dr. Carlos Moura Carvalho para o substituir – “homem prudente, experiente e sabedor, com grande prática de África e do Direito (...)". Entre outros assuntos tratados, menciona quem deve ser o relator (nas reuniões com o Presidente da Câmara), bem como alude à "Ditadura" que ele qualifica como "ridícula e insana". Critica a propósito da criação da Universidade Técnica, a reforma do Código Civil "redigida em língua de preto e sem discussão, com força de lei e nomeando uma longa comissão para a celebração do centenário de Nuno Álvares” (data: Lisboa, 4 de janeiro de 1931).
Contém cartas e postais enviados a Maria de Jesus Caetano Freire, governanta do Dr. António Oliveira Salazar, de vários remetentes. Na sua maioria, trata-se de pedidos recebidos da Metrópole e de África, nomeadamente de emprego – alguns moradores em barracas -, transferências, mas também há de libertação de um preso, oferta de géneros alimentícios e agradecimentos. Reúne a seguinte lista dos remetentes: - Luís César de Lemos, 1.º Oficial da Direção Geral de Caminhos de Ferro, Ministério das Obras Públicas e Comunicações, Lisboa. - Direção e Educandas do Instituto Conde de Agrolongo (Associação Resgate), Lisboa. - Maria Conceição de Lemos Oliveira, Coimbra. - António Rodrigues Lomba, ao serviço no Contra-Torpedeiro "Lima". - José de Matos Ferreira, Tondela. - Francisco Alves. - Oração ao Espírito Santo (sem remetente). - Hortense Monteiro Pinho. - Manuel Mendes Revolta, Pontão - José Lopes Ferreira. - Maria Luísa Monteiro Coelho [Cortez], Barqueiros (Douro), junto tem uma fotografia dos seus oito filhos, em fileira, desde a mais velha até à mais pequenina. - José da Silva Bento, junto tem uma foto da mulher e dois filhos. - Maria Laura Aragão Magalhães, Lisboa. - José da Costa Ribeiro. - Filomena de Jesus, Cova da Piedade, junto tem duas fotografias de uma bebé e outra menina. - Aurora, a oferecer a Imagem de Nossa Senhora Aparecida e o padre milagroso Donizetti Tavares de Lima. - Manuel Botelho de Carvalho, Moscavide. - Opúsculo "Vocações Carmelitas", no verso tem O Divino Menino Jesus de Praga (Padroeiro dos Seminários Carmelitas), impresso. - Maria do Patrocínio Tavares Diniz, Portalegre. - Jerónimo Francisco Pinto da Silva, Porto. - Aurora dos Santos Garcia, natural de Esposende (Minho), para revelar um segredo. - António da Cruz Bonito, junto tem recortes do jornal "A Voz de Timor". - Fernando Carvalho da firma "Ayres de Sá & Carvalho, Ld.ª", Ayres Joalheiros, Porto, junto tem um desenho de uma moldura (em papel vegetal). - Cary Garton, Lisboa, para Maria de Jesus Caetano Freire "já tenho pedido para lhe falar no telefone umas três vezes, mas sem resultado (...)"tenho tantas saudades de ir aí, e visitar o Sr. Doutor (...)", f. 342-343 (carta; e um postal Boas Festas, f. 409-410). - Maria Helena de Matos Cid Saldanha da Gama, Lisboa. - Dr. Samuel A. Bentes Ruah, Diretor de Serviço de Otorrinolaringologia dos Hospitais Civis de Lisboa. - Colégio de Nossa Senhora do Rosário, João Belo, Moçambique. - Lília Rodrigues da Silva. - Natalina Martins Cardeira (a enviar um convite de casamento, Lisboa). - Aurora Carolina de Macedo Chaves Mourão Pessoa Monteiro. - Jeanine Cardoso dos Santos, Fundição de Oeiras. - Maria Emília Pinheiro Cândido (a pedir a liberdade condicional para o marido, Francisco Dionísio Cândido, de 34 anos de idade, preso há dois anos no Forte de Caxias). - Christine (f. 449-450). - Maria Virgínia Castelo Branco Silva e Castro de Gonçalves Fagulha. - Entre outros. Contempla faturas de estabelecimentos, de artigos adquiridos por Maria de Jesus Caetano, nomeadamente recibos, um extrato de depósito creditado na sua conta do "dividendo das suas ações em depósito do "Banco Espírito Santo e Comercial de Lisboa" (1 de junho de 1968), flores secas, e um escapulário da "Confraria de Nossa Senhora do Carmo".
Contém cartas do Dr. Francisco José Caeiro, Ministro das Colónias, remetidas de Lisboa e da Herdade do Paço da Quinta Azaruja, Alentejo, a solicitar ao Dr. Salazar cargos em empresas públicas, entre outos.
Contém a carta de Júlio Isidro Caeiros, Presidente da Junta de Freguesia de São Teotónio relativa ao desentendimento com o Presidente da Câmara Municipal de Odemira, no decorrer do acto eleitoral.
Contém a carta de Julieta Soares Caetano, residente no Bairro Misericórdia, Penha de França, Lisboa, a agradecer ao Dr. Salazar e ao Menino Jesus do Céu, os brinquedos recebidos. Refere a doença do pai adotivo. Diz a menina "só tenho pena é que daqui a dois anos deitem as minhas casinhas abaixo e não temos para onde ir (...) pedia a V. Ex.ª para não ficarmos sem abrigo".
Trata-se da carta de Joaquina Maria Palhais Caeiro, residente em Lisboa, dirigida ao Dr. Salazar, a solicitar-lhe ajuda financeira para si e seu marido (saído do Hospital), no sentido de lhe comprar um dos quadros pintados pela mesma, no valor de 600$00. Inclui uma nota no cabeçalho da carta: "o Senhor Presidente adquiriu, do seu bolso, um dos quadros".